O trato urinário e o sistema reprodutor estão sujeitos a doenças urológicas. São dezenas delas, das mais simples às mais graves, que podem afetar o homem ao longo da vida. Por isso, as visitas ao urologista são fundamentais!
Durante a consulta, o profissional da urologia confere o estado geral de saúde do paciente, conhece melhor o funcionamento de seu trato urinário e do sistema reprodutor e fornece orientações de prevenção. Assim, é possível identificar qualquer anomalia relacionada às doenças urológicas masculinas e iniciar um tratamento rapidamente.
O diagnóstico médico é muito importante para tratar corretamente a doença, pois cada uma possui sintomas próprios e existe uma gama de enfermidades que dão sinais muito parecidos. Exames vão auxiliar a reconhecer o problema em questão.
Agora que você já compreendeu como o médico pode ajudar a manter a sua saúde em dia, chegou a hora de saber quais são as doenças urológicas que precisam da ajuda do seu urologista para serem tratadas:
Quais são os problemas urinários?
O trato urinário é composto por órgãos como rins, bexiga, ureteres e uretra. Embora cada um tenha a sua função, em conjunto, eles produzem e eliminam a urina com toxinas provenientes da filtração do sangue.
Qualquer problema com esses órgãos desequilibra o funcionamento do organismo, e é por isso que você precisa cuidar muito bem deles!
Algumas dessas doenças são:
- Cálculo renal
- Câncer de bexiga
- Cistite
- Insuficiência renal
- Uretrite
- Pielonefrite
Quais são os problemas do sistema reprodutor?
Formado por testículos, bolsa escrotal, pênis, uretra, canal deferente e glândulas anexas, o sistema reprodutor possui órgãos tanto internos quanto externos, que podem ser acometidos por doenças.
Problemas neste sistema afetam não apenas a saúde física do homem, mas também a sua saúde mental e a sua qualidade de vida sexual.
Conheça alguns deles e saiba que é fundamental evitá-los.
- Câncer de próstata
- Câncer de pênis
- Deficiência androgênica do adulto
- Disfunção erétil
- Doença de Peyronie
- Fimose
Quais são as principais doenças urológicas?
Depois de saber com quais doenças urológicas você deve se preocupar, o próximo passo é entender como elas se manifestam para que você possa procurar auxílio médico na hora certa.
Cálculo renal
Conhecido também como pedra no rim, a doença é causada pela formação de cálculos endurecidos a partir de substâncias minerais que se aglutinam.
As pedras são formadas dentro dos rins, mas podem se movimentar para a uretra e bexiga para serem eliminadas.
A doença é bastante comum, principalmente entre os homens. A baixa ingestão de água associada a uma má alimentação é um dos principais fatores para essa enfermidade.
Sintomas: Em raros casos o paciente não tem sintomas. Porém, o mais frequente são relatos de dores na região lombar (quando a pedra está parada no rim) e cólicas intensas quando o cálculo começa a se movimentar – muitas vezes, ele fica parado no ureter. O problema pode provocar, ainda, infecções urinárias, sangue na urina, náuseas, vômitos e febre.
Câncer de bexiga
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2020 e 2022 7 a cada 100 mil homens vão ser diagnosticados com o câncer de bexiga, uma doença associada principalmente ao tabagismo.
O câncer de bexiga ocorre principalmente em pacientes acima dos 55 anos de idade e costuma ser identificado em sua fase inicial, quando ainda tem boas chances de cura. No entanto, a doença pode ter recidiva e sofrer metástase.
Sintomas: A presença de sangue na urina é o principal sintoma, e que costuma levar os homens às clínicas. Há outros sinais, como dor ao urinar, necessidade de urinar com mais frequência maior que a habitual, urgência em urinar, fluxo de urina fraco e impossibilidade de urinar. Sintomas não relacionados ao trato urinário também podem aparecer. É o caso de dor lombar, perda de peso e apetite, fraqueza, inchaço nos pés e dor óssea.
