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avanço da idade e dificuldade de ereção: entenda a relação

Avanço da idade e dificuldade de ereção – Saiba como cuidar

A dificuldade de ereção, com o avanço da idade, provoca alterações na vida sexual e traz problemas, como a incapacidade de atingir ou manter uma ereção. Leia!

De acordo com uma publicação do Ministério da Saúde, o avanço da idade e dificuldade de ereção estão intimamente ligados: apenas 1 em cada 50 homens, até 40 anos, apresenta disfunção erétil; enquanto 1 em cada 4, com 65 anos, apresenta o problema.

A publicação, que trata da saúde sexual e reprodutiva masculina, considera a disfunção uma desordem benigna, portanto, com muitas possibilidades de tratamento. Mas o texto adverte sobre as consequências da incapacidade de ereção no aspecto emocional, uma vez que essa condição “pode afetar a saúde física e psicológica e ter um impacto significativo sobre a qualidade de vida dos portadores e sua(s) parceria(s)”. 

As pesquisas sobre disfunção erétil descobriram que, de fato, avanço da idade e dificuldade de ereção andam juntos. Até porque, com a passagem do tempo, homens mais velhos são mais propensos a condições de saúde que afetam a ereção, por exemplo: diabetes, doenças cardíacas, pressão alta, colesterol elevado e obesidade.

Um dos estudos que mostrou a ligação entre disfunção erétil e envelhecimento foi realizado em uma comunidade de Boston.  Os dados, colhidos em 2007, apontaram que a dificuldade de ereção ocorre em 10% dos homens com 30-39 anos, aumentando para 59% dos homens com 70-79 anos.

Estudo anterior, de 1994, sobre envelhecimento masculino em Massachusetts, nos Estados Unidos, revelou que a disfunção erétil afetava 52% dos homens com idades entre 40-70 anos. 

Redução da testosterona e desejo sexual

A diminuição dos níveis de testosterona, quando reduz o desejo sexual, é outro fator que interage com a disfunção erétil. A testosterona é o hormônio que atua regulando o desejo sexual e mantendo os tecidos em boas condições funcionais.

A testosterona total no sangue varia de acordo com a idade. Estudos apontam que os níveis de testosterona na população de 50 a 70 anos são cerca de 50% mais baixos em comparação com os homens de 20 a 40 anos.  Exames de sangue, solicitados pelo médico, indicam a quantidade do hormônio no organismo. 

O avanço da idade e a dificuldade de ereção estão também relacionados aos medicamentos que um paciente esteja tomando. Medicamentos para redução da diabetes, pressão arterial, mal de Parkinson, arritmias e problemas cardíacos podem afetar negativamente a ereção. 

Quadros clínicos como depressão, ansiedade e estresse crônico também afetam a qualidade da ereção. Os sintomas de disfunção erétil podem ainda ser agravados em pessoas com tratamentos que exigem quimioterapia e remédios para redução da dor. 

Importante: se você suspeita ou não tem certeza sobre como os medicamentos que você toma contribuem para a disfunção erétil, consulte um médico. A redução de dosagens ou mudanças de medicamentos podem ser úteis.

Hábitos saudáveis, vida sexual saudável

Artigo publicado no The New York Times lembra que, décadas atrás, “mais de 90% dos casos de impotência eram atribuídos a inibições emocionais, como raiva ou problemas psicológicos originados na infância”

À medida que a medicina evoluiu, os diagnósticos melhoraram. Assim, o número de fatores físicos estabelecidos como causas da impotência aumentou rapidamente. Atualmente, a grande maioria dos casos – em homens com mais de 50 anos – são reconhecidos como tendo uma origem física. 

Uma pesquisa, realizada pela Universidade de Harvard, com 31 mil profissionais de saúde do sexo masculino, com idades entre 53-90 anos, reforça que a disfunção sexual é comum e aumenta rapidamente à medida que os homens envelhecem. 

Mas, lembra o estudo, escolhas simples de estilo de vida podem retardar o tique-taque do relógio para muitos homens. Para preservar a saúde sexual é válido seguir as mesmas recomendações para manter qualidade de vida, desfrutar de bem-estar e evitar doenças, de modo geral. 

O principal é: alimentação saudável, exercícios físicos regulares, controle do peso/açúcares, não fumar, limitar o álcool e bons hábitos de sono. Esses conselhos contribuem para prevenir a disfunção erétil.

avanço da idade e dificuldade de ereção

Com quantos anos o homem começa a perder potência?

Mas, afinal, em qual faixa de idade os problemas de ereção passam a ser uma disfunção que merece tratamento?  

