Para cada fase da disfunção erétil, há um tratamento adequado. Saiba em qual você está e a melhor alternativa para você
Você está satisfeito com a sua vida sexual? Seu pênis fica ereto durante toda a relação? Há alguma dificuldade frequente para isso? Dependendo das suas respostas para essas perguntas, você pode ter um dos graus da disfunção erétil.
A disfunção erétil se caracteriza pela dificuldade ou impossibilidade de o homem conseguir obter e manter uma ereção na maioria das relações, prejudicando a penetração durante a atividade sexual. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) afirma que, metade dos homens com 50 anos tem alguma disfunção erétil.
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De fato, o envelhecimento está bastante associado a esses casos. Isso ocorre devido ao risco aumentado para determinadas doenças e condições, como problemas cardiovasculares, distúrbios hormonais, alterações anatômicas, entre outras. Não à toa, na população masculina de 70 anos de idade, 70% apresenta um dos graus da disfunção erétil.
Contudo, independente da idade, qualquer homem pode sofrer com a disfunção erétil, pois ela também pode ser desencadeada por fatores psicológicos. Uma rotina estressante, um período de depressão ou um pico de ansiedade, por exemplo, podem atrapalhar as ereções.
Todos os homens estão sujeitos a episódios em que o pênis não fica ereto de jeito nenhum. Isso é normal e esperado. Agora, se na maioria das vezes você tem dificuldade ou não consegue animar o seu melhor amigo, é preciso avaliar a situação.
Quais os graus da disfunção erétil?
Existem três distintos graus da disfunção erétil:
- Leve: quando a capacidade de manter ereção está pouco diminuída ou ocorre apenas esporadicamente. São pacientes que, muitas vezes, não chegam a procurar tratamento.
- Moderado: quando a capacidade de manter a ereção está moderadamente afetada, sendo frequente a insatisfação sexual. Em geral, esse paciente começa a ficar preocupado com seu desempenho.
- Severo: quando o paciente não consegue atingir a ereção em nenhuma ocasião, o que traz prejuízo para o desempenho sexual. Segundo a SBU, 10% dos casos de disfunção erétil entre o público de 50 anos correspondem a esse grau.
O que é disfunção erétil leve?
Casos leves de disfunção erétil costumam receber pouca atenção, afinal, todo homem pode falhar uma vez ou outra, certo?! Principalmente quando está passando por um momento de vida complicado, o homem pode achar que não há nada de errado com seu amigão.
O ponto é que, uma vez descartadas as causas psicológicas, o homem pode continuar manifestando a disfunção erétil eventualmente – que pode se originar de questões de saúde mais complexas que estão sendo negligenciadas.
Com isso, pode haver evolução de fases da disfunção erétil. Homens que hoje têm uma leve dificuldade de ereção podem progredir para um grau moderado em algum tempo e para casos severos na velhice. Para evitar que isso aconteça, é muito necessário buscar auxílio médico, de preferência com um urologista.
Além disso, outro risco da disfunção erétil é a formação de fibroses, que levam à Doença de Peyronie. Mesmo aqueles homens com graus da difunção erétil leves podem acabar desenvolvendo a doença, pois, se o pênis não estiver rígido o suficiente e ele forçar, as estruturas internas podem ser danificadas.
Quais são os tratamentos indicados para cada grau da disfunção erétil?
Graças a anos de pesquisa e estudos, homens que apresentam disfunção erétil têm à disposição três linhas de tratamento, que ajudam a minimizar ou solucionar a situação e a resgatar a satisfação sexual.
No entanto, para que o tratamento seja eficaz, ele deve ser orientado por um urologista e personalizado para o paciente. O caso precisa de acompanhamento. Se a resposta não for efetiva, o profissional de saúde tem como para outras opções.
Tratamento medicamentoso para disfunção erétil
A ingestão de medicamentos costuma ser a primeira altenativa para tratar os casos de disfunção erétil, pricipalmente quando a condição ainda é leve.
Medicamentos como Sildenafila e Tadalafila, que estimulam a irrigação do pênis, preenchendo os corpos cavernosos e enrijecendo os tecidos, podem ajudar alguns homens.
Para aumentar as chances de sucesso dos remédios, o paciente deve tomar o medicamento, de peferência com o estômago vazio. Além disso, ele precisa de erotização – aqueles pensamentos sensuais e excitantes – para que o seu amigo fique em estado ereto.
Se o caso estiver evoluindo de leve para moderado, o médico pode tentar aumentar a dose ou substituir o princípio ativo do remédio.
Tratamento injetável para disfunção erétil
A injeção peniana é recomendada, na maioria das vezes, para casos de graus da disfunção erétil moderados.
O próprio homem deve aplicar a quantia determinada pelo médico de medicamentos como prostaglandina, fentolamina, papaverina e atropina, que também podem ser combinados para favorecer a resposta erétil. Com a estimulação sanguínea direto no local, associada à erotização, o pênis fica ereto em cerca de 15 minutos.
Esse tratamento enfrenta certa resistência por parte dos paciente. Primeiramente, é preciso tomar muito cuidado com o local e a frequência das aplicações para não lesionar os tecidos e evitar as fibroses. Além disso, algumas medicações precisam ficar refrigeradas, não sendo tão práticas para o transporte. E ainda, há um pouco de constrangimento ao realizar as aplicações com as(os) parceiras(os) por perto.
Tratamento cirúrgico para disfunção erétil
Nos casos mais graves de disfunção erétil, a circulação do pênis pode estar comprometida e/ou há fibroses prejudicando a ereção. Nessas situações, medicamentos orais e injeções geralmente não representam tratamentos tão eficazes.
A disfunção erétil severa pode ser tratada com um procedimento cirúgico que tem conseguido restaurar a capacidade penetrativa dos pacientes.
A cirurgia consiste na inserção de uma prótese peniana maleável ou inflável no interior do pênis. Dessa forma, na hora H, basta posicionar ou inflar o implante para obter uma boa rigidez, que será ideal para realizar a penetração.
Pênis comprometidos pela Doença de Peyronie e que apresentam disfunção erétil precisam passar, antes da colocação da prótese, pela chamada reconstrução peniana. Na mesma cirurgia, o cirurgião fará cortes baseados em princípios geométricos para expandir os tecidos e alinhar o membro, além de recuperar o tamanho e a espessura que as fibroses modificaram.
Independente dos graus da disfunção erétil, a sua vida sexual pode mudar para melhor ao buscar um tratamento adequado. Por isso, não deixe de entrar em contato e descobrir o que funciona para você.