A colocação de prótese peniana para diabético é um debate importante na urologia. Esses pacientes não estão mais propensos apenas a apresentar disfunção erétil, mas também a complicações cirúrgicas, e por isso precisam de cuidados específicos antes, durante e após o procedimento.
Diabetes, disfunção erétil e a necessidade da prótese peniana estão intimamente ligados, pois a alta da glicose afeta os mecanismos necessários para uma ereção.
Não é à toa de um estudo publicado no periódico científico Diabetic Medicine em 2017 descobriu que metade dos homens com diabetes apresenta, também, disfunção erétil. Os pacientes diabéticos tipo 2 são os mais impactados pela dificuldade de ter e/ou manter uma ereção.
Nesse cenário, a disfunção erétil é uma preocupação significativa para homens com diabetes e também para os médicos que vão tratar esses pacientes. Por isso, No blog de hoje, vamos entender as melhores práticas para casos como esses. Acompanhe a leitura!
Disfunção erétil em pacientes diabéticos
Diabetes é uma síndrome metabólica. Nela, o organismo não produz ou absorve insulina adequadamente. Como consequência, ele não é capaz de utilizar a glicose, que fica em excesso.
Quando o nível de glicose no sangue permanece alto por muito tempo, pode ocorrer danos a órgãos, vasos sanguíneos e nervos, e é aí que a diabetes tem a ver com a disfunção erétil.
Para que o homem produza uma ereção rígida e duradoura, os vasos sanguíneos e os nervos do pênis são essenciais. Com diabetes, os vasos podem entupir e os nervos se tornam menos sensíveis, o que tende a prejudicar a ereção.
Tratamento para disfunção erétil em diabéticos
O primeiro passo para tratar a disfunção erétil em homens diabéticos é o controle dos níveis de glicose no sangue.
A indicação é buscar um endocrinologista para auxiliar. Além de remédios, ajustar a alimentação, praticar exercícios físicos e evitar o sobrepeso ajudam a controlar a diabetes.
Caso as primeiras linhas de tratamento para disfunção erétil (medicamentos orais e injeções penianas) não funcionem, um urologista poderá indicar a prótese peniana para diabéticos e, nessa situação, estar com a diabetes controlada é muito importante não apenas para a sua saúde, mas também para reduzir o risco de infecções e facilitar a recuperação.
Porém, antes de efetuar o procedimento, é fundamental uma avaliação médica do urologista. O profissional fará alguns exames que permitem verificar como está a sua ereção, detectar a presença de fibroses e conhecer a anatomia do seu pênis. Esses aspectos são fundamentais para saber se o paciente tem indicação do implante ou se ainda há alternativas.
Leia mais: Descubra quais exames para disfunção erétil você precisa fazer
Como é a cirurgia de prótese peniana para diabético
De forma resumida, o procedimento para restaurar o pênis e inserir a prótese peniana é o mesmo em homens diabéticos ou não.
Primeiramente, o cirurgião realiza incisões de relaxamento na túnica albugínea, a fim de expandir os tecidos e recuperar o alinhamento, tamanho e calibre do pênis até o limite dos nervos.
Concluída essa etapa, é a hora de inserir a melhor prótese para o pênis, considerando a anatomia do membro.
Leia mais: Como é a cirurgião de restauração peniana e implante
Agora, no caso dos pacientes diabéticos, o médico precisa considerar alguns fatores para que a cirurgia seja positiva para o paciente. Entenda:
Higienização
Muitos pacientes diabéticos ingerem medicamentos para controle da glicose. Essa medicação torna a pele que reveste a glande mais propensa a segurar gotículas de urina e glicose, o que facilita infecções de repetição na glande.
Portanto, no pré-operatório, o paciente precisará caprichar na higienzação do local, seguindo a lavagem indicada pelo médico, além de utilizar um antifúngico.
Vias de acesso
O tipo de via de acesso mais seguro para o paciente é a subcoronal.
Nela, o cirurgião vai abaixar a pele do pênis, que será levantada e usada para fechar a incisão após a conclusão dos procedimentos na parte interna do membro.
Na comparação com outras vias de acesso, como a escrotal e a suprapúbica, a vantagem é tocar o mínimo possível na pele e ficar longe do escroto, que concentra naturalmente bactérias. Com isso, é possível minimizar o riscos de infecções.
Evitar o uso de enxertos
O enxerto é um tecido não vascularizado e, por isso, tem um risco maior de uma bactéria se alojar nele e dar uma infecção – e pacientes diabéticos são mais sucetíveis a essa complicação.
O ideal é evitar o uso dos enxertos, e isso é possível graças a reconstrução peniana, que vai tratar retrações, afinamentos, curvaturas a partir múltiplos pequenos cortes que o próprio organismo vai regenerar, sem necessidade de usar outro tecido.
Prótese com impregnação antibiótica
A prótese peniana para diabético deve contar, preferencialmente, com impregnação de antibitóticos. Isso quer dizer que ela tem uma cobertura de antibiótico em sua superfície e/ou estrutura.
Próteses mais porosas, que permitem a impregnação de uma solução antibiótica, também é uma opção muito aconselhável para esse público.
Leia mais: Conheça a prótese peniana com impregnação de antibiótico
Acompanhamento pós-operatório
Os cuidados da prótese peniana para diabéticos não terminam na hora da cirurgia.
Após a operação, ainda serão necessárias outras medidas, como tomar os antibióticos corretamente, usar um vasodilatador no pênis, preencher os corpors cavernosos com antibióticos. Isso tido pode reduzir o risco infeccioso para quase 0,5%.
Expectativas da prótese peniana para diabéticos
É importante que médico e paciente conversem francamente sobre as expectativas da prótese peniana para diabéticos para o resultado do implante.
Precisamos lembrar que a funcionalidade é o principal objetivo da cirurgia. A escolha do implante será a do maior tamanho e calibre possível para que o pênis tenha firmeza vertical, seja para o modelo maleável ou inflável. Dessa maneira, o paciente vai ter uma melhor resistência penetrativa na hora H.
A preservação dos corpos cavernosos e tratamento da fibrose também permitem a melhor funcionalidade do membro.
Qual a melhor prótese peniana para diabético?
As melhores próteses penianas para diabéticos são aquelas mais adequadas para a anatomia daquele pênis em particular, respeitando as proporções de tamanho e calibre do pênis reconstruído.
No caso do implante maleável, a preferência é por opções mais calibrosas. Já para o inflável, é fundamental que os cilindros tenham espaço suficiente para expandir.
Além disso, não basta uma boa seleção da prótese: é preciso tratar os tecidos e danificar o mínimo possível os corpos cavernosos. Por fim, você também preciso se erotizar na hora H.
A prótese peniana para diabéticos pode ajudar os homens que têm disfunção erétil. Aliar o tratamento da disfunção erétil com o controle da glicose, é o primeiro passo para a cirurgia. Com cuidados pré, intra e pós-operatórios, você terá uma ótima qualidade de vida sexual.
Se você se identificar com o quadro, entre em contato conosco. Vamos avaliar se o seu caso ainda pode ser tratado com medicamentos ou injeções ou se é hora de uma prótese peniana para diabéticos.