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TÉCNICA EGYDIO

[EBOOK]

O que é a Técnica de Egydio?

Em 1965, o urologista, cirurgião e professor americano, Dr. Reed Miller Nesbit, entrou para a história da medicina ao introduzir a única técnica para correção da curvatura peniana conhecida até então. Ao longo dos próximos anos, surgiram modificações para tratar um pênis curvo, como Kelâmi-Nesbit1, Yachia2, Devine-Horton3, Sampaio, Gelbard4, Lue H5, entre outras, até que, 55 anos depois do primeiro método bem sucedido, vieram os princípios geométricos6,7,8, carinhosamente batizado pela comunidade urológica internacional e nacional como Técnica Egydio6,7,8, ou Incisão Geométrica de Egydio6,7,8, ou Egydio’s Technique6,7,8, ou Procedimento Geométrico de Egydio6,7,8, entre outras variações de nomenclatura.

Ela foi descrita pelo Dr. Paulo Egydio, médico brasileiro PhD em Urologia, em sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) em 2000 sobre o tratamento cirúrgico da Doença de Peyronie. 

Paulo Egydio

Essa modificação aprimorou os métodos já reconhecidos e mencionados acima e foi incorporada na estatística de correção das doenças que causam deformidades no pênis, como a Doença de Peyronie e a curvatura congênita, que segundo a Cleveland Clinic, afetam entre 6% e 10% da população masculina entre 40 e 70 anos de idade. Atualmente, ela está presente nos guideliness da American Urological Association (AUA), European Association of Urology (EUA) e Canadian Urological Association (CUA).

Nessa estratégia cirúrgica, são usados princípios geométricos para corrigir a curvatura peniana e aumentar o lado curto. Ela define a localização e as características das incisões na túnica albugínea (tecido que recobre o mecanismo de ereção).

Em um pênis ereto, se for traçada uma linha reta imaginária sobre ele, é possível identificar que o membro começa a se curvar quando deixa de tocar a reta, e em quantos pontos diferentes isso acontece.

DIRECAO CORRETA

Adotando os princípios geométricos, um cirurgião é capaz de calcular a diferença entre o lado longo e o curto, e o quanto é preciso alongar o lado que está encurtado para deixá-lo do tamanho daquele que está maior. Após este cálculo, é possível definir a melhor estratégia a ser seguida. 

Quando efetuada de acordo com os conceitos geométricos, a precisão para a correção das doenças que causam deformidades penianas tende a ser maior. Segundo a European Association of Urology (EAU – Sociedade Europeia de Urologia), a técnica ajudou a determinar o ponto exato de incisar, excisar e enxertar o pênis. 

Estes mesmos princípios podem ser aplicados às chamadas manobras adjuvantes (reconstrução de tamanho e calibre do pênis na hora do implante de prótese peniana). Neste caso, as múltiplas incisões têm como objetivo expandir os tecidos até o limite dos nervos, dos vasos e da uretra, preparando o pênis para receber um implante sem a necessidade do uso de enxertos, se os defeitos (aberturas na túnica albugínea) forem menores do que 2 (dois) centímetros. 

Este limite só será conhecido no momento da cirurgia, quando o profissional acessa internamente o cilindro peniano e verifica o tamanho dos nervos quando comparado ao tamanho da túnica . A recuperação é feita de forma que esse feixe neurovascular ainda seja capaz de ser esticado em seu tamanho máximo, ou seja, é limitada pela anatomia daquele paciente.

Dúvidas? Envie sua pergunta ao Dr. Paulo e receba orientações específicas sobre sua condição, de maneira simples e discreta.

Técnica Egydio Modificada

Na medicina, ao longo do tempo, é esperado que os tratamentos disponíveis para os mais diversos males evoluam e se modifiquem. Com a Técnica Egydio, não seria diferente.

Os cirurgiões, ao longo do tempo, foram utilizando manobras incisionais combinadas, orientadas pelos princípios geométricos, variando de acordo com as características específicas das deformidades e fibroses presentes em cada paciente em particular, buscando por melhores resultados. 

Nos mais de 20 anos de existência dessa estratégia cirúrgica, que consta nos Guidelines (Diretrizes) dos Estados Unidos9, Europa10, e Canadá11, bem como livros usados na formação de urologistas no Brasil pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ela tem passado por modificações em seus princípios geométricos, nas aplicações e tamanho das incisões, que têm sido cada vez mais individualizadas e adaptadas ao caso do paciente que está sendo operado. Além disso, devido à precisão cada vez maior das incisões, o método minimizou a necessidade do uso de enxerto ou peles artificiais, que era o mais tradicional até então. 

Uma das recentes contribuições do Dr. Paulo Egydio foi o capítulo “A tunica expansion procedure (TEP): an innovative non-grafting proposal for penile enlargement (the Egydio TEP strategy)12”, presente no livro “Peyronie’s Disease: Pathophysiology and Treatment”, premiado no Congresso Americano de Urologia AUA-2019, e que ganhou o debate do Congresso Americano de Urologia de Chicago em 2019.

Nele, o médico explica como o Procedimento de Expansão da Túnica (Egydio TEP Strartegy) se beneficia de múltiplas e pequenas incisões para promover a expansão do tecido e minimiza o uso de enxertos. Graças a essa aplicação de manobras incisionais, houve melhorias no resultado e no pós-operatório quando comparamos com outros métodos. 

