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O excesso de trabalho e a falta de libido estão ligados ao aumento do cortisol, o “hormônio do estresse”, que reduz a testosterona, essencial para a função sexual masculina. Entenda por que trabalhar demais prejudica sua vida sexual.
O excesso de trabalho pode impactar a libido e a qualidade de vida, porque tanto a vida profissional quanto a sexualidade são importantes. É preciso ter equilíbrio entre vida pessoal e profissional para um não anular o outro. Descubra como encontrá-lo.
Estresse e libido: como a sobrecarga de trabalho pode diminuir seu desejo sexual?
O estresse é uma reação natural a desafios físicos, emocionais ou mentais. Isso significa que o organismo libera cortisol e adrenalina para enfrentar situações desafiadoras ou ameaçadoras.
Já a libido é o desejo ou impulso sexual de uma pessoa. Ela envolve o interesse e a motivação para o ato sexual. A libido está ligada à testosterona. Mas fatores psicológicos, sociais, culturais e ambientais também influenciam.
O estresse crônico mantém os níveis de cortisol – o hormônio do estresse – sempre alto, enquanto a testosterona, hormônio relacionado à função sexual, diminui.
Essa relação entre cortisol alto e testosterona baixa é explicada pelo fato de que os dois hormônios são regulados por mecanismos parecidos.
O desequilíbrio hormonal causado pelo estresse prolongado pode afetar a libido e reduzir o interesse por intimidade em algumas pessoas.
Ansiedade pode causar disfunção erétil?
A ansiedade pode estar associada à disfunção erétil porque essa condição ativa o mecanismo de “luta ou fuga”, onde o organismo libera cortisol e adrenalina para reagir a situações de estresse ou ameaçadoras.
O cortisol reduz os níveis de testosterona e a adrenalina comprime os vasos sanguíneos, dificultando a circulação. Com isso, a ereção ou não acontece ou não é firme o suficiente.
O homem ansioso sofre também de baixa libido porque ele se sente incapaz de satisfazer o outro e evita situações que levem ao sexo.
Excesso de trabalho afeta os hormônios masculinos?
O excesso de trabalho pode impactar a testosterona, o principal hormônio masculino. Essa situação deixa o homem em estado constante de alerta e a quantidade de cortisol e de adrenalina ficam em alta.
Se essa sobrecarga profissional for acompanhada por sono ruim, o desequilíbrio hormonal tende a ser maior, porque o pico de produção de testosterona ocorre durante o sono profundo.
Homens com estresse ocupacional podem ter excesso de prolactina, por exemplo. Altos níveis desse hormônio no organismo masculino reduz a testosterona e consequentemente, a libido.
O estresse prolongado intensifica a aromatização, mecanismo de conversão de hormônios andrógenos, os responsáveis pelas características físicas. Na aromatização, a testosterona é convertida em estrogênio, o principal hormônio feminino. Homens com excesso de estrogênio apresentam:
- Ginecomastia, o desenvolvimento de tecido mamário;
- Disfunção erétil;
- Fadiga crônica;
- Depressão;
- Diminuição da massa muscular;
- Aumento da gordura corporal, especialmente no abdômen.
Falta de sono e queda na testosterona: como isso afeta seu desempenho?
A produção de testosterona depende da qualidade do sono. A manutenção desse hormônio ocorre na fase mais profunda do sono.
Porém, esta pesquisa afirma que a testosterona diminui somente com a privação de sono igual ou superior a 24 horas. Ainda assim, os autores concluem que a duração do sono é importante para manter níveis adequados do hormônio masculino e que adultos precisam dormir 7 horas por noite, conforme indica a Academia Americana de Medicina do Sono.
Dormir mal prejudica o desempenho sexual porque eleva os níveis de cortisol e ele inibe a produção de testosterona. Se o homem não aprende a fazer o gerenciamento do estresse, o sono fica cada vez pior, a testosterona permanece baixa e ele pode ter redução do desejo sexual, disfunção erétil e dificuldade de ter orgasmos.
Dicas para reduzir o impacto do estresse no desempenho sexual
O excesso de trabalho e a falta de libido afeta milhares de pessoas. A boa notícia é que temos dicas para você reduzir o impacto do estresse na sua vida sexual. Confira:
1. Melhorar a qualidade do sono
- Dormir todos os dias no mesmo horário;
- Não usar eletrônicos antes de dormir;
- Não consumir cafeína entre 4 e 6 horas antes de dormir.
2. Técnicas de relaxamento
- Meditação: acalma a mente, reduz a ansiedade e aumenta a consciência corporal;
- Respiração profunda: exercícios de respiração profunda ativam o sistema parassimpático, cuja atuação é desacelerar os batimentos cardíacos e recuperação do corpo após atividades exaustivas;
- Ioga: melhora a flexibilidade, reduz o estresse e aumenta o fluxo sanguíneo para a região pélvica.
3. Exercícios físicos
- Musculação, futebol, corrida e crossfit são exercícios que aumentam a testosterona;
- Exercícios de Kegel para fortalecer os músculos pélvicos, responsáveis pelo controle da ereção e ejaculação.
A importância do autocuidado para manter uma vida sexual saudável
Entenda por que o autocuidado ajuda a construir uma sexualidade saudável:
- Aumenta o autoconhecimento;
- Reduz o estresse e a ansiedade;
- Melhora a autoestima;
- Ajuda a manter os hormônios regulados.
Quando procurar ajuda médica para problemas sexuais causados pelo estresse?
É recomendável procurar um urologista nas seguintes situações:
- Redução do desejo sexual que não melhora com mudanças no estilo de vida;
- Dificuldade persistente em obter ou manter uma ereção;
- Medo constante de não conseguir satisfazer o parceira (a), condição conhecida como ansiedade de desempenho;
- Dificuldade de alcançar o orgasmo;
- Fadiga crônica;
- Ansiedade e depressão.
O excesso de trabalho e a falta de libido reduzem a qualidade de vida. Mas é possível gerenciar o estresse para melhorar o bem-estar e a saúde sexual. Siga o Dr. Paulo Egydio nas redes sociais para conferir dicas para cuidar da saúde íntima.
