Fluoxetina no tratamento da ejaculação precoce: entendendo o papel do medicamento

À primeira vista, fluoxetina e ejaculação precoce não parecem estar relacionados. Porém, o medicamento lembrado por tratar distúrbios psicológicos tem emergido como uma opção promissora no combate a esse mal que afeta os homens.

Inicialmente desenvolvida para o tratamento da depressão, a fluoxetina tem demonstrado eficácia no controle da ejaculação precoce em alguns casos. Essa é uma nova possibilidade para quem está com dificuldades na hora H.

Para entender como a fluoxetina e ejaculação precoce atuam, continua e leitura sobre os benefícios e potenciais efeitos colaterais dessa colaboração — que não é uma cura definitiva para a ejaculação precoce e não deve ser utilizada sem supervisão médica.

O que é ejaculação precoce?

Assim como a Doença de Peyronie e a disfunção erétil, a ejaculação precoce também é categorizada por ser uma disfunção sexual.

Ela é caracterizada pela incapacidade do homem de controlar a ejaculação – e consequentemente o orgasmo – durante a relação sexual. Muitas vezes, o clímax ocorre antes do desejado ou antes da(o) parceira(o), e isso costuma ser frustrante, afetando a qualidade de vida sexual.

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Geralmente, ansiedade, estresse, problemas no relacionamento e expectativas sobre o desempenho sexual podem levar o homem a ejacular antes da hora.

Porém, alguns fatores físicos também impactam na condição, como desequilíbrios da testosterona, doenças neurológicas, hipersensibilidade no pênis e inflamação na próstata ou uretra. E ainda, problemas crônicos, como diabetes, hipertireoidismo e doenças cardiovasculares, podem levar à incapacidade de controlar a hora da ejaculação.

Como funciona a fluoxetina?

A fluoxetina é um conhecido medicamento da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Na época em que foi lançado, na década de 80, recebeu o apelido de “pílula da felicidade”.

A atuação do medicamento se dá com o aumento dos níveis de serotonina no cérebro. Esse neurotransmissor é responsável pelo humor, regular o sono, o apetite e a energia.

Benefícios e possíveis efeitos colaterais

O medicamento é muito utilizado para tratar quadros de depressão, aliviando os sintomas.

Ele também pode ser usado para tratar transtornos de ansiedade, controle de sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e prevenção de episódios recorrentes de bulimia nervosa.

Apesar dos benefícios para as doenças que afetam a saúde mental, a fluoxetina está associada a efeitos colaterais pouco agradáveis e que podem atingir alguns pacientes, que incluem: náuseas, insônia, perda de apetite, ansiedade, agitação, sonolência, tontura, diminuição da libido e disfunção erétil.

Importância do tratamento com fluoxetina com acompanhamento médico

Qualquer tratamento com fluoxetina precisa ser supervisionado por um médico.

O profissional da saúde determinará a dosagem adequada para aquele paciente específico e monitorar possíveis efeitos colaterais. Ele também pode ajustar o tratamento se for preciso.

O médico também vai podem avaliar com regularidade se o tratamento está sendo eficaz para a condição. Caso contrário, ele pode recorrer a outros remédios.

Além disso, a supervisão médica vai identificar os efeitos indesejados e prevenir que eles se intensifiquem. Isso é muito importante para a segurança e o bem-estar do paciente, além da manutenção do tratamento.

Vale lembrar que a fluoxetina é um medicamento de uso controlado. Portanto, requer uma receita médica em duas vias, limitada a 60 dias de tratamento.

Fluoxetina e ejaculação precoce

Depois de compreender a atuação da fluoxetina e as causas da ejaculação precoce, fica mais fácil entender sobre a relação entre eles.

Ao associar fluoxetina e ejaculação precoce, é possível aumentar os níveis de serotonina — que também têm ação no controle da ejaculação — e retardar o reflexo ejaculatório. Dessa forma, o tempo necessário para a ejaculação será mais longo e a hora H dura mais.

A utilização da fluoxetina para o tratamento para ejaculação precoce, entretanto, é considerado off-label. Ou seja, o medicamento não foi aprovado para essa indicação, logo, essa disfunção sexual não consta na bula. Porém, isso não quer dizer que o medicamento não pode ser usado para esse fim, e de forma segura (desde que acompanhado de um médico).

Quais são as outras opções de tratamento para a ejaculação precoce

A associação de fluoxetina e ejaculação precoce não é a única forma de tratar a condição. Muito menos a mais popular.

É preciso que o homem que sofre com a ejaculação precoce realize alguns exames e avaliações para detectar o que está causando o problema.

Se houver uma questão física envolvida, é recomendado tratá-la. Por exemplo, no caso da queda da testosterona, uma reposição hormonal pode ser suficiente para auxiliar. O controle das doenças crônicas também é fundamental.

Porém, como o fator psicológico é muito importante para que o homem tenha uma boa relação sexual, as abordagens terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental ou aconselhamento psicológico, além de alternativas como acupuntura, ioga e meditação, podem ajudar.

O tratamento também pode ser localizado. Para isso, existem exercícios de controle da ejaculação e anestésicos tópicos que reduzem temporariamente a sensibilidade do pênis.

Fluoxetina e ejaculação precoce não costuma ser a primeira linha de tratamento adotada, uma vez que essa disfunção sexual pode ser solucionada de outras maneiras, com boas taxas de satisfação para o paciente. Porém, caso você não tenha experimentados bons momentos com outras opções de tratamento, converse com o seu médico sobre essa alternativa.

Como você viu, o uso de fluoxetina e ejaculação precoce não é a única disfunção sexual que acomete os homens. Se você identificar curvatura no pênis ou se estiver com dificuldade para ter/manter uma ereção, entre em contato conosco. Todos os aspectos da sua vida sexual são importantes, e podemos te ajudar a recuperar a qualidade que você tanto deseja.