Fratura no pênis, curvatura causada pela doença de Peyronie e disfunção erétil são fatores que podem exigir implante de prótese peniana. O avanço da ciência e da medicina ajudam os homens a vencer estes problemas.
“O sexo nunca morre”.
A frase, que muita gente concorda, foi disparada por um homem de 77 anos ao ser entrevistado para uma reportagem publicada no jornal New York Times. O objetivo era mostrar os tratamentos que os homens buscam para enfrentar doenças ligadas à disfunção erétil, como é o caso da prótese para disfunção erétil.
A atenção para a saúde masculina, especificamente sobre o pênis, começa a ganhar importância cada vez mais. A busca crescente por qualidade de vida, sobretudo, na faixa etária mais avançada, pode explicar o olhar cada vez mais atento para as doenças que afetam a sexualidade. Muitos homens e mulheres, acima dos 60 anos, vão permanecer sexualmente ativos, se tiverem saúde e oportunidades.
Nos Estados Unidos, a Pesquisa Nacional de Saúde e Comportamento Sexual, mostrou que quase 40% dos homens na casa dos 60 anos e mais de 28% dos homens com mais de 70 anos tiveram relações sexuais no mês anterior.
Como se vê, a sexualidade não pode ficar descuidada, afinal, “o sexo contém tudo: corpos, almas, sentidos, provas, purezas, delicadezas, resultados, avisos, ordens, saúde”, escreveu o poeta Walt Whitman sobre a força da sexualidade.
Por outro lado, pesquisas apontam que entre 50% a 60% dos homens vão apresentar disfunções ou enfermidades que afetam o comportamento sexual. No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que 15 milhões de brasileiros apresentam problemas relacionados à prática sexual.
Algumas doenças, como Peyronie, são associadas à disfunção erétil, um dos obstáculos enfrentados pelo sexo masculino.
Muitas vezes, a opção para o tratamento é a prótese para a disfunção erétil. Após consulta ao urologista, se o diagnóstico de disfunção erétil se confirmar e o tratamento for o implante, o paciente precisa tomar alguns cuidados.
Veja o que é importante conhecer antes de fazer um implante peniano.
1) Prótese peniana para fratura
Quando a fratura no pênis for grave, causando perda de tamanho, afinamento do pênis e/ou dificuldade para ter e manter uma ereção, pode ser indicado o tratamento cirúrgico.
Um dos tratamentos conhecidos, inclusive é citado nas diretrizes da Doença de Peyronie na Associação Americana de Urologia, é a aplicação dos princípios geométricos (conhecidos como Técnica Egydio), que visa agregar precisão aos procedimentos cirúrgicos já amplamente praticados no Brasil e no exterior. O objetivo é fazer a reconstrução do pênis antes do implante, Bons resultados foram observados.
2) Se o pênis dobrar, muita atenção!
Anatomicamente, quando há uma desproporção entre tamanho e calibre, como por exemplo, um pênis mais longo e afinado apresenta a tendência a dobrar, mesmo que a qualidade da ereção seja satisfatória.
Se o pênis dobrar durante o ato sexual, vale a pena discutir o caso com um urologista especializado para entender se há fibroses características da Doença de Peyronie e se pode evoluir para disfunção erétil.
3) A prótese para disfunção erétil pode ser preventiva?
Quando o paciente tem Doença de Peyronie Severa, ou seja, além da deformidade, possui um quadro de disfunção erétil associado, a prótese peniana pode ser preventiva sim. O implante peniano, seja ele maleável ou inflável, pode evitar o surgimento de novas fibroses. Saiba tudo sobre a Doença de Peyronie.
Por isso, consulte o seu especialista e analise as possibilidades de tratamento, os tipos de prótese peniana, riscos e os benefícios envolvidos na cirurgia.
4) Prótese para disfunção erétil tem validade?
Enquanto a prótese estiver oferecendo rigidez vertical, não há necessidade de troca. Caso haja alguma perda de rigidez vertical durante esse período, pode haver a necessidade de troca.
Existem fabricantes de prótese peniana que dão garantia* por prazo determinado, outros garantia vitalícia, ou seja, em caso de necessidade de troca, a empresa repõe o implante. Os custos referentes à hospital e equipe médica é encarregado aos planos de saúde e/ou ao paciente.