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História da Técnica Egydio

O uso dos princípios geométricos para melhorar a precisão e o local das incisões durante os procedimentos já consagrados de tratamento cirúrgico da Doença de Peyronie, associados ou não com implante de prótese peniana, é de autoria do Dr. Paulo Egydio, especialista em urologia e andrologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-USP. Posteriormente a graduação, o profissional fez cinco anos de residência médica no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), sendo dois anos em cirurgia geral e três anos na urologia, e concluiu especializações na Mayo Clinic e na Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos. 

Foi logo após o período em que finalizou sua residência no Hospital das Clínicas, em 1996, que o médico decidiu se dedicar a uma área de concentração de cirurgia peniana: soluções que poderiam ser dadas para os diversos tipos de fibroses que dão origem à Doença de Peyronie. 

O Dr. Paulo, então, pediu autorização ao professor Dr. Sami Arap, professor titular e emérito pela Faculdade de Medicina da USP, para criar um ambulatório especializado em estudos de Peyronie no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A permissão veio em 1998 e, por oito anos e meio, o profissional atuou como voluntário neste ambulatório e se tornou um especialista no tratamento cirúrgico da Doença de Peyronie. 

O interesse nesta área de concentração cirúrgica, aliada à experiência no ambulatório, deu origem à tese de doutorado do Dr. Paulo Egydio, publicada no ano de 2000. Batizada de “Correção da deformidade peniana na Doença de Peyronie com incisão circunferencial incompleta em duplo Y6”, a tese está disponível no Research Gate, rede social focada em publicações científicas.

O que esta tese trouxe de novidade ao tratamento cirúrgico da curvatura peniana adquirida foram os princípios geométricos. É dessa forma que a medicina evolui e foi justamente isso que a Técnica Egydio proporcionou. O procedimento cirúrgico e os vários tipos de incisões já existiam, eram consagrados e praticados por urologistas antes da tese do Dr. Paulo Egydio. O cirurgião solicitou e obteve patentes nos Estados Unidos e na Europa com esse método.

A introdução dos princípios geométricos se deu devido ao aprendizado e experiência que o autor da técnica reuniu ao longo de seus anos de graduação, residência e especializações. Além disso, o Dr. Paulo Egydio demonstrou interesse por matemática, em especial pela geometria, desde a infância e, mais tarde, foi capaz de aplicar os princípios espaciais, físicos e biomecânicos na medicina. 

Antes da descrição da técnica, os métodos tradicionais de tratamento da Doença de Peyronie não definiam com precisão a quantidade, o tamanho, a localização e o sentido das incisões necessárias para retificar o pênis. Com a aplicação dos princípios geométricos, o cirurgião pode calcular a melhor maneira e local para realizar os cortes de modo a obter melhores resultados em termos de retificação e/ou tamanho e/ou calibre do pênis após a operação.

Reconhecimentos da Técnica Egydio

A contribuição que os princípios geométricos trouxeram para os casos de correção da curvatura peniana é comprovada mundialmente. 

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo afirma que “a técnica empregada pelo Dr. P.H.E. é uma modificação de uma técnica cirúrgica já consagrada mundialmente, e sua contribuição no aprimoramento dela é reconhecida e incorporada na estatística de correção Peyronie”. O texto na íntegra está disponível em seu Parecer nº 99.212/10.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), no livro UROLOGIA BRASIL, capítulos 25 e 139,  bem como a American Urological Association (AUA – Sociedade Americana de Urologia) e a European Association of Urology (EAU – Sociedade Europeia de Urologia), reconhecem amplamente a Técnica Egydio. 

Um exemplo nesse sentido foi a participação do Dr. Paulo Egydio no Debate do Sobrevivente, promovido pela AUA em Chicago, nos Estados Unidos, em 2019. Em um caso hipotético de Doença de Peyronie severa e associada à Disfunção Erétil,  mais de 70% dos 5 mil urologistas presentes na plateia concordaram que o tratamento cirúrgico adotando essa estratégia cirúrgica era a melhor opção para o desafio apresentado. 

A Técnica Egydio atualmente faz parte das diretrizes que as sociedades americana9, europeia10 e canadense11 utilizam como fonte de informações, a fim de padronizar condutas e a tomada de decisão dos urologistas para cada tipo de deformidade peniana. 

Consagração pela comunidade médica

A comunidade médica também reconhece as contribuições dos princípios geométricos do Dr. Paulo Egydio à medicina. Em 2004, o urologista Dr. Harris Nagler enviou uma carta ao urologista, e foi o primeiro a se referir a técnica como Egydio’s Technique6

Em 2008, Mulhall J13. et al apresentou um estudo sobre incisões na placa de fibrose e nomeou a estratégia cirúrgica dos princípios geométricos de Egydio’s Geometrical Incision (Incisão Geométrica de Egydio)6. O estudo está publicado no Jornal de Urologia da Associação Americana de Urologia.

No Jornal Asiático de Andrologia, Sansalone S. et al publicou em 2011 um estudo14 multicêntrico europeu com uma casuística feita com base em 157 pacientes que foram operados utilizando os princípios geométricos publicados pelo Dr. Paulo Egydio. A técnica usada também foi referenciada  como Egydio’s Technique.

