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Cirurgia de Peyronie sem Prótese Peniana: Conheça as Técnicas Disponíveis | Dr. Paulo Responde!

Você não leu errado: a cirurgia de Peyronie sem prótese peniana existe. Ela também tem como objetivo tratar a curvatura do pênis, mas será que ela é adequada para o seu caso?

Em busca de solucionar a tortuosidade do pênis, os homens esbarram em diversos tratamentos e especialistas, o que pode gerar mais dúvidas do que certezas.

Se você já experimentou outros tratamentos, sem sucesso, e recebeu a indicação cirúrgica para a Doença de Peyronie, é importante que você conheça a cirurgia de Peyronie sem prótese e também com prótese para analisar as alternativas que vão ajudar a recuperar o seu melhor amigo. Vamos lá?

Principais técnicas para cirurgia de Peyronie sem prótese

Existem várias técnicas cirúrgicas disponíveis para tratar a Doença de Peyronie sem a necessidade de colocar um implante peniano. Cada uma delas conta com características próprias, que dão vantagens, e desvantagens ao tratamento.

Hoje, vamos conhecer mais sobre as seguintes opções de cirurgia para correção da curvatura peniana sem a prótese:

  • Nesbit Plication
  • Incisão e Enxerto
  • Plicatura na Túnica Albugínea
  • Excisão e Sutura
  • Stage Technique
  • Técnica Egydio

Nesbit Plication

A plicatura de Nesbit ou Nesbit plication é a primeira cirurgia surgida para alinhar um pênis.

Ela foi descrita em 1965 pelo doutor Reed M. Nesbit, um médico que trouxe diversas contribuições para a urologia ao longo de sua carreira.

A técnica, usada tanto para a Doença de Peyronie ou curvatura congênita, consiste em criar e remover uma elipse na túnica albugínea do lado longo do membro, que é fechada com pontos. Graças a tração gerada, o lado longo diminui, até chegar ao tamanho do lado curto.

Apesar de alinhar o membro, a técnica vai reduzir o tamanho do pênis – e quanto maior a curvatura, mais significativa será a perda de tamanho. Além disso, a técnica não corrige afinamentos.

A técnica é simples e muito difundida pelas universidades do país, sem considerar as suas desvantagens.

Incisão e enxerto

Ao contrário da plicatura de Nesbit, na cirurgia de incisão e enxerto, o alvo é o lado curto do pênis.

Considerando conceitos como geometria, bissetriz e curvatura máxima, o cirurgião alonga o lado curto, o que forma um “defeito” no pênis. Para cobrir esse ponto de separação, é utilizado um enxerto, que complementa o tecido perdido no local.

Leia mais: Saiba quando usar enxerto no pênis

Os enxertos mais modernos são de pericárdio bovino, livre de aldeído. Eles podem ser costurados sobre o defeito ou é possível usar um selante, que dispensa sutura e funciona até o local se reconstituir.

Quando a curvatura é discreta, as incisões podem até mesmo dispensar o uso do enxerto. Agora, em casos de curvaturas severas, o defeito – e portanto o enxerto – serão maiores.

Plicatura

A plicatura é uma cirurgia de Peyronie sem prótese, mas, muitas vezes, é confundida com a técnica de Nesbit.

Em comum, as duas técnicas agem no lado longo. A diferença é que, enquanto Nesbit realiza incisões em elipses que precisam ser fechadas, a plicatura não envolve cortes.

Logo, a plicatura consiste na passagem do fio pelo lado longo, sem atingir a túnica albugínea, formando pregas que tracionam o pênis e, consequentemente, reduzindo o seu tamanho.

Excisão e Sutura

Caso o paciente tenha um fibrose já calcificada, não é possível realizar os procedimentos acima.

O que é feito, então, é remover a fibrose a partir da incisão e excisão de parte da placa. Ou seja, uma parte da estrutura óssea é cortada e retirada, o que permite alinhar o pênis. No entanto, o lado curto, onde a fibrose está localizada, fica com um defeito, que precisa de enxerto ou selante.

STAGE Technique

Essa técnica de excisão geométrica superficial da túnica albugínea (STAGE, em inglês), é relativamente recente.

Com ela, o cirurgião faz múltiplas e pequenas excisões superficiais no lado longo, de forma elíptica e baseada em princípios geométricos. Depois, ele fecha com pequenos pontos, o que evita a formação de defeitos e do uso de enxerto, além de não perder significativamente o tamanho do pênis.

Técnica Egydio

Essa técnica aplica os princípios geométricos no lado curto, o que permite realinhar o pênis sem perder tamanho.

A partir da aplicação de múltiplos e pequenos cortes, é possível relaxar e expandir os tecidos, além de conhecer os melhores pontos para colocar o enxerto ou selante – se preciso.

Esse método cirúrgico geométrico para calcular o local da incisão foi uma contribuição do Dr. Paulo Egydio e hoje é uma opção consagrada pela comunidade médica internacional, sendo batizada de Técnica Egydio em consideração ao urologista.

Leia mais: Conheça os detalhes da Técnica Egydio

Estantes de livros em close em vista laterral representando a escolha de fazer a cirurigia de Peyronie sem prótese peniana

Preciso fazer o implante da prótese peniana?

A necessidade de um implante peniano, seja ele maleável ou inflável, para tratar a Doença de Peyronie é muito particular e varia conforme cada caso.

O médico deve avaliar fatores como fluxo sanguíneo, extensão e profundidade da fibrose, se há ou não calcificação para definir, junto com o paciente, se a cirurgia de Peyronie sem prótese é adequada.

Quando é feita a cirurgia de Peyronie sem prótese, o ideal é que o paciente passe por sessões de fisioterapia penianas, evitando que o membro sofra retrações e novas curvaturas.

O objetivo do implante é dar complemento de firmeza vetical ao pênis para que a penetração ocorra sem dificuldade. Ele também pode atuar como prevenção contra novas fibroses.

Vale lembrar: apenas o implante da prótese, sem o devido alinhamento do pênis, não é aconselhável. O ideal é recuperar as dimensões do membro até o limite dos nervos e então colocar uma prótese de melhor tamanho e calibre, o que ajuda a garantir a funcionalidade e a estética do membro.

Qual a melhor técnica para o meu caso?

Se avaliar o seu pênis, não é possível dizer se cirurgia de Peyronie sem prótese é a melhor opção para você.

Tudo vai depender da avaliação da sua curvatura, feita preferencialmente pelo cirurgião que tem conhecimento das técnicas disponíveis, seja de alongamento, encurtamento, com enxerto, sem enxerto, com prótese ou sem prótese.

Portanto, não deixe de procurar um urologista e de tirar todas as suas dúvidas sobre a cirurgia para correção da curvatura peniana. É só entrar em contato conosco que vamos te ajudar!

Dr. Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

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