Infecção urinária – Cistite, uretrite e pielonefrite
A infecção urinária se dá quando ocorre a multiplicação bacteriana em algum segmento do trato urinário. Quando atinge a bexiga (o tipo mais comum), é chamada de cistite. Já a infecção no canal da uretra é a uretrite e, nos rins, pielonefrite.
Na maior parte das vezes, os microrganismos acessam o interior do sistema pela via ascendente, ou seja, de fora para dentro,
Embora a doença urológica feminina seja predominante, homens, especialmente os mais velhos, podem ser acometidos.
Sintomas: A infecção urinária causa dificuldade para urinar, aumento da frequência urinária e pode haver corrimento com pus. Os sintomas incluem, ainda, febre, náuseas, vômito e calafrio, principalmente quando a infecção acomete os rins.
Insuficiência renal
Na insuficiência renal, os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. O problema pode ocorrer de forma súbita e rápida (agudo) ou ao longo dos anos (crônico) e de modo irreversível. A doença aguda, quando não tratada, pode evoluir para crônica.
As consequências são graves, com impactos na regulação da pressão sanguínea, na fabricação dos glóbulos vermelhos, na condição dos ossos e na eliminação de resíduos e líquidos do organismo.
Diabetes e pressão arterial alta são as principais causas.
Sintomas: Em sua forma aguda, a insuficiência renal diminui a produção de urina, causa retenção de líquidos – com inchaço nos membros inferiores do corpo -, sonolência, perda de apetite, falta de ar, fadiga, náuseas, vômitos e confusão mental.
Na forma crônica, à medida que a insuficiência progride, os sintomas começam leves, como o aumento na necessidade de urinar, inclusive à noite, e se tornam mais graves, sentindo cansaço e diminuição da capacidade mental. Anemias, hematomas, espasmos musculares, perda de sensibilidade em certas áreas e até mesmo convulsões podem ocorrer quando a doença está avançada.
Câncer de próstata
A formação de tumores nessa glândula do sistema reprodutor masculino resulta no câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros, de acordo com o INCA.
Esse câncer acomete principalmente homens que já estão na terceira idade, mas a evolução dos métodos diagnósticos aliados à campanha de conscientização Novembro Azul têm sido fundamentais para tornar a doença um dos tipos mais curáveis que existem.
Sintomas: A maioria dos tumores localizados na região não provoca sintomas, pois cresce lentamente e são identificados nos exames periódicos com o urologista.
Porém, quando está em estágio mais avançado, o homem pode sentir dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e ter sangue na urina. Se houver metástase, o paciente pode apresentar dor nas costas.
Câncer de pênis
O câncer de pênis é uma doença rara e ao mesmo tempo preocupante, uma vez que pode gerar a amputação do membro.
Nesta doença, as células cancerígenas se formam nos tecidos penianos. A má higiene é a grande responsável pelo problema, mas a doença também se desenvolve entre homens com determinados tipos de HPV, fimose e entre os fumantes.
Existem cinco variações desta neoplasia e as três mais comuns são menos agressivas e se desenvolvem lentamente. Além disso, tumores benignos podem evoluir para malignos.
Sintomas: Um dos sinais mais comuns e que pode ser percebido pelo próprio homem são as alterações na pele do pênis. Ela pode mudar de cor, espessura e apresentar lesões, como uma bolha ou caroço (inclusive na virilha). Em alguns casos, as lesões podem produzir secreções esbranquiçadas e com forte odor. Além disso, essas lesões demoram para cicatrizar ou não cicatrizam.
Deficiência androgênica do adulto
Andropausa, ou deficiência androgênica do adulto, é uma síndrome que se inicia por volta dos 40 anos de idade, quando ocorre um declínio na produção de hormônios como a testosterona. Não há data para esta fase acabar.
Nem todos os homens sentem o impacto da andropausa. Aqueles com comorbidades como hipertensão e diabetes ou os que têm estilo de vida desfavorável (sedentários, tabagistas e alcoólatras) têm mais chances de sofrer com o problema.
Vale lembrar que, ao contrário da menopausa feminina, o homem continua fértil.