Em 2015, Konstantinidis K publicou um estudo15 no Jornal Árabe de Urologia com um casuístico de 330 pacientes tratados cirurgicamente com os princípios atribuídos ao Dr. Paulo Egydio. Neste caso, o método foi referenciado como Egydio’s Geometrical Procedure, (Procedimento Geométrico de Egydio).

Posteriormente, outros urologistas em todo o mundo incorporaram a técnica a suas atividades e a seus estudos, referindo-se a ela como Técnica de Egydio e variações – uma forma de dar respaldo à dedicação e empenho do médico no tratamento das doenças que desenvolvem fibroses no pênis, como Doença de Peyronie, retração peniana pós-prostatectomia radical, retração por diabetes e disfunção erétil. 

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Nesbit X Técnica Egydio

técnica de Nesbit, também chamada de plicatura, consiste no alinhamento do pênis a partir da realização de pregas na túnica albugínea, que reduzem o lado longo do pênis. 

Isso cria uma igualdade de tamanho em relação ao lado curto, mas, ao mesmo tempo, causa a diminuição do pênis. 

Nesbit

Quando a Doença de Peyronie causa o afinamento do pênis, procedimentos realizados com Nesbit não irão solucionar o problema. Um pênis afinado tem menor resistência penetrativa, criando um ambiente propício para que novas fibroses apareçam, causando novos pontos de deformidade, sejam eles através de afinamentos, curvaturas ou até redução do tamanho do pênis. 

Com as manobras incisionais, orientadas pelos princípios geométricos, os cirurgiões buscam recuperar ao máximo o tamanho e calibre do pênis. O tamanho máximo é limitado pelos nervos, vasos e uretra. Isso é possível graças aos cortes de relaxamento realizados na túnica albugínea, que geometricamente provocam deslizamentos longitudinais e ou transversais.  

Quando há afinamento peniano, para a maior expansão do tecido do pênis, as incisões são feitas na vertical objetivando provocar uma expansão no sentido do calibre (deslizamento transversal). Em pacientes com perda de tamanho, aplicam-se incisões horizontais que permitem alongar o pênis até os limites dos nervos e da uretra (deslizamento longitudinal).  

Na Técnica de Nesbit, para a sutura das pregas, é usado um fio cirúrgico inabsorvível pelo organismo. Se o fio se soltar, a curvatura retorna. Além disso, os fios podem ser sentidos através da pele do paciente e, em alguns casos, chegam a machucar. 

Este inconveniente tende a não acontecer quando a operação é feita com fios absorvíveis pela pele. Após a cicatrização, eles são absorvidos pelo organismo e deixam de existir.  

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Doenças tratadas pela Técnica Egydio

A técnica é amplamente usada para tratar cirurgicamente doenças que provocam redução de tamanho,tortuosidadee/ou afinamento no pênis, podendo recuperar o seu tamanho e calibre, total ou parcialmente.

Doença de Peyronie

Doença de Peyronie, também chamada de curvatura adquirida, consiste em um processo fibrótico instalado nos tecidos penianos, que podem gerar tortuosidade e/ou afinamentos e/ou redução do tamanho peniano. Geralmente, essas alterações são notadas pelo próprio paciente quando o membro está ereto.

O Peyronie é causado pela formação de uma (ou mais)placa de fibrosena túnica albugínea. Essas fibroses podem ser consequências de traumas ou microtraumas que acontecem ao longo da vida do homem, tanto durante atividades sexuais como também em situações em que o homem força demasiadamente o pênis em ereção. Um exemplo é a combinação de uma ereção involuntária durante o sono e posição de bruços ou rolagem do corpo no colchão, forçando o pênis ereto a ponto de causar microtraumas.

A origem das fibroses que causam a Doença de Peyronie podem ser multifatoriais e não é, até hoje, conhecida com exatidão.

A cicatrização das fibroses provoca a perda de elasticidade do tecido peniano, razão pela qual a deformidade aparece durante a ereção.

A curvatura pode evoluir ao longo do tempo. Em casos severos, o pênis chega a entortar 90° ou mais. Essa anatomia dificulta ou impossibilita uma vida sexual de qualidade, além de poder provocar dores na hora da ereção

Fatores de risco

A doença tende a ser observada com mais frequência em homens mais velhos, uma vez que está associada a disfunção erétil, descontrole hormonal, às condições de fluxo sanguíneo e a algumas comorbidades. Embora menos frequente, podem ocorrer em pacientes jovens também.

Diabetes

elevação de glicose no sangue– diabetes – também favorece o surgimento da doença, devido aos danos no funcionamento dos vasos sanguíneos e nervos. Nesse caso, as fibroses podem se formar mesmo se não houver trauma na região. Além disso, a diabetes é uma das principais causas da disfunção erétil.

Sintomas

Na maior parte das vezes, o próprio paciente percebe que o seu pênis está diferente. Porém, a Doença de Peyronie apresenta um conjunto de sintomas. É o caso de:

Tortuosidade

Sintoma mais perceptível, a tortuosidade depende da localização e cicatrização da fibrose na túnica albugínea, além da magnitude da perda de elasticidade dos tecidos.

O pênis pode ficar torto para os lados, para cima (em direção ao umbigo) ou para baixo. O mais comum entre os pacientes é a curvatura para baixo. Só é notado durante a ereção.

Tipos de Deformidade

Afinamento

O paciente pode notar, ainda, quando o pênis está ereto, um afinamento. Esse afinamento pode ser em ampulheta (em um único local, circunferencial), em indentação (apenas em um dos lados) ou difuso, com mais de um ponto de afinamento. 