É importante diferenciar que o leque de problemas na saúde sexual masculina engloba, basicamente, três fatores: a falta de interesse sexual, os bloqueios emocionais que restringem a atividade sexual e a capacidade de ereção, ou seja, o funcionamento do órgão sexual masculino. 

Problemas orgânicos e emocionais ligados à função sexual podem afetar a população masculina mais jovem, mas o que está comprovado, pelas pesquisas, é a associação de avanço da idade e dificuldade de ereção.

A pesquisa citada anteriormente, realizada pela Universidade de Harvard, descreve que “um terço dos homens relatou disfunção erétil moderada a grave”. Apenas 2% afirmaram que sua dificuldade começou antes dos 40 anos e somente 4% relataram que ela se desenvolveu entre 40-49 anos”. 

Depois dos 50 anos, de acordo com a pesquisa, “o número de homens com o problema aumentou abruptamente de 26% entre 50-59 anos, até 61% depois dos 70 anos”. A boa notícia é que, “embora a libido também diminuísse com a idade, o desejo sexual foi preservado substancialmente melhor do que a função erétil”.

Ausência de desejo também varia com a idade

A ausência de desejo ou pouca disposição para o sexo também tem sido alvo de investigações pela ciência. Uma revisão de estudos, publicada em 2020, concluiu que a falta de desejo sexual varia de acordo com a idade. 

Em homens com 60-69 anos, a ausência da libido alcança entre 12% a 51,6% dos entrevistados. O problema avança um pouco mais na população masculina que se encontra na faixa 70-75 anos: entre 20% e 65,9% são afetados. Para homens acima de 80 anos, a falta de desejo sobe para o patamar de 40% a 82,4%.

Uma ampla reportagem divulgada no jornal britânico The Guardian pergunta: “disfunção erétil ou ansiedade de desempenho”? Ao apresentar “a verdade por trás de um mal-estar moderno”, o texto afirma que 50% dos homens na casa dos 30 anos têm apresentado dificuldades em obter e manter uma ereção.  

Os dados são refutados por Nicole Prause, neurocientista especializada em comportamento sexual e entrevistada na matéria. Para ela, é preciso cuidado na análise dos dados, porque, “representativamente, não houve aumento na prevalência de disfunção erétil” em homens jovens.

Prause diz que a cultura das drogas para festas e o marketing de medicamentos, como o Sildenafila, levaram os homens a “patologizar” problemas ocasionais de ereção como algo mais sinistro. 

“Todo mundo tem problemas de ereção de vez em quando. Seria estranho se você não tivesse isso ”, diz ela. “Mas as empresas farmacêuticas dos anos 90 começaram a empurrar a ideia de que qualquer problema de ereção é inaceitável.” 

Outro especialista, também entrevistado na reportagem, indica que aumentou, sim, a ansiedade de desempenho dos rapazes. Não se trata de incapacidade de ereção, mas sim pressão para um bom desempenho sexual.

“Vejo um número crescente de homens com menos de 35 anos desenvolvendo ansiedade de desempenho. Pouco antes de o homem se encontrar na cama com sua parceira, a ansiedade aumenta. Quanto mais ele impõe uma exigência a si mesmo, e quanto mais essa exigência não é atendida, mais ele fica perturbado. É uma profecia que se auto realiza ”, afirma Raymond Francis, psicoterapeuta.

O especialista acrescenta que muitos homens consideram vergonhoso procurar ajuda profissional para a disfunção erétil. Em vez disso, usam medicamentos como uma solução. “Muitos jovens ansiosos vão a um encontro com Sildenafila no bolso, como uma apólice de seguro”, diz Francis.

Medicamentos como solução?

“O uso de medicamento oral para solucionar a Disfunção Erétil é um dos temas mais pedidos nas nossas redes sociais”, confirma o Dr. Paulo Egydio, urologista com mais de 20 anos no atendimento desses casos. A disfunção erétil é um assunto que envolve muitas dúvidas e possibilidades de tratamento e o assunto deve ser tratado abertamente, com a(o) parceira(o) e, sobretudo, com um médico especialista, recomenda.

Assim como o Dr. Paulo, outros médicos da área de saúde sexual reconhecem que o maior desafio é quebrar a cultura masculina-machista. Humilhação, vergonha, isolamento, ou negação, são sentimentos e atitudes que aumentam ainda mais o sofrimento masculino.

Não conseguir uma ereção é um transtorno para a identidade masculina. Mas é uma questão de saúde e deve ser tratado abertamente com especialistas, sem nenhum sentimento de vergonha.

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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