Sintomas: Os sintomas estão relacionados, principalmente, às alterações nas funções sexuais. É comum observar redução da libido, diminuição nas ereções involuntárias e até mesmo encolhimento dos testículos. Podem ocorrer, ainda, mudanças físicas, com destaque para o aumento da gordura corporal, e danos emocionais.
Disfunção erétil
Distúrbio caracterizado pela dificuldade de obter e/ou manter uma ereção satisfatória para a penetração na maioria das relações sexuais, a disfunção erétil é realidade para metade dos homens entre 40 e 70 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Ela se dá pela redução do fluxo sanguíneo no interior do pênis.
As causas são variadas. Elas podem estar relacionadas a problemas de circulação, distúrbios hormonais, mudanças anatômicas – como afinamento, diminuição de tamanho e curvaturas penianas – e estruturais no membro, priapismo, além do uso de substâncias ilícitas e medicamentos.
A disfunção erétil também pode ser motivada por problemas como ansiedade, depressão e estresse, que diminuem a libido e dificultam a ereção.
Sintomas: A dificuldade ou incapacidade de ter e/ou manter a ereção, desde a penetração até o momento do orgasmo, é o principal sinal da disfunção erétil.
Os homens que sofrem com o problema também podem ter ejaculação precoce, que ocorre com mínima erotização, e diminuição na libido.
Doença de Peyronie
A formação de placas de fibrose na túnica albugínea (membrana no interior do pênis) pode diminuir a elasticidade dos tecidos, alterando a anatomia peniana e fazendo com que o homem apresente uma curvatura, afinamento ou diminuição de tamanho. Essa condição adquirida, a chamada Doença de Peyronie.
Como consequência, dependendo da gravidade da curvatura, o pênis perde a sua função sexual.
As fibroses surgem, na maioria das vezes, por traumas e microtraumas que ocorrem durante a relação sexual. Ereções de má qualidade, comuns nos homens com disfunção erétil, idade, diabetes e cirurgia na próstata também favorecem o problema.
Sintomas: O Peyronie pode ser visivelmente notado quando o pênis está ereto, pois ele deixa o pênis torto, afinado e/ou reduz o seu tamanho, dada a limitação dos tecidos penianos. Em alguns casos, o homem pode sentir o nódulo com as mãos.
O paciente encontra, ainda, dificuldades na hora H. Ele pode ter dificuldade de ter e/ou manter uma ereção e sentir dor quando o pênis estiver ereto.
Como a doença prejudica a vida sexual, o paciente também pode sofrer com problemas de saúde mental.
Fimose
Na fimose, o homem tem dificuldade para expor a glande (cabeça do pênis) devido ao excesso de pele no prepúcio (pele que reveste a glande). Em alguns casos, é impossível expor a glande.
A condição é comum em bebês e crianças pequenas, mas tende a desaparecer naturalmente até os cinco anos de idade. No entanto, quando a pele não cede, é preciso operar.
Adultos também podem desenvolver a fimose. Infecções ou doenças de pele podem ser as causadoras da condição nessa fase da vida.
Sintomas: Além da dificuldade ou impossibilidade de retrair o prepúcio para expor a glande, a fimose causa dores e inflamação na região. Pode estar associada a febre.
Como consequência, a higiene do pênis fica prejudicada, o que pode levar a complicações como balanopostite, câncer de pênis, entre outras.
Doença urológica: tratamento
O tratamento para as diferentes doenças urológicas que podem acometer o homem variam, e é por essa razão que demandam orientações médicas. Ele pode ir desde mudanças no estilo de vida, até o uso de medicamentos e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos e sessões de quimioterapia e hemodiálise.
No caso da disfunção erétil e Doença de Peyronie, o tratamento dos casos mais severos, que não obtiveram resposta com medicamentos, pode ser feito aqui na clínica.
Para tratar as enfermidades, é indicada uma cirurgia que vai expandir os tecidos penianos a partir de incisões geométricas, a fim de corrigir a tortuosidade, afinamentos e redução de tamanho, seguida da colocação de uma prótese, responsável por devolver a firmeza vertical ao membro.
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