EMC PENIS AMPULHETA

Pênis com afinamento em ampulheta

EMC PENIS COM INDENTACAO

Pênis com afinamento em indentação

EMC PENIS AFINAMENTO DIFUSO

Pênis com afinamento difuso

Dificuldade na penetração

Se a penetração não ocorre de forma fácil, pode ser um alerta para a Doença de Peyronie, sobretudo quando, mesmo ao ajustar o pênis com a mão, o encaixe não ocorre com facilidade.

Pênis dobra ou escapa

Durante o ato sexual, a tortuosidade pode fazer com que o pênis dobre ou escape com facilidade devido à perda de rigidez vertical e diminuição do tamanho do pênis. Isso pode provocar novos traumas, que, além de desconforto, podem agravar o quadro de Peyronie.

Dores ou desconforto na(o) parceira(o)

Se a tortuosidade está mais acentuada, mesmo que o membro tenha firmeza suficiente para manter a ereção, a(o) parceira(o) pode sentir dores durante a penetração. Isso porque a anatomia sinuosa não é favorável para a pessoa que é penetrada.

Dores no pênis após o ato sexual

Após concretizar o ato sexual, mesmo que a relação tenha acontecido sem dificuldades, o pênis pode ficar dolorido. Isso indica que, provavelmente, ele está sendo forçado de forma inadequada para se adaptar à curvatura.

Curvatura congênita

Conhecida comocurvatura congênita ou curvatura do jovem, essa condição também causa tortuosidade peniana, percebida durante a ereção. No entanto, ao contrário do Peyronie, que é adquirido ao longo da vida, o homem nasce com esta discrepância de elasticidade entre os lados do pênis ao ser pressurizado na ereção.

Geralmente, a doença é identificada durante a puberdade, quando o desenvolvimento peniano se acelera e as ereções passam a acontecer com mais frequência.

Esse tipo de curvatura é de natureza congênita e ocorre porque um dos lados do pênis, se desenvolveu menos do que o outro, ou seja, é maior ou mais elástico em comparação com o lado oposto, provocando uma tortuosidade lateral, para cima ou para baixo, sendo para baixo o mais comum.

Às vezes, a deformidade não impede o paciente de levar uma vida sexual satisfatória. Se o homem tiver relações com o pênis bem lubrificado com produtos específicos, evitar movimentos muito bruscos e escolher com cautela as posições, ele pode viver em harmonia com a curvatura.

Entretanto, a presença de qualquer curvatura deixa o pênis mais suscetível aos traumas durante as relações sexuais, principal causa da Doença de Peyronie, ea doença congênita pode evoluirpara um quadro mais grave.

Sintomas e diagnóstico precoce

Além da aparente deformidade no pênis, a curvatura do jovem é acompanhada deoutros sintomasque permitem sua identificação.

A penetração na relação sexual pode ser uma experiência bastante dificultada ou até mesmo impossível. Durante o ato, o pênis fica escapando, dolorido e pode dobrar. A(o) parceira(o) também pode sentir dores.

É fundamental que o diagnóstico seja realizado por um urologista o mais rápido possível.

Ao se adiantar, é possível preparar o paciente para um tratamento corretivo no futuro e instruí-lo a minimizar os riscos de agravamento da doença e a evolução para o Peyronie.

Assim, pode-se evitar o comprometimento do desenvolvimento sexual, psicológico e social do jovem.

Apesar desta importância, muitas vezes a busca por um profissional demora para acontecer. Os adolescentes costumam sentir um certo constrangimento ao abordar o assunto com seus responsáveis, e acabam adiando essa conversa.

Dúvidas? Envie sua pergunta ao Dr. Paulo e receba orientações específicas sobre sua condição, de maneira simples e discreta.

Como é feita a cirurgia de Peyronie?

O procedimento cirúrgico para a Doença de Peyronie é a opção mais adequada se o tratamento clínico não surte efeito e a condição funcional do pênis para atividade sexual penetrativa ficou comprometida pelas fibroses ou deformidades. 

Antes de receber a indicação de cirurgia, o paciente com Peyronie geralmente já experimentou um ou mais tratamentos clínicos, seja com medicamentos ou com injeções aplicadas no pênis. Estes tratamentos visam estabilizar a doença para que ela não avance para um grau que atrapalhe a capacidade penetrativa durante o ato sexual.

Quando a deformidade continua evoluindo ou quando já está muito avançada para ser resolvida com o tratamento clínico, o urologista vai avaliar a indicação da cirurgia. A indicação também pode vir quando o paciente apresenta, além da tortuosidade, afinamento, disfunção erétil e/ou falta de firmeza peniana para o ato penetrativo.

A cirurgia de Peyronie tem por objetivo devolver ao pênis a sua função penetrativa, para que, na hora H, o homem tenha rigidez suficiente para romper a resistência e penetrar a(o) parceira(o). Seu objetivo não é aumentar o tamanho do membro, embora a cirurgia com a Técnica Egydio seja capaz de recuperar em algum nível as medidas do pênis. 

As manobras incisionais ou manobras adjuvantes podem ser necessárias para corrigir deformidades penianas, com a implantação de prótese, em pacientes acometidos por Disfunção Erétil e Doença de Peyronie concomitantemente, podendo proporcionar a  expansão do tamanho e calibre e correção de deformidades como curvaturas e afinamentos. O que permite esse redimensionamento é a expansão dos tecidos a partir de cortes de relaxamento efetuados com base nos princípios geométricos descritos pelo urologista Dr. Paulo Egydio. 

