Criptorquidia é popularmente conhecida como “testículos não descidos”, ou seja, quando o bebê nasce apresentando ausência de um ou de ambos os testículos no saco escrotal, e vai precisar de observação e cuidados médicos.
Por volta da vigésima semana de gestação, os testículos devem começar a migrar do interior do abdome para a bolsa escrotal, via canal inguinal. Quando isso não ocorre, dizemos que o testículo não desceu, o que é identificado pelo médico logo após o nascimento.
Se a criança nasceu com o distúrbio, é muito importante que ele seja corrigido para viabilizar a produção de espermatozóides. Em alguns casos, os testículos podem descer naturalmente.
O que é criptorquidia e suas consequências
A criptorquidia ocorre quando os testículos, ao invés de alcançarem a bolsa escrotal, ficam parados em algum ponto do canal inguinal. Muito raramente, eles podem se localizar fora desse trajeto (testículo ectópico).
Isto pode estar associado a alguns fatores, como hérnias, malformações do abdômen inferior, disfunções hipotalâmico-hipofisárias, hipospádia e micropênis. Bebês prematuros e com baixo peso também tendem a nascer com testículos não descidos.
Em consequência, as crianças podem sentir dor se os testículos sofrerem um processo inflamatório. Outra questão relevante é que, como os testículos precisam estar a 1,5°C abaixo da temperatura do corpo humano, uma vez que o calor excessivo destrói os espermatozóides e isso acarreta na infertilidade masculina. Além disso, a aparência desigual pode se tornar um problema e trazer à tona danos psicológicos ao longo da vida.
Como saber se meu filho tem criptorquidia
A anomalia pode ser identificada logo que o bebê nasce. Para isso, o médico realiza a palpação do escroto, com a qual pode perceber se o testículo está ou não presente.
A criptorquidia pode ser:
- Bilateral: quando os dois testículos estão ausentes no escroto;
- Unilateral: quando um testículo está ausente em um dos lados do escroto.
Neste momento, o médico também é capaz de verificar se a criança apresenta um quadro de testículo retido, retrátil ou ectópico. O diagnóstico correto vai orientar o melhor tratamento para o seu filho.
Quando operar a criptorquidia?
A conduta adotada ao ser constatado que os testículos não desceram é observar como evolui o caso durante um ano e meio. Nesta fase, eles podem migrar naturalmente, o que dispensa a necessidade de qualquer tratamento.
Se, após este período, os testículos não descerem para a bolsa escrotal, no caso dos testículos retidos e retráteis, é possível adotar um tratamento primário à base de hormônios. Se ele não for efetivo, o paciente recebe indicação cirúrgica, que também é usada para tratar testículos ectópicos.
A cirurgia de orquidopexia tem como objetivo posicionar corretamente o testículo na bolsa escrotal. O procedimento é feito a partir de uma pequena incisão na bolsa escrotal, virilha ou abdômen da criança (dependendo da localização dos testículos), por onde é introduzido um aparelho de laparoscopia. Durante o procedimento, a criança fica anestesiada.
O tratamento é simples e seguro. A criança pode ir para casa no mesmo dia e precisará de cuidados de assepsia. São raros os relatos de complicações, apesar do risco de sangramentos e infecções como em qualquer outra cirurgia. A cicatriz, se houver, tende a ser discreta.
Após a cirurgia, é importante que um urologista acompanhe a criança. Assim, ele pode verificar se os testículos estão se desenvolvendo adequadamente para evitar que, no futuro, o homem tenha problemas com a produção de espermatozóides e com a aparência de seus testículos.
Além da criptorquidia: curvatura do jovem
Além da criptorquidia, há outra condição congênita que pode causar prejuízos à futura vida sexual do homem. É a curvatura do jovem, também chamada de curvatura congênita.
Neste caso, o paciente nasce com algum grau de curvatura peniana devido a diferença na elasticidade do tecido de um dos lados em comparação com o outro. A curvatura pode ser para o lado, para cima ou para baixo. Ela também pode se manifestar em mais de um sentido.
Porém, ao contrário da criptorquidia, a condição só é percebida muitos anos depois, geralmente durante a puberdade, pois a curvatura do jovem é perceptível apenas quando o pênis está ereto. Nesta fase da vida, muitos jovens têm vergonha de conversar com os pais sobre o assunto, o que acaba adiando o tratamento.
O diagnóstico precoce é muito importante. Ele vai ajudar o paciente a evitar problemas sexuais, psicológicos e sociais, além de instruí-lo sobre os cuidados necessários para não agravar o caso e prepará-lo para uma futura cirurgia, se for necessário.
Quando um pênis que apresenta curvatura congênita não recebe os devidos cuidados, ele fica mais exposto a traumas e microtraumas durante a hora H, o que pode deixar o membro cada vez mais torto, levando à Doença de Peyronie, que causa, ainda afinamentos e perdas de tamanho.
Como você pode perceber, os cuidados com a saúde da região genital começam desde cedo. Ter um olhar atento a todas as etapas de desenvolvimento dos filhos vai ajudá-lo a ter uma vida sexual mais satisfatória no futuro, e nós estamos aqui para ajudar. Basta entrar em contato conosco, clique no botão abaixo!
