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Azoospermia é a ausência de espermatozoides no sêmen e pode estar associada a diversas causas, como alterações hormonais, infecções, lesões, fatores genéticos, entre outros. Neste artigo, você encontra informações sobre diagnóstico e possibilidades terapêuticas.
Na azoospermia o sêmen não tem espermatozoides. A condição é resultante da obstrução dos ductos deferentes, problemas hormonais, infecções, tumores, lesões testiculares e também por efeito colateral de tratamentos médicos como radioterapia. Entenda.
O que é azoospermia?
A azoospermia é a ausência de espermatozoides no sêmen. É uma das principais causas de infertilidade masculina.
Trata-se de um sintoma associado a diferentes questões de saúde, desde infecções no aparelho reprodutor masculino, fatores hormonais, alterações nos testículos, pancadas e cirurgias na região pélvica.
Mas a azoospermia também pode ser de origem genética, exposição à radiação, tratamentos de quimioterapia, doenças hepáticas e por abuso de tabaco, álcool e drogas ilícitas.
Quais são os tipos de azoospermia?
Existem dois tipos de azoospermia: obstrutiva e não-obstrutiva. Confira as diferenças:
Azoospermia não-obstrutiva
Na azoospermia não-obstrutiva, o homem é incapaz de produzir espermatozoides. As causas da azoospermia não-obstrutiva são alterações hormonais, radioterapia, quimioterapia e condições genéticas. Veja como cada uma atua:
Alterações hormonais
O LH (hormônio luteinizante)e o FSH (hormônio folículo-estimulante) são produzidos na glândula hipófise e atuam juntos para a produção de espermatozoides saudáveis.
Ambos atuam nos testículos, sendo que o LH estimula a produção de testosterona, hormônio envolvido na produção das células reprodutivas masculinas enquanto o FSH cuida da nutrição dessas células.
Radioterapia e quimioterapia
Sessões de radio e quimioterapia têm o poder de fazer o homem parar de produzir espermatozoides, temporária ou permanentemente. Por isso, os médicos aconselham o congelamento de espermatozoides antes do tratamento para preservar a fertilidade.
Condições genéticas
A Síndrome de Klinefelter é uma alteração genética onde o homem tem um cromossomo X a mais e por isso apresenta pouca ou nenhuma produção de células reprodutivas, testículos pequenos, baixos níveis de testosterona e poucos pelos faciais e corporais.
De acordo com este artigo, a Síndrome de Klinefelter é a principal causa genética de azoospermia não-obstrutiva.
Azoospermia obstrutiva
A azoospermia obstrutiva é quando tem uma obstrução nos ductos deferentes, estruturas por onde os espermatozoides passam até serem expelidos na ejaculação.
A obstrução pode ser também nos epidídimos, duas estruturas localizadas atrás de cada testículo, cuja função é armazenar e amadurecer os espermatozoides.
Outras causas da azoospermia obstrutiva são:
- Varicocele: dilatação anormal das veias do cordão espermático, estrutura que sustenta os testículos;
- Lesões e traumas: torção testicular e pancadas;
- Criptorquidia: condição onde os testículos não descem para a bolsa escrotal;
- Infecções bacterianas: uretrite, prostatite e epididimite;
- Inflamações escrotais e testiculares: caxumba.
Sintomas da azoospermia
Caso a azoospermia seja em decorrência de traumas, tumores, infecções ou inflamações, os sintomas serão do fato gerador. Por exemplo, se o homem estiver com prostatite ele sentirá dor durante a ejaculação, podendo até ter sangramento nesse momento.
Se a ausência de espermatozoides não for devido uma obstrução dos ductos deferentes não haverá sintomas.
Principais causas da ausência de espermatozoides no sêmen
As causas comuns da ausência de espermatozoides são:
- Obstrução nos ductos deferentes;
- Infecções ou inflamações no aparelho reprodutor masculino;
- Lesões nos testículos ou no epidídimo;
- Varicocele;
- Criptorquidia;
- Tumor nos testículos;
- Efeito colateral de quimioterapia ou radioterapia;
- Cirurgias na região pélvica;
- Alterações genéticas.
Como é feito o diagnóstico da azoospermia?
O diagnóstico da azoospermia é feito pelo espermograma. Este exame consiste na análise do sêmen obtido pela masturbação, cuja preparação é não ter nenhuma atividade que resulte em ejaculação e não usar lubrificantes durante a coleta.
Exames de análise hormonal, ultrassom abdominal, ultrassom de testículos e pesquisa genética podem ser solicitados.
A azoospermia tem cura? Veja os principais tratamentos
O tratamento para azoospermia obstrutiva varia conforme o local.
De acordo com publicações científicas, algumas formas de obstrução dos ductos deferentes podem ser tratadas com reconstrução microcirúrgica, o que pode favorecer a presença de espermatozoides no sêmen. A publicação informa que a quantidade de espermatozoides aumentam entre 70% e 95%.
Ainda segundo estudos, a vasoepididimostomia pode ser uma alternativa cirúrgica em casos específicos de obstrução no epidídimo. A taxa de sucesso é, segundo estudos, cerca de 20% a 70% dos casais poderem ter filhos naturalmente.
A mesma análise fala sobre a vasoepididimostomia, procedimento cirúrgico para correção da obstrução do epidídimo. De acordo com o estudo, cerca de 20% a 70% dos casais poderão ter filhos naturalmente.
Azoospermia e fertilidade masculina: o que você precisa saber
A azoospermia afeta a fertilidade masculina, visto que o sêmen não tem espermatozoides.
Estima-se que 15% dos homens tenham problemas de fertilidade e que 1% apresente diagnóstico de azoospermia, conforme explica este artigo.
O mesmo artigo aponta ainda que a colaboração entre urologistas, radiologistas, ginecologistas, endocrinologistas reprodutivos e psicólogos é fundamental para o tratamento da azoospermia.
Quem tem azoospermia pode ter filhos?
Tudo depende de uma avaliação especializada para identificar a causa da ausência de espermatozoides.
Se o homem tiver azoospermia obstrutiva, por exemplo, e a reversão não for possível, o casal poderá recorrer a fertilização in vitro por ICSI. Nesta técnica onde o espermatozoide é injetado diretamente dentro de um óvulo.
No caso da azoospermia não-obstrutiva é preciso verificar se ainda há uma produção mínima de espermatozoides. Caso haja e, mesmo que eles não estejam no sêmen, a recuperação pode ser feita pelo micro-TESE (microdissecção testicular), que utiliza um microscópio cirúrgico para localizar áreas do testículo com espermatogênese ativa.
Os espermatozoides recuperados poderão ser usados por meio da fertilização in vitro por ICSI.
Quando procurar um urologista especializado em fertilidade?
O homem deve procurar um urologista especializado em fertilidade quando a parceira não conseguir engravidar após 12 meses de tentativas.
Histórico de tratamentos de quimioterapia e radioterapia, infecções e inflamações nos testículos, cirurgias na região genital e alterações na ejaculação também são motivos para consultar o urologista.
Por ser uma das principais causas de infertilidade masculina, a azoospermia deve ser investigada por um especialista. O diagnóstico preciso é fundamental para definir a abordagem mais adequada em cada caso.
Para mais informações sobre saúde masculina, continue explorando as dicas publicadas no blog.