Antes de receber a indicação cirúrgica, o paciente que apresenta algum tipo de tortuosidade peniana deve passar por algumas etapas – da primeira consulta até, de fato, ao procedimento e recuperação.

Como é a consulta?

O primeiro passo rumo ao tratamento de doenças como Peyronie, associadas ou não a disfunção erétil, é buscar um urologista, de preferência que tenha experiência neste tipo de tratamento, e marcar uma consulta

Durante a consulta, em geral, o médico busca averiguar a história clínica para entender um pouco mais o quadro do paciente. As informações coletadas nesse momento podem, inclusive, ser mais relevantes que os exames. 

Alguns exemplos do teor da conversa entre médico e paciente são:

  • Como estão as relações sexuais com a(o) parceira(o)?
  • Houve mudança nas características do pênis? (Tamanho, afinamento, curvatura, etc)
  • É diabético? 
  • Tem doenças cardiovasculares?
  • Faz uso contínuo de algum remédio? 

Quais exames podem ser solicitados?

Quando o paciente chega ao consultório com queixas de tortuosidade peniana que não foi solucionada com tratamentos clínicos, o urologista irá solicitar exames complementares. 

Eles vão auxiliar o médico a construir um planejamento cirúrgico individualizado, visando obter maiores taxas de sucesso e satisfação do paciente após a completa realização do procedimento. 

Os exames e análises complementares são os seguintes:

Ereção fármaco-induzida

Com o auxílio de medicamentos, o médico induz uma ereção para avaliar a resposta erétil do pênis e avaliar o grau de curvatura em ereção. 

Teste de rigidez vertical

Se foi conseguida uma ereção induzida, neste momento é avaliada a resistência vertical do membro. Nessa etapa, é possível avaliar a capacidade de vencer a resistência que é imposta durante a penetração. Se constatado que o pênis dobra com facilidade, há indícios de que a rigidez vertical está comprometida. 

Teste de inspeção e palpação do pênis

Dependendo do caso, o urologista pode sentir as fibroses através da palpação. O exame também pode ajudar a identificar que as placas comprometem a rigidez do pênis.

Ultrassom do pênis

ultrassom do pênis é um dos exames mais importantes antes da cirurgia para correção de Peyronie. 

Ele mostra melhor a situação no interior do pênis. Assim, será possível descobrir as principais características de uma fibrose, como o tamanho, espessura e textura, por exemplo. 

Outra informação valiosa que o ultrassom com Doppler proporciona é a análise do fluxo sanguíneo nas artérias. Dessa forma, o urologista determina se há insuficiência arterial ou disfunção veno-oclusiva (a popular fuga venosa).

É importante ressaltar que este exame deve ser realizado com o pênis ereto. Só assim, é possível avaliar o comportamento do enchimento de sangue no interior do pênis.

Como é o pré-operatório?

Com as informações coletadas no histórico clínico, somada aos resultados dos exames complementares, uma vez que o paciente tenha indicação cirúrgica, é possível iniciar o planejamento, discutido entre médico e paciente. 

Nesta etapa, o cirurgião apresenta a estratégia cirúrgica mais adequada para a deformidade do paciente, em alguns casos, existe a possibilidade de ter uma Disfunção Erétil associada à Doença de Peyronie, e é possível associar a colocação de um implante de prótese peniana, o que será feito no mesmo procedimento cirúrgico – neste cenário, a conversa inclui ainda discussões sobre o melhor tipo de prótese para o caso em questão. 

Antes da cirurgia, o paciente deverá fazer exames laboratoriais, para prevenir complicações, principalmente se os níveis de glicose estiverem descontrolados, o que aumenta o risco de infecção e dificulta a cicatrização. 

A equipe médica também fornecerá orientações sobre a higienização da região pubiana com um sabonete antibactericida, que precisa ser realizada adequadamente antes da cirurgia. 

O paciente precisará, ainda, realizar um jejum de oito horas sem ingerir sólidos e nem líquidos.

Como é o pré-operatório?

O procedimento para tratar a curvatura de Peyronie costuma durar entre 2 e 3 horas. 

Primeiro ocorre a raspagem dos pelos pubianos e depois o paciente recebe sedação e anestesia local. 

Via de acesso

A escolha da via de acesso é importante para minimizar o risco de infecções. 

No caso da cirurgia realizada usando como estratégia a Técnica Egydio, a via de acesso mais indicada é a subcoronal, na qual a pele do pênis é abaixada, os procedimentos internos são feitos sem ficar tocando a pele, minimizando o risco infeccioso. É a técnica No-Touch.

Imagem representando a diferença entre subcoronal e penoscrotal

Incisão subcoronal “abaixa” a pele

É recomendado que o médico use a técnica No-Touch16, descrita pelo americano Dr. J. Francois Eid. Com isso, o enxerto (quando houver indicação) e/ou o implante terão pouquíssimo contato com a pele do paciente, que contém bactérias, mesmo após lavada e desinfectada, principalmente na região escrotal. 

Incisões

Após a dissecação dos nervos, múltiplas incisões de relaxamento são aplicadas para retificar o membro e aumentar o lado que diminuiu de tamanho, com base nos princípios geométricos. Isso permite reconstruir o pênis até o limite dos nervos e da uretra. 