Em caso de necessidade de troca da prótese, por defeito de fabricação, os custos referente à hospital e equipe médica são arcados pelo próprio paciente ou pelo plano de saúde, parcial ou total, a depender do tipo de plano e ou se a equipe médica for credenciada ao convênio de saúde.
*A garantia da prótese varia, de acordo com modelo e empresa. Consulte as condições do modelo desejado com o especialista caso tenha mais dúvidas.
5) Quais os benefícios da prótese para disfunção erétil?
Para quem está interessado e disposto a recuperar a função penetrativa, os implantes penianos são, em geral, eficazes.
Segundo estudo publicado Sexual Medicine, os índice de satisfação pós implante de prótese peniana é de 4.4 de 5 para prótese peniana maleável e 4.3 de 5 para prótese peniana inflável.
“[…] parece não haver diferença na satisfação entre os pacientes que receberam o Implante de Prótese Peniana Maleável e os que receberam o Implante de Prótese Peniana Inflável.” conclui o estudo.
A maioria das cirurgias proporcionam retornos positivos para o paciente. De acordo com o estudo publicado no Advances in Urology, quando bem indicada, a cirurgia atinge taxas de satisfação podem chegar aos 98%. Para efeito de comparação, a taxa da Sildenafila chega aos 70% nos casos graves de disfunção erétil.
6) Quem é um candidato a implantes penianos?
Homens com disfunção erétil refratária (DE) causada por um problema médico específico costumam ser os candidatos para esse tipo de procedimento.
De acordo com a revista Medical New Today, na maioria dos casos, os médicos tentam primeiro tratamentos mais simples e menos invasivos. Se esses tratamentos não forem bem-sucedidos, os homens com disfunção erétil podem considerar a cirurgia de implante peniano.
7) A cirurgia de implante peniano é dolorosa?
A dor que acompanha o paciente durante o pós operatório costuma ser controlada com medicamentos analgésicos e curativos.
O esperado é que após um curto período os sintomas desapareçam. Porém, a resposta pós-operatória varia de paciente para paciente.
Saiba como é o pós-operatório da cirurgia de implante peniano.
8)Quantos dias após o implanta peniano é possível voltar a fazer sexo?
O seu médico informará o momento em que você vai estar plenamente apto para a atividade sexual. Há uma série de fatores e cada caso é um caso. Em geral, estima-se que após 45 a 60 dias o paciente estará pronto para retomar a vida sexual.
9) O implante muda as sensações ou a aparência do pênis?
O implante é interno. A sensibilidade do pênis precisa ser avaliada sob erotização, como antes do implante. E, segundo estudos, não há mudanças significativas na sensibilidade.
Descubra como é viver com um implante peniano.
10) Vou precisar de medicamentos para o ato sexual após o implante?
Para dar a rigidez necessária para penetração, não há necessidade de nenhum medicamento adicional. Caso, após erotização, o enchimento residual não for o desejado, pode-se acrescentar medicamentos orais ou intra-uretrais para uma otimização.
Extra: O implante peniano vai aumentar o pênis?
O implante de prótese peniana não é para aumento do pênis, e sim, oferecer complemento de rigidez vertical para uma boa capacidade penetrativa.
Caso o paciente presencie redução do tamanho do pênis, é possível tratar os tecidos penianos para expansão e otimização do volume do cilindro peniano e permitir o implante da prótese peniana de maior capacidade em tamanho e calibre.
Essa abordagem faz parte das reconhecidas manobras adjuvantes que podem ser empregadas concomitante ao implante da prótese peniana.
Portanto, somente um médico experiente e especializado poderá orientá-lo e esclarecer todas as suas dúvidas.
Compartilhar com o urologista as suas questões sobre impotência sexual ou disfunção erétil é fundamental para receber o tratamento adequado e, ainda, retomar a saúde sexual.
A estratégia cirúrgica publicada pelo Dr. Paulo Egydio, conhecida como Egydio’s Technique, faz parte das diretrizes da Associação Americana de Urologia (AUA), Associação Canadense de Urologia (CUA) e Associação Européia de Urologia (EAU).
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