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Imagem de homem mais velho em um campo. A foto é de perfil, o homem é calvo e já apresenta uma idade mais avançada

Descubra o que é a hiperplasia prostática benigna e como ela pode afetar sua saúde sexual

O nome pode até assustar, mas a hiperplasia prostática benigna não é um câncer, muito menos precursor da doença. No entanto, ainda é um problema de saúde que exige acompanhamento e cuidados em alguns casos. 

A hiperplasia prostática benigna acomete principalmente homens que estão envelhecendo. A maior parte dos pacientes (cerca de 70%) têm entre 70 e 80 anos, mas homens mais jovens, como aqueles que estão na faixa dos 40 a 49, representam 25% do total de incidência da doença. 

Ter um urologista de confiança é a melhor forma de verificar se esse problema está afetando a sua saúde, já que as causas independem do seu estilo de vida e os sintomas nem sempre são visíveis. 

O que é hiperplasia prostática benigna?

Esse nome difícil quer dizer aumento do tamanho da próstata que, geralmente, não causa mal ao homem. 

A próstata é uma glândula que produz uma secreção que integra o sêmen. Ela cresce por toda a vida, e seu tamanho varia de homem para homem. O crescimento se acelera conforme o homem envelhece.

Geralmente do tamanho de uma noz, com cerca de 4 cm de comprimento e 2 cm de largura, com peso entre 20 e 30 gramas, a próstata pode aumentar e atingir o tamanho de uma bola de tênis, que tem 6,54 e 6,86 cm de diâmetro e pesar duas vezes mais. 

O crescimento da glândula tem o potencial de pressionar a uretra, diminuindo o diâmetro desse tubo que leva a urina ao meio externo. Em alguns casos, a compressão pode impedir a passagem da urina e comprometer o sistema urinário.

Vale esclarecer que, apesar de também se tratar do crescimento da glândula, a hiperplasia prostática benigna se difere do câncer de próstata porque não forma um tumor e não há risco de metástase. 

O que causa hiperplasia benigna da próstata?

Essa condição médica consiste no aumento do número de células da próstata. Não está esclarecido o porquê isso acontece, mas tudo indica que tem a ver com a ação dos hormônios testosterona e dihidrotestosterona (DHT). 

Especialmente após os 50 anos, a produção dessas substâncias tende a decair, causando essa consequência. Não à toa, a hiperplasia prostática afeta cerca de 50% dos homens nessa faixa etária e até 80% dos pacientes com mais de 90 anos podem apresentar o aumento benigno da glândula, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Fatores genéticos e histórico familiar também podem influenciar no surgimento dessa condição. 

Quais os sintomas comuns de aumento de próstata?

Se o homem não fizer o exame de próstata regularmente e obtiver um diagnóstico precoce, a condição só começa a dar sinais quando a glândula aumentada passa a alterar o fluxo de urina. 

Quando a próstata comprime a uretra, o paciente pode ter dificuldade para iniciar a micção e, quando acaba, ele tem a sensação que não urinou o suficiente, o que de fato ocorre, já que a bexiga não se esvazia completamente. Assim, ele começa a ir mais vezes ao banheiro, inclusive durante a noite.

A necessidade de se aliviar vai se tornando cada vez mais urgente e repentina. Quanto mais a próstata cresce, o volume e a força do jato diminuem consideravelmente e a urina pode ficar gotejando ao final.

Em alguns casos, os sintomas da hiperplasia prostática benigna podem se estender para o trato urinário, causando infecções urinárias (na uretra, na bexiga, nos rins ou em todos esses órgãos) e alterações na parede muscular da bexiga – que leva à incontinência urinária.

Hiperplasia prostática benigna tem cura?

Embora não seja perigosa, a hiperplasia pode atrapalhar a vida dos homens que estão com o fluxo urinário muito alterado. Nessas situações, o urologista pode recomendar um tratamento.

Os medicamentos são a primeira opção para tratar a doença. Existem algumas classes de medicamentos, como bloqueadores alfa-adrenérgicos, inibidores da 5-alfa-reductase e antimuscarínicos, que ajudam a reduzir a dimensão da próstata.

Curiosamente, a Tadalafila, mesmo medicamento usado para a disfunção erétil, pode ser receitada.

O inconveniente do tratamento medicamentoso são os efeitos colaterais. As opções acima podem causar dores de cabeça, fadiga, tontura, diminuição da libido, disfunção erétil, boca seca, congestão nasal, entre outros. Por isso, só devem ser usados com acompanhamento médico de perto.

A cirurgia é a segunda linha de tratamento possível para o caso. No procedimento, é utilizado um equipamento ou um laser para abrir espaço em torno da uretra, facilitando a passagem da urina. 

Apesar de não envolver incisões, o tratamento cirúrgico pode levar a complicações como infecção, hemorragia, incontinência urinária e disfunção erétil permanente. Além disso, a próstata pode voltar a crescer, e uma nova cirurgia se fará necessária.

Nos casos em que o homem apresenta obstrução urinária e/ou infecções, antes mesmo da cirurgia para a hiperplasia, ele pode precisar de outros tratamentos, como o uso de antibióticos e drenagem da bexiga.

Como evitar a  hiperplasia prostática benigna?

Não é possível evitar a doença, mas é totalmente possível receber um diagnóstico precoce e realizar o acompanhamento, a fim de evitar um tratamento cirúrgico. 

A partir dos 50 anos, o homem deve consultar o urologista ao menos uma vez por ano. 

Além de verificar como anda a sua saúde sexual, o médico realiza o exame de toque retal, para avaliar o tamanho da próstata, que também permite diagnosticar o câncer de próstata precocemente. 

Outros exames também podem ser solicitados, como o PSA, que avalia a existência de tumores, o de urina, que mostra se há infecções ou sangue na amostra, e a ultrassonografia, para conferir se a forma e densidade da glândula estão normais. 

Cuidar da saúde em todas as idade é um hábito que deve começar cedo. Assim, você pode se prevenir contra os problemas de saúde que diminuem a qualidade de vida na maturidade.

E não estamos falando só da hiperplasia prostática benigna: disfunção erétil, Doença de Peyronie, diversos tipos de cânceres e muito mais podem ser descobertos com a ajuda do seu urologista. Por isso, tire as suas dúvidas e fale conosco clicando no botão abaixo.

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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