Quando o paciente tem indicação de implante de prótese peniana associado à correção da curvatura no pênis, pode ser necessário o uso das manobras adjuvantes para a expansão de tamanho, calibre e deformidades. As manobras são largamente aprovadas e usadas por especialistas, pela comunidade médica e pelas sociedades urológicas de todo o mundo. 

As incisões são aplicadas no sentido perpendicular à direção da expansão. Ou seja, se queremos que o pênis recupere tamanho, os cortes são feitos na horizontal; para recuperar calibre, os cortes são verticais. Geralmente quanto maior o número de cortes, mais o tecido se expande. O objetivo é produzir a expansão necessária criando defeitos pequenos. 

EXP. TAMANHO

Enxerto

O uso dos princípios geométricos melhorou a precisão e local mais favorável para aplicá-la, resultando em “defeitos” (aberturas) menores na túnica albugínea. Quando eles são menores do que 2 (dois) centímetros, a literatura indica que o uso de enxertos pode ser dispensado, a depender da decisão de cada cirurgião.  

Além de trazer maior risco de infecção, o uso de enxertos limita a recuperação de tamanho e calibre, pode criar um defeito estético (efeito “colcha de retalho”) e necessita de longas linhas de sutura, que não são absorvidas pelo organismo e podem ser percebidas por toda a vida.

Como é o pós-cirúrgico?

No pós-cirúrgico da cirurgia de Peyronie o paciente retorna ao médico para avaliação e recebe orientações, como o uso de curativo nos primeiros cinco dias, e posterior troca diária. 

Dependendo da atividade laboral e da evolução de cada paciente no pós cirúrgico, em média, as fases de recuperação são: 

  • Entre cinco e sete dias já é possível voltar ao trabalho.
  • Com 30 dias de operado, o paciente retorna aos exercícios físicos.
  • Entre 45 e 60 dias, após uma nova avaliação médica, ele tem alta para retomar a vida sexual. 
  • Os pontos cirúrgicos são absorvidos em até dois meses.

*As datas podem variar de acordo com o processo de recuperação de cada paciente, mediante avaliação médica.

Curvatura congênita

Conhecida como curvatura congênita ou curvatura do jovem, essa condição também causa tortuosidade peniana, percebida durante a ereção. No entanto, ao contrário do Peyronie, que é adquirido ao longo da vida, o homem nasce com esta discrepância de elasticidade entre os lados do pênis ao ser pressurizado na ereção. 

Geralmente, a doença é identificada durante a puberdade, quando o desenvolvimento peniano se acelera e as ereções passam a acontecer com mais frequência.

Esse tipo de curvatura é de natureza congênita e ocorre porque um dos lados do pênis, se desenvolveu menos do que o outro, ou seja, é maior ou mais elástico em comparação com o lado oposto, provocando uma tortuosidade lateral, para cima ou para baixo, sendo para baixo o mais comum.

Às vezes, a deformidade não impede o paciente de levar uma vida sexual satisfatória. Se o homem tiver relações com o pênis bem lubrificado com produtos específicos, evitar movimentos muito bruscos e escolher com cautela as posições, ele pode viver em harmonia com a curvatura.

Entretanto, a presença de qualquer curvatura deixa o pênis mais suscetível aos traumas durante as relações sexuais, principal causa da Doença de Peyronie, e a doença congênita pode evoluir para um quadro mais grave. 

Sintomas e diagnóstico precoce

Além da aparente deformidade no pênis, a curvatura do jovem é acompanhada de outros sintomas que permitem sua identificação. 

A penetração na relação sexual pode ser uma experiência bastante dificultada ou até mesmo impossível. Durante o ato, o pênis fica escapando, dolorido e pode dobrar. A(o) parceira(o) também pode sentir dores. 

É fundamental que o diagnóstico seja realizado por um urologista o mais rápido possível

Ao se adiantar, é possível preparar o paciente para um tratamento corretivo no futuro e instruí-lo a minimizar os riscos de agravamento da doença e a evolução para o Peyronie. 

Assim, pode-se evitar o comprometimento do desenvolvimento sexual, psicológico e social do jovem. 

Apesar desta importância, muitas vezes a busca por um profissional demora para acontecer. Os adolescentes costumam sentir um certo constrangimento ao abordar o assunto com seus responsáveis, e acabam adiando essa conversa.

Dúvidas? Envie sua pergunta ao Dr. Paulo e receba orientações específicas sobre sua condição, de maneira simples e discreta.

Quando o implante de Prótese Peniana é indicado?

Normalmente é indicada para situações em que o paciente chega ao consultório médico com a Doença de Peyronie e também apresenta disfunção erétil e/ou falta de rigidez para a atividade sexual penetrativa. O diagnóstico leva em consideração os sintomas da enfermidade e que pode ser comprovada com a história clínica, indução da ereção, o teste de rigidez vertical e o ultrassom com Doppler. 

