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Pode parecer confuso, mas sim: quando o homem é estéril ele ejacula em muitos casos. Ou seja, ele pode produzir o sêmen, mas os espermatozoides não estão presentes ou têm baixa qualidade. Entenda!
É possível que um homem ejacule normalmente mesmo sem produzir espermatozoides viáveis? A resposta é sim. Isso porque o processo de ejaculação não depende exclusivamente da presença de espermatozoides no sêmen.
A ejaculação é um mecanismo fisiológico que ocorre a partir da ação das vesículas seminais e da próstata, que produzem o líquido seminal. Esse líquido compõe a maior parte do sêmen e é expelido durante o orgasmo, independentemente da quantidade ou da qualidade dos espermatozoides. Ou seja, mesmo quando os testículos não estão produzindo espermatozoides ou quando há ausência deles no sêmen, o homem pode ejacular normalmente.
Quer entender mais por que quando o homem é estéril ele ejacula? Então continue a leitura a seguir!

Qual a diferença entre o homem estéril e o infértil?
A esterilidade e a infertilidade masculina são condições distintas, e é fundamental compreendê-las para evitar confusões.
Tanto o homem estéril quanto o infértil apresentam algum grau de dificuldade reprodutiva.
O homem estéril é aquele que ejacula, mas não tem capacidade de produzir espermatozoides viáveis. Isso pode ocorrer devido à ausência congênita dos testículos, danos graves ao tecido testicular ou obstruções nos canais que transportam os espermatozoides — como acontece em quem realizou uma vasectomia.
Nesses casos, as chances de gerar filhos biologicamente, mesmo com intervenções médicas, são extremamente baixas ou inexistentes.
Já o homem infértil ejacula, mas possui dificuldades para engravidar a parceira, mesmo produzindo espermatozoides. Essa condição pode estar relacionada a fatores como baixa contagem de espermatozoides, motilidade reduzida, alterações morfológicas, desequilíbrios hormonais, varicocele ou infecções.
Com o tratamento adequado, alguns casos de infertilidade podem apresentar melhora, aumentando as chances de concepção.
Homens estéreis ejaculam?
Sim, homens estéreis ejaculam normalmente — mas o sêmen não contém espermatozoides, condição conhecida como azoospermia.
A esterilidade não está relacionada à capacidade de produzir sêmen ou ao ato da ejaculação, mas sim à ausência de espermatozoides viáveis no sêmen. Homens estéreis mantêm as demais funções sexuais, como o desejo, o orgasmo e a ereção sem dificuldades.
Infertilidade x disfunção sexual
A infertilidade não é considerada uma disfunção sexual. Mesmo sendo infértil, o homem pode apresentar função sexual normal.
As disfunções sexuais ocorrem quando há alterações persistentes que afetam o desejo, a excitação, a ereção, a ejaculação ou o orgasmo. Entre os exemplos mais comuns estão a disfunção erétil, a ejaculação precoce e a baixa libido.
Embora essas condições não sejam causas diretas de infertilidade, podem dificultar a relação sexual e, assim, reduzir as chances de concepção.
Além disso, algumas comorbidades associadas às disfunções sexuais — como alterações hormonais, diabetes, obesidade e problemas vasculares — também podem comprometer a produção e a qualidade dos espermatozoides.

Diagnóstico e tratamento da infertilidade masculina
O diagnóstico da infertilidade masculina pode ser um momento sensível.
Essa jornada tem início com uma avaliação clínica detalhada, que inclui o histórico médico, exame físico e o espermograma — exame essencial para avaliar a quantidade e a qualidade dos espermatozoides. Havendo alterações, exames complementares podem ser solicitados.
O tratamento depende da causa identificada e das expectativas do paciente.
Quando há desequilíbrios hormonais, medicamentos podem ser prescritos para regular os níveis hormonais. Em casos de varicocele, o tratamento adequado é fundamental.
Já em situações de obstruções nos canais reprodutivos, pode ser indicada uma cirurgia reparadora ou a coleta direta de espermatozoides nos testículos para uso em técnicas de reprodução assistida.
Além disso, mudanças no estilo de vida, como cessar o tabagismo, reduzir o consumo de álcool e manter um peso saudável, também podem contribuir para melhorar a qualidade do sêmen.
Exames solicitados
Após a avaliação inicial e o resultado do espermograma, é preciso recorrer a exames de fertilidade, que conferem tanto a produção espermática quanto fatores hormonais, anatômicos e genéticos que possam estar comprometendo a fertilidade. São eles:
- Dosagens hormonais: avaliam os níveis de testosterona, FSH, LH e prolactina — hormônios que regulam a função testicula;
- Ultrassonografia: detecta alterações como varicocele, cistos, tumores testiculares ou obstruções nos ductos seminais;
- Biópsia testicular: avalia a produção de espermatozoides nos testículos;
- Teste de fragmentação do DNA espermático: analisa a integridade genética dos espermatozoides.
Opções de tratamento
O tratamento da infertilidade masculina varia de acordo com a causa identificada.
Quando a infertilidade está associada a uma condição subjacente, o primeiro passo é tratar essa condição adequadamente. Além disso, mudanças no estilo de vida, como alimentação e hábitos saudáveis, podem auxiliar no processo de cuidado com a fertilidade.
No entanto, se o quadro persistir, o paciente pode recorrer às técnicas de reprodução assistida, que podem ampliar as possibilidades de alcançar a paternidade. As mais utilizadas são:
- Inseminação intrauterina (IIU): indicada em casos leves de alteração seminal;
- Fertilização in vitro (FIV) com ICSI: usada em casos graves de infertilidade, com injeção direta do espermatozoide no óvulo;
- Punção ou biópsia testicular: para coleta de espermatozoides diretamente dos testículos em casos de azoospermia.
É possível ter uma vida sexual plena mesmo sendo estéril
Mesmo sem a capacidade de gerar filhos, o homem estéril sente prazer, desejo, excitação e mantém ereções normalmente. A vida sexual não é afetada, e muitos homens vivem relações íntimas ativas, saudáveis e satisfatórias.
É natural que o diagnóstico impacte os planos de vida, mas ser infértil não é um obstáculo definitivo. Com acompanhamento médico, apoio emocional e os avanços da medicina, é possível realizar o sonho de formar uma família.
Lembre-se: fertilidade não define masculinidade — nem o valor de uma vida sexual plena.
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