O público masculino não dá a devida atenção para a saúde. Segundo dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, a proporção de homens que buscou um médico naquele ano é inferior à de mulheres (69,4% versus 82,3%).
A Sociedade Brasileira de Urologia também enxerga essa tendência, inclusive nos adolescentes. Apenas 1% dos jovens entre 12 e 18 passaram por uma avaliação médica, enquanto que, entre as meninas, 30% já foram a uma consulta médica.
Uma infecção no pênis, por exemplo, pode fazer com que o homem vá ao urologista, aflito com o que pode acontecer com o melhor amigo.
Embora buscar um médico rapidamente seja a melhor conduta a ser adotada, o ideal é se prevenir, uma vez que as doenças que vamos mostrar aqui são totalmente evitáveis.
Vamos lá?
O que causa inflamação no pênis do homem?
Se o seu pênis está inflamado, pode ser um caso de balanite, postite ou balanopostite. Essa doença pode estar associada a uma infecção e surge principalmente nos homens portadores de fimose.
A balanite é a inflamação da mucosa que faz o revestimento da glande. Ela pode inflamar, ainda, o prepúcio, e, nesse caso, recebe o nome de postite. Se o problema atinge a glande e o prepúcio ao mesmo tempo, chamamos a enfermidade de balanopostite.
A principal causa dessa infecção no pênis é a falta de higiene regular da região. Quando o homem não retrai o prepúcio para fazer a lavagem adequada durante o banho, há o acúmulo de células mortas e óleos, que formam uma secreção branca batizada de esmegma. Essa secreção pode conter micro-organismos como fungos, vírus e bactérias, que vão inflamar o membro.
Diabetes, obesidade, imunidade baixa e algumas medicações são fatores de risco para a doença. A inflamação também pode ter como causa a sensibilidade a produtos como sabonetes, espermicidas e até mesmo tecidos. Se o homem apresentar alguma infecção sexualmente transmissível (IST), como a candidíase, ela também pode favorecer as variações da enfermidade.
Ao desenvolver a doença, há inchaço na pele que recobre a glande, que também pode ficar dolorida, com dificuldade para expor a cabeça do pênis e estreitamento do prepúcio. Os sintomas favorecem o surgimento de outras doenças, como infecções mais graves na região e infecções urinárias.
Como curar infecção peniana?
O tratamento das infecções no pênis é feito com medicamentos orais e tópicos contendo corticóides, antibióticos ou antifúngicos, dependendo do agente causador da infecção. Além disso, é indicado que a(o) parceira(o) também realize o tratamento a fim de prevenir a reinfecção.
Se a infecção peniana tiver como causa o contato com produtos que causam alergia e irritação, a suspensão do uso é necessária e o médico pode receitar um antialérgico.
Em casos mais graves, em que a exposição da glande fica comprometida e impede a higienização, a cirurgia da fimose é a melhor solução.
Verruga no pênis é doença?
Se você começou a notar o surgimento de verrugas no seu membro, é preciso atenção. Esse é o principal sintoma do HVP (Papilomavírus Humano), uma IST que também causa sangramentos, coceira e ardência no pênis.
Geralmente as verrugas têm características específicas. Elas se alojam na glande, mas também podem ser encontradas ao longo do falo, no escroto e no ânus. A aparência lembra uma couve flor áspera, mas há verrugas causadas pelo HPV que são lisas e mais arredondadas. Elas são da mesma cor da pele.
A transmissão da doença se dá pelo contato sexual com uma parceira(o) infectada(o) durante uma relação desprotegida.
É muito comum que a pessoa infectada não tenha sintomas, pois eles podem levar anos para se manifestar. O problema é que, durante esse período, ela pode contaminar outras pessoas, o que torna o uso de preservativos ainda mais importante para a sua proteção. A vacinação gratuita para homens entre os 9 e os 26 anos de idade é outra maneira bastante eficiente de evitar a doença.
Existem cerca de 40 tipos de vírus HPV. Os mais agressivos nem sempre levam às verrugas genitais, mas aumentam o risco de câncer de pênis, que afetou mais de 10 mil brasileiros entre 2011 e 2021, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
HPV tem cura?
Não existe um tratamento para o HPV. Se o sistema imunológico do paciente estiver fortalecido, as células de defesa do corpo podem conseguir se livrar espontaneamente do vírus – o que acontece na maioria dos casos, antes mesmo de apresentar sintomas.
O tratamento disponível para o HPV não atua contra o vírus. Ele consiste em reduzir as lesões penianas cutâneas e evitar a progressão da infecção. Isto pode ser feito com o uso de medicamentos tópicos ou de procedimentos como a cauterização, realizado em clínicas. Para obter sucesso, esse tratamento deve ser feito o mais rápido possível e mantido até a alta médica.
Devido a estas razões, a prevenção com preservativos e vacinação se torna primordial para diminuir a incidência da doença e suas complicações. Além disso, você também pode solicitar ao seu médico um exame para o rastreio do vírus uma vez por ano.
O que é a disfunção erétil?
Chamamos disfunção erétil quadros em que o pênis não tem capacidade para ter e/ou manter uma boa ereção na maior parte das relações sexuais que praticam. Falhas pontuais não configuram disfunção erétil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 30% da população do país sofre com o quadro, que costuma afetar com mais frequência, em algum grau, homens com 40 anos de idade ou mais.
Para que o homem consiga uma ereção, além da erotização (que ocorre no cérebro), os corpos cavernosos no interior do pênis precisam absorver mais sangue para que o cilindro aumente seu volume e deixe o membro ereto.
Qualquer irregularidade nesse mecanismo provoca alterações na função peniana. Por isto, dizemos que a disfunção erétil pode ser psicogênica, associada a fatores emocionais que impactam na erotização, ou orgânica, quando há problemas no sistema vascular devido a diabetes, pressão alta, formação de fibroses, câncer de próstata ou priapismo. A disfunção erétil também pode ser causada, ao mesmo tempo, por fatores emocionais e físicos.
Para obter uma ereção de qualidade, as ereções noturnas involuntárias são essenciais, pois elas ajudam a oxigenar os tecidos.
Como corrigir a disfunção erétil?
Para iniciar o tratamento da disfunção erétil, temos que identificar se ela é psicogênica ou orgânica. Assim, o paciente é cuidado de forma particularizada, muitas vezes com uma equipe multidisciplinar que vai abordar todos