O que ocorre é que ereções de má qualidade e/ou pequenos traumas penianos, ao longo da vida, podem causar fibroses em um ponto ou vários pontos do membro, e são responsáveis pela tortuosidade e/ou afinamento e ou redução de tamanho. Essas complicações e deformidades fazem com que haja uma perda de resistência do membro para a atividade sexual penetrativa. Com isso, durante a penetração, o pênis pode dobrar ou escapar com facilidade, o que gera novos traumas e novas fibroses. Esse quadro pode impactar drasticamente na qualidade de vida sexual masculina, tanto pelas razões físicas, que dificultam ou impedem a penetração, quanto por gerar problemas psicológicos decorrentes da própria Doença de Peyronie e deterioração da saúde mental. 

Com o objetivo de dar ao homem novamente a sustentação vertical que o pênis necessita para o ato sexual, a recomendação médica pode ser um implante de prótese peniana, o que pode ser realizado na mesma cirurgia que trata a fibrose e reconstrói o membro.

Além de tratar o déficit de rigidez vertical, o implante peniano tem como objetivo, a prevenção contra novas fibroses. Com uma melhor rigidez o pênis fica menos sujeito a traumas ou micro traumas, que às vezes acontecem durante a relação sexual. 

Quando a prótese não é colocada, há chances de que a fibrose reapareça e a curvatura pode voltar

Entretanto, é importante ressaltar que a colocação de um implante de prótese peniana não tem o objetivo de aumentar o pênis. Ao usar os conceitos geométricos, o cirurgião tem como principal objetivo, a colocação de uma prótese maior e mais grossa. Esta estratégia visa resultar em um pênis com maior rigidez vertical, tamanho e calibre, ou seja, o que aumenta o pênis é o método escolhido, e não a prótese peniana, independente do modelo, maleável ou inflável.  

Ao expandir ao máximo os tecidos com as manobras adjuvantes, o pênis poderá receber uma prótese de maior comprimento e maior calibre, compatível com a nova anatomia do paciente, uma vez que a relação entre o comprimento e calibre é essencial para a função penetrativa adequada e melhor relação biomecânica. 

É por isso, inclusive, que apenas a introdução da prótese, sem a reconstrução de tamanho e calibre, pode não atender as expectativas em termos de tamanho, calibre e rigidez. Um pênis muito longo e que ficou mais fino devido à Doença de Peyronie, por exemplo, precisa de um implante mais calibroso após ter seu tamanho recuperado, com melhoria na resistência axial para a penetração. 

Já as estruturas internas do pênis, devem ser preservadas ao máximo, visando maior fluxo sanguíneo. Isso permite – além da prótese peniana – um maior enchimento residual.

Também é preciso tomar cuidado com o posicionamento do implante: se mal colocados e/ou dimensionados, os cilindros podem pressionar a uretra causando dores, destruir demasiadamente a esponja dos corpos cavernosos, não proporcionar estabilidade da glande e não gerar firmeza necessária (por ser muito fino) para o ato sexual penetrativo. 

Tipo de prótese peniana

Atualmente a medicina conta com uma tecnologia bastante desenvolvida no que diz respeito às próteses penianas. Os modelos predominantes são os maleáveis (semirrígidos) e os hidráulicos (ou infláveis).

A decisão pelo melhor tipo de prótese depende de uma pré-avaliação no momento da consulta. Para tal, o cirurgião leva em consideração fatores como a preferência, a anatomia, o estilo de vida e o orçamento do paciente. 

Prótese maleável ou semirrígida

Feita em silicone maleável, que recobre duas hastes metálicas, esse modelo de prótese oferece uma boa rigidez e maleabilidade para o pênis. Ela pode ser acomodada para baixo, para o lado, em direção a virilha, em posição ereta (para o ato sexual), bastando manuseá-la com as mãos. Entretanto, ela não permite a flacidez peniana. 

Tipos de Protese

Uma vantagem da prótese maleável é que ela está coberta pela maioria dos planos de saúde. Ela também é mais acessível, caso o paciente necessite fazer a compra por conta própria. 

Na comparação com o modelo inflável de implante, a versão maleável apresenta um menor índice de falhas. Assim, não há riscos de vazamentos, e o melhor é que ela não para de funcionar subitamente. Quando comparada com a inflável, a incidência de troca também é mais baixa.

Há diversos calibres de próteses maleáveis. Eles devem ser escolhidos após a reconstrução peniana, conforme a compatibilidade dos corpos cavernosos, para que seja selecionado o maior calibre para cada anatomia de pênis e ajustando o tamanho de forma a proporcionar maleabilidade e rigidez para penetração. 

Prótese hidráulica ou inflável

prótese hidráulica pode ser de dois ou três volumes, a depender do modelo escolhido,  que são pressurizados por meio do acionamento de uma bomba de soro fisiológico alojada no escroto. Ao ser acionada, o líquido vai para os cilindros, a prótese infla e o paciente consegue uma ereção. 

Tipos de Protese 1

A grande vantagem é que, após o ato sexual, é possível retomar a flacidez peniana desinflando a bomba, deixando o membro mais discreto sob a roupa do que um pênis que tem uma prótese maleável. 

No entanto, segundo um estudo conduzido por especialistas da Universidade de Ancara em 2007 17, a prótese hidráulica apresenta uma taxa de falha maior que a maleável. Seu sofisticado sistema é mais sujeito a falhas mecânicas ocasionadas por vazamento do líquido do reservatório, travamento da bombinha e perda da resistência das paredes dos cilindros. Se uma dessas situações ocorrer, é preciso se submeter a uma nova cirurgia para a troca. 

