Você sabe o que é síndrome metabólica? Veja detalhes sobre a doença e consequências para saúde

Homem apertando gordura corporal acumulada na barriga

Você sabe o que é síndrome metabólica? Veja detalhes sobre a doença e consequências para saúde

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A síndrome metabólica não é, por si só, uma doença: na verdade, ela é um conjunto de condições como obesidade, hipertensão e níveis elevados de glicose e lipídios no sangue. Aumenta o risco de doenças cardíacas, diabetes e outras complicações, incluindo a doença de Peyronie. Saiba tudo no texto de hoje.

A síndrome metabólica é, na verdade, um conjunto de condições que acontecem juntas, aumentando o risco de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares.

Esse conjunto de fatores de risco não pode ser considerado uma doença única, mas podem ter um impacto significativo na saúde geral, trazendo problemas graves a longo prazo, principalmente se não tratados.

Entre as inúmeras complicações de saúde possíveis causadas pela síndrome metabólica está a doença de Peyronie, condição que afeta os tecidos do pênis, causando curvatura anormal, dor, e até mesmo disfunção erétil.

As duas condições compartilham fatores de risco comuns, como obesidade e resistência à insulina, por exemplo.

No texto de hoje, vamos explorar mais a fundo o que é a síndrome metabólica, suas consequências e como ela pode estar relacionada com a doença de Peyronie. Acompanhe!

O que é a síndrome metabólica?

A síndrome metabólica é uma condição de saúde caracterizada por um conjunto de fatores de risco que aumentam significativamente a probabilidade de desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e, até mesmo, a doença de Peyronie.

Entre os principais fatores de risco associados à síndrome metabólica, estão:

  • Obesidade abdominal (excesso de gordura ao redor da cintura);
  • Excesso de gordura corporal;
  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Resistência à insulina (quando o corpo não responde de maneira eficaz à insulina);
  • Pré-diabetes (níveis elevados de glicose no sangue em jejum);
  • Dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue, incluindo altos níveis de triglicérideos e baixos níveis de colesterol HDL, também chamado de “bom colesterol”).

Quais são as principais características da síndrome metabólica?

A síndrome metabólica está associada a um estilo de vida sedentário, acompanhado de uma dieta pouco saudável, sendo mais comum em pessoas com sobrepeso ou obesidade.

No entanto, ao contrário do que muitos pensam, a predisposição genética também pode desempenhar um papel importante em seu desenvolvimento.

Consequências do excesso de gordura corporal

A combinação dos fatores de risco associados à síndrome metabólica abre as portas para o desenvolvimento de problemas graves de saúde. Entre os principais pontos de atenção, destaca-se o excesso de gordura corporal.

Os impactos para a saúde podem ser negativos, especialmente quando falamos sobre a gordura visceral (ou seja: que se acumula em torno dos órgãos internos).

As principais consequências são:

  • Doenças cardiovasculares: a aterosclerose pode levar a doenças cardíacas e derrames;
  • Diabetes tipo 2: a obesidade é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de resistência à insulina, que pode progredir para a diabetes tipo 2;
  • Problemas respiratórios: o excesso de gordura corporal também pode causar dificuldades respiratórias, como apneia do sono e síndrome da hipoventilação da obesidade;
  • Esteatose hepática: desenvolvimento da doença hepática gordurosa não alcoólica;
  • Problemas hormonais: como a redução dos níveis de testosterona em homens;
  • Problemas reprodutivos: o excesso de gordura corporal pode afetar a fertilidade masculina e a saúde reprodutiva, afetando a qualidade dos espermatozoides nos homens;
  • Doença de Peyronie: o excesso de gordura também pode contribuir para condições inflamatórias e problemas circulatórios que podem levar ao desenvolvimento da doença de Peyronie, condição que causa curvatura dolorosa e disfunção erétil no pênis.

Na foto, aparelhos para medição da glicemia e uma insulina aparecem para controle do diabetes tipo 2 é uma das principais complicações da síndrome metabólica

A síndrome metabólica influencia a formação de fibroses do pênis?

A síndrome metabólica pode influenciar na formação de fibroses no pênis, contribuindo para o desenvolvimento da doença de Peyronie. Isso ocorre por três motivos principais:

  1. Promovida pela obesidade e resistência à insulina, a inflamação crônica afeta os tecidos penianos;
  2. A síndrome metabólica prejudica a circulação sanguínea no pênis, motivo que também pode levar a danos teciduais do órgão sexual masculino;
  3. A síndrome metabólica aumenta o estresse oxidativo, que pode danificar as células e tecidos, incluindo do pênis. Esse é um fator conhecido na patogênese da doença de Peyronie, contribuindo para a formação de tecido cicatricial.

A síndrome metabólica causa disfunção erétil?

Sim, a síndrome metabólica pode causar disfunção erétil, principalmente quando está associada à doença de Peyronie.

A combinação dos fatores de risco (como obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão), pode afetar a função erétil.

Além disso, pode prejudicar a função sanguínea essencial para a circulação adequada no pênis, ou levar à aterosclerose, que estreita as artérias, limitando o fluxo sanguíneo necessário para uma ereção.

A inflamação crônica associada à síndrome metabólica pode danificar os tecidos vasculares e nervosos do pênis. Desta forma, pode estar associada à doença de Peyronie.

Também pode afetar os hormônios, reduzindo os níveis de testosterona, o que compromete a função sexual.

Por fim, a síndrome metabólica pode, ainda, afetar os nervos responsáveis pelo controle da função erétil.

Leia também: Disfunção erétil e doenças cardiovasculares: entenda a relação

Como é feito o diagnóstico da síndrome metabólica?

O paciente recebe o diagnóstico de síndrome metabólica quando o médico avalia um conjunto de critérios específicos, com base na análise de exames e de fatores clínicos.

São realizados:

  • Exames laboratoriais para medir os níveis de glicose, triglicerídeos e colesterol;
  • Avaliação da pressão arterial;
  • Análise da circunferência da cintura;
  • Análise de exames de imagem (como a ultrassonografia de abdominal, que pode mostrar a esteatose hepática).

Os profissionais de saúde utilizam diretrizes estabelecidas por organizações internacionais, como a American Heart Association (AHA) e o National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI).

Para ser diagnosticado com síndrome metabólica, o paciente deve apresentar ao menos três dos seguintes critérios:

  • Circunferência da cintura aumentada (≥ 102 cm em homens);
  • Níveis elevados de triglicerídeos (≥ 150 mg/dL ou em tratamento para triglicerídeos altos);
  • Baixos níveis de colesterol HDL (o “bom colesterol”) < 40 mg/dL em homens;
  • Pressão arterial elevada: pressão arterial sistólica ≥ 130 mmHg e/ou diastólica ≥ 85 mmHg, ou uso de medicação antihipertensiva;
  • Glicose no sangue em jejum ≥ 100 mg/dL, ou em tratamento para hiperglicemia.

Quais são os tratamentos médicos indicados?

O tratamento da síndrome metabólica envolve uma abordagem que inclui mudanças no estilo de vida, acompanhamento médico e a inclusão de medicações para controlar os fatores de risco associados.

Entre as principais sugestões para mudanças no estilo de vida estão:

  • Adoção de uma dieta balanceada, se possível com acompanhamento médico e nutricional;
  • Prática de atividade física com frequência;
  • Controle do peso corporal.

Quando o médico indica medicações, elas podem ser:

  • Medicamentos para controle da pressão arterial, como inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II, ou diuréticos;
  • Medicamentos para controle do colesterol e triglicerídeos;
  • Hipolipemiantes para reduzir o colesterol LDL e os triglicerídeos;
    Medicamentos para controle da glicose, como agentes antidiabéticos orais ou insulina, em alguns casos.

Por fim, se for necessário, o médico também pode solicitar:

  • Tratamento hormonal, em casos de desequilíbrios hormonais significativos;
  • Tratamento para a apneia do sono.

É possível evitar a síndrome metabólica?

Homem pratica exercícios físicos para evitar a síndrome metabólica

Embora em muitos casos exista o fator da predisposição genética, é possível evitar o desenvolvimento da síndrome metabólica com hábitos saudáveis de vida, como:

  • Manter consultas regulares ao médico, realizando exames de acompanhamento periodicamente;
  • Manter uma dieta equilibrada;
  • Prática de exercícios regularmente;
  • Controle do peso corporal;
  • Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo;
  • Gerenciar o estresse;
  • Monitorar e tratar condições de saúde existentes, como hipertensão, diabetes tipo 2 e dislipidemia.

A síndrome metabólica não é exclusivamente resultado de hábitos de vida não saudáveis, mas mudanças no estilo de vida podem prevenir casos mais graves e suas complicações.

Adotar um estilo de vida saudável não apenas reduz o risco de desenvolver síndrome metabólica, mas também pode evitar suas complicações, como a doença de Peyronie, e outras condições mais sérias.

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Médico urologista Dr. Paulo Egydio

PhD especializado pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros científicos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vivo, em congressos no Brasil e Exterior.

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