A disfunção ejaculatória atrapalha a liberação de sêmen durante a ereção e pode comprometer as funções fisiológica e sexual do pênis. Confira o que é o distúrbio e como tratar a condição.
A Anejaculação é uma condição considerada rara nos casos urológicos (aproximadamente 12.000 casos por ano) e pode ser causada pelo mau funcionamento metabólico (natureza orgânica) ou por questões psicológicas, como veremos melhor ao longo deste texto.
A anejaculação é um tipo de distúrbio ejaculatório em que não há liberação de semên durante o orgasmo. A sensação de prazer não é anulada pela condição, mas outros problemas podem ser apontados, como a infertilidade, inflamações, desconfortos no membro e até infecções.
A ausência de líquido seminal no momento de clímax, durante a masturbação ou acompanhado, deve ser um sinal de alerta para outros diagnósticos, como você entenderá melhor agora.
O que é a anejaculação?
A anejaculação compromete a capacidade de liberação de sêmen durante o orgasmo. Isso pode significar uma completa incapacidade ejacular. Porém, condição pode se apresentar apenas em situações específicas, não necessariamente apenas durante o sexo. Por isso, há diferentes classificações para o diagnóstico.
Mesmo que o ápice sexual não seja concretizado com a liberação de esperma, a sensação de prazer do orgasmo não costuma sofrer interferência.
O problema mais notável provocado pela anejaculação é a infertilidade, afinal, sem espermatozoides não há processo de fecundação. Porém, muitas vezes a incapacidade de ejacular sinaliza um sintoma para outros diagnósticos sexuais que podem ser mais sérios e que merecem atenção, como disfunção erétil, questões emocionais, queda hormonal e doenças congênitas raras.
Quais os tipos de anejaculação?
Segundo a literatura médica mais atualizada, a disfunção ejaculatória é classificada em duas categorias e entre dois tipos de manifestação clínica.
Incapacidade primária
Neste caso, considerado incomum, o homem nunca experienciou a ejaculação durante o sexo ou durante a masturbação.
Incapacidade secundária
Já a incapacidade secundária, condição mais comum entre os homens, é quando a ejaculação ocorria normalmente até determinado momento em que ela passa a não acontecer. Neste caso, o distúrbio está atrelado a algum outro diagnóstico.
Tipos de anejaculação

Situacional
A anejaculação situacional é caracterizada pela incapacidade de ejacular em determinadas situações, sem ser um efeito contínuo. Ou seja, o homem pode conseguir ejacular enquanto se satisfaz sozinho mas não quando está acompanhado em uma relação sexual.
Generalizada
Independente da situação, a capacidade ejaculatória está completamente comprometida e o homem não consegue liberar o sêmen.
O que causa o distúrbio?
Quando o homem não ejacula, podem ser diferentes fatores que causam essa condição. Nem sempre os casos são orgânicos. Entre os 12.000 casos anuais, ao menos 1,5% costuma estar associado a questões emocionais como depressão, stress e ansiedade.
A falta de ejaculação pode ser causada pela anorsgamia, que é a incapacidade de atingir orgasmos. Neste caso, a anejaculação é uma consequência do distúrbio orgásmico. Como explicado acima, há casos em que o homem consegue sentir o orgasmo mas não ejacula; o contrário não é possível.
A retirada da glândula prostática para o tratamento do câncer de próstata, durante o procedimento chamado de prostatectomia radical, provoca a ausência de ejaculação e, em alguns casos, ela é acompanhada de disfunção erétil devido a lesão dos nervos eréteis.
Fatores emocionais

É importante enfatizar que tanto a excitação, quanto a ereção e por fim o orgasmo, são produzidos por estímulos mentais. Não é apenas uma resposta fisiológica e qualquer alteração drástica no quesito saúde mental pode interferir na qualidade de alguma das etapas.
Situações que alteram intensamente as reações psicológicas como:
- stress no trabalho;
- dificuldades no relacionamento;
- problemas financeiros;
- depressão;
- ansiedade.
Podem interferir nas transmissões nervosas que produzem a ejaculação. Os efeitos sintomáticos são uma resposta de alerta do corpo de que algo não está funcionando bem. Portanto, procurar um especialista é fundamental desde o começo.
Além das sensações emocionais, alguns medicamentos antidepressivos produzem efeitos colaterais relacionados a disfunções sexuais, desde diminuição da libido até a impotência sexual.
Alguns princípios ativos como a imipramina, interferem nas sensações de excitação e consequentemente na ereção e no alcance do orgasmo, interferindo na liberação seminal no momento que seria de ápice de prazer.
Anejaculação psicogênica
Quando o problema para ejacular não apresenta comprovação clínica, é sinal de que estamos diante de um diagnóstico de anejaculação psicogênica. Este é o nome dado quando as causas do problema são emocionais e/ou de comportamento.
Fatores fisiológicos
São causadores do diagnóstico orgânico da anejaculação. Ou seja, quando o distúrbio é provocado por fatores de natureza clínica, como doenças corporais e anormalidades do metabolismo: diabetes, problemas cardíacos, infartos, doenças congênitas raras, entre outros.
Há ainda outras respostas naturais do corpo durante o processo de envelhecimento que podem levar a disfunção ejaculatória, bem como a própria disfunção erétil; a principal delas é a diminuição de hormônios sexuais, em especial a partir da fase dos 50 anos nos homens.
Doenças neurológicas como esclerose múltipla ou neuropatias também podem se manifestar a partir de anormalidades fisiológicas e sexuais. Como a própria anejaculação mas também alterações na curvatura peniana, podem ser recebidas como sintomas iniciais de doenças mais graves relacionadas às funções nervosas e musculares do corpo.
Como tratar a anejaculação?
Conforme vimos até aqui, a incapacidade de ejacular pode ser provocada por diferentes fatores e se manifestar em diferentes tipos. Então, como esse distúrbio pode ser tratado para que os homens possam ejacular normalmente?
Existe tratamento para o problema com ejaculação e eles podem apresentar respostas eficazes, independente do tipo ou classificação.
Eletroejaculação
Para homens que pretendem corrigir a questão da infertilidade, a eletroejaculação é a principal técnica recomendada. A partir desse método, pacientes que apresentam incapacidade ejaculatória recebem estímulos elétricos diretamente nas vesículas seminais e os espermatozóides recolhidos são levados para a fecundação.
Remédios para anejaculação
Há tratamento via comprimidos orais, com compostos ativos específicos para estimular a produção e liberação seminal.
Somente um médico especialista poderá indicar a melhor opção para o seu caso, ainda mais se a incapacidade ejaculatória vier acompanhada de outras disfunções que também podem ser tratadas com medicamentos.
Terapias
Se após a avaliação do especialista o diagnóstico identificar causa psicológica para a doença, o mais indicado é seguir com terapias cognitivas e até mesmo sexuais.
Caso o paciente tenha algum efeito colateral por tomar antidepressivos, psiquiatra e psicólogo devem estar alinhados junto do urologista para estabelecer alternativas eficazes que não prejudiquem a vida sexual. A longo prazo, junto da terapia, pode ser que os remédios possam ser cortados e a normalidade seja retomada aos poucos.
Independente da causa do transtorno com a ejaculação, sinta-se confiante para buscar ajuda médica e tratamento adequado. O caso é raro, mas conta com tratamentos de qualidade para que você recupere a autoestima sexual e se sinta saudável em todos os aspectos.