Além da falha mecânica, a prótese hidráulica apresenta um alto custo, e não é oferecida pela maioria dos planos de saúde. Vale lembrar, ainda, que pacientes que não possuem destreza manual terão dificuldade de manusear a prótese, razão pela qual não é indicada a todos. 

Como é viver com prótese peniana?

Após a saída do hospital, o paciente vai passar por um período de adaptação à sua nova prótese, após receber as devidas orientações do médico. 

Após cerca de um mês e meio ou 60 dias depois da cirurgia, o homem geralmente recebe alta para praticar relações sexuais novamente. Ele perceberá uma mudança positiva em sua rigidez penetrativa, que tende a ser adequada para vencer a resistência imposta pela(o) parceira(o) na hora da penetração.

A prótese não tende a impactar nas funções e sensações naturais do membro, como prazer, orgasmo e ejaculação. Pelo contrário: o implante visa proporcionar uma rotina sexual satisfatória e saudável.

Muitos homens se preocupam com a temperatura e sensibilidade do pênis depois da operação. Se as estruturas internas forem devidamente conservadas e o(s) cilindro(s) do implante estiver(em) bem posicionado(s), existe maior possibilidade de haver uma ereção residual durante a erotização.

Dúvidas? Envie sua pergunta ao Dr. Paulo e receba orientações específicas sobre sua condição, de maneira simples e discreta.

Técnica Egydio Antes e Depois

O uso de princípios geométricos para determinar o melhor local para realizar as manobras incisionais, presente nos conceitos da estratégia cirúrgica “apelidada” de Técnica Egydio, tende a melhorar os resultados de correção das deformidades penianas e permite implantar os cilindros com melhor posicionamento abaixo da glande e cilindros de maior tamanho e calibre, proporcionando melhor resultado funcional e estético.

De forma geral, os cirurgiões ao aplicarem todo seu conhecimento, perícia e usando os princípios geométricos, objetivam conseguir

Alinhamento

O Peyronie e a curvatura do jovem causam a tortuosidade do pênis. Ao ser corrigido com a Técnica Egydio, graças ao tratamento do lado curto, usando os princípios geométricos, o médico consegue alongar este lado, deixando-o do tamanho do lado longo, o mais próximo possível o pênis, minimizando a perda de tamanho.

A experiência do médico no pré, intra e pós operatório é crucial para uma conduta de tratamento mais alinhada com as expectativas de cada paciente. Em alguns casos, o lado longo também pode ser afetado, só que em menor proporção, portanto, pode ser que haja necessidade da expansão tecidual não só do lado curto, como também do lado longo, o que proporciona um resultado funcional e estético melhor.

Tamanho

O tratamento cirúrgico consiste em incisões de relaxamento que permitem a expansão dos tecidos, recuperando o tamanho do pênis até o limite dos nervos e da uretra.

Quando indicado, é possível a colocação de uma prótese peniana de maior tamanho e maior calibre para o pênis com dimensões recuperadas no limite do possível.

Logo, o membro poderá ficar com um tamanho maior se comparado ao pênis quando afetado pela curvatura.

Grossura

Se a cirurgia for realizada com a reconstrução peniana associada ao implante da prótese, há condições para que o cirurgião insira um implante de maior tamanho e calibre no pênis. Isso significa que o especialista vai expandir os pontos afinados, para permitir a entrada de uma prótese mais grossa.

Dessa forma, o afinamento peniano é corrigido, e o membro ficará mais homogêneo em comparação com o pênis acometido por fibroses e afinado.

O calibre da prótese visa dar maior rigidez penetrativa ao homem. Se a reconstrução não for feita, o cirurgião provavelmente conseguirá colocar uma prótese mais fina neste pênis que já está afinado, e, em muitos casos, ela não será suficiente para dar rigidez ao membro durante a penetração.

Sensibilidade

Com a preservação do feixe de nervos na hora da cirurgia, a sensibilidade da glande tende a não sofrer alterações.

Lembrando que em um pênis normal ou com implante de prótese peniana, a sensibilidade não deve ser avaliada ao simples tocar no pênis, como, por exemplo, em caso de higienização. A melhor forma de avaliar a sensibilidade peniana, principalmente da glande, área mais sensível do pênis, é sob erotização plena, que depende da atividade cerebral para o sexo.

Orgasmo

O objetivo da cirurgia é restabelecer a funcionalidade peniana, corrigindo deformidades e ou proporcionando capacidade penetrativa e rigidez para a atividade sexual, preservando ao máximo os nervos responsáveis pela sensibilidade. Sob erotização a tendência é que não haja interferência no orgasmo e no prazer. Além disso, no caso de implante de prótese peniana, como ela confere rigidez penetrativa, é possível continuar o ato sexual por mais tempo, mesmo após o homem ter um orgasmo.

O volume e a qualidade da ejaculação também têm a tendência de se manter, pois o tratamento não altera a estrutura que transporta o sêmen.

Com o pênis mais rígido e apropriado para a penetração, o paciente tende a ter mais confiança durante a relação, e isso reflete naturalmente na qualidade de sua vida sexual e saúde mental.

A fim de garantir a conduta ética no exercício da medicina, o Conselho Federal de Medicina (CFM)proíbe a divulgação na Internet de imagens do tipo “antes e depois”. Portanto, não é permitido e é considerado infração ética divulgar imagens na Internet e/ou nas redes sociais. Os pacientes devem desconfiar de urologistas que propagam esse tipo de imagem.

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