Fique atento a ereções que duram mais que o normal, pois pode ser um sintoma dessa condição que deixa sequelas negativas para a saúde sexual masculina.
Saiba mais sobre o Priapismo, basta assistir ao vídeo abaixo:
Ficar com o pênis ereto por mais de três horas sem ter como causa o desejo sexual, até pode ser comum na indústria pornográfica, mas no dia a dia, é sinal de priapismo, um distúrbio involuntário, dolorido e o pior: pode prejudicar permanentemente as ereções.
O nome dessa condição vem do deus da mitologia grega Príapo, o deus da fertilidade. Ele nasceu amaldiçoado, com um pênis avantajado, mas com uma ereção eterna e, ainda, impotente. Ou seja, tem tudo a ver com essa doença.
O perigo de uma ereção que não passa, mesmo sem estímulos sexuais, é que podem surgir lesões no pênis, dando origem a outros problemas, como a disfunção erétil e Peyronie.
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O priapismo e suas sequelas demandam atendimento médico emergencial, de preferência, e, posteriormente, um tratamento urológico sob medida para avaliar a situação e reverter possíveis danos à vida sexual do paciente.
Priapismo: causas, sintomas e tratamento
O priapismo é o termo usado para designar ereções que acontecem involuntariamente, geralmente com a glande amolecida, que duram mais de três horas e podem provocar fortes dores.
A condição não tem relação com o sexo: mesmo sem estímulos ou após a ejaculação, o pênis permance ereto. Nem mesmo a dor é capaz de interromper a ereção.
Existem dois tipos de priapismo: o isquêmico, o mais perigoso e responsável por 95% dos casos, e o não-isquêmico.
Priapismo isquêmico
Ele causa uma contenção de sangue dentro do pênis, impedindo a circulação e consequentemente a oxigenação, com morte das células devido à falta de oxigênio. O priapismo isquêmico deixa o pênis bastante rígido e provoca muita dor.
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O priapismo isquêmico está associado a algumas doenças que alteram o sangue, como anemia falciforme e leucemia. Fatores externos, como pancadas, e consumo de medicamentos estimulantes sexuais e antidepressivos também podem estar ligados à condição.
Um fato novo e bastante preocupante em relação à condição é que ela já foi detectada em paciente infectado pela Covid-19, segundo um caso reportado no American Journal of Emergency Medicine em junho do último ano. Além disso, foi feito um estudo da MedRxiv onde foi constatado que além do priapismo, a COVID-19 pode também diminuir o tamanho do pênis.
Priapismo não-isquêmico
Já no segundo tipo o que ocorre é um maior fluxo sanguíneo na região, impedindo que o membro fique flácido. Neste caso, o pênis não fica tão rígido.
Ele costuma ser causado por algum tipo de trauma peniano, seja na relação sexual ou em cirurgias mal-sucedidas, que gera uma conexão anormal (fístula) entre veias e artérias, mantendo o pênis ereto por mais de três horas.
Os perigos do priapismo
Essa ereção prolongada, persistente e dolorosa pode alterar para sempre o seu pênis, principalmente quando se trata do priapismo isquêmico.
Quando o paciente não procura auxílio médico imediatamente, o episódio acaba provocando a necrose do tecido erétil localizado dentro dos corpos cavernosos. No local, ocorre uma fibrose, um tecido rígido que impede a ereção. Temos então um caso grave de disfunção erétil.
Dependendo da forma que o homem manipula o membro no auge da crise – forçando-o para baixo, por exemplo -, pode acontecer uma fratura peniana que tende a entortar, afinar ou diminuir o pênis. São sintomas típicos da Doença de Peyronie.
Nesses casos, felizmente é possível tratar a consequência desse problema por meio da colocação de implantes penianos, em uma cirurgia com a “Egydio TEP Strategy“ e vai exigir, primeiramente, a reconstrução do membro afetado. Tudo pode ser feito em apenas um ato cirúrgico.
Quando identificado e tratado adequadamente desde o início, o priapismo e suas complicações costumam ser revertidos com boas taxas de sucesso. Além disso, com ajuda profissional especializada também é possível adotar medidas de prevenção contra novas crises.
Tratamento do priapismo
O primeiro passo para tratar a doença é buscar atendimento médico de urgência.
No hospital, são usados métodos para interromper a ereção, como medicação para contração dos vasos ou drenagem do sangue. As medidas diminuem a pressão nos cilindros, abrem as veias periféricas e permitem a saída do sangue. Dessa forma, o pênis tende a retornar à flacidez.
Com a fase aguda da doença controlada, é essencial que o paciente se consulte com um urologista.
O profissional identificará a causa do priapismo, fará a avaliação do dano e poderá iniciar um tratamento com o objetivo de evitar novos episódios. Se necessário, o médico poderá indicar o tratamento cirúrgico para corrigir possíveis fibroses e implantar próteses, que darão sustentação para que volte a ter a rigidez vertical necessária para penetração.
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Se o seu pênis estiver ereto por mais de três horas, não seja omisso. Procure a emergência e dê seguimento ao tratamento com um urologista. Não deixe o priapismo impactar negativamente na sua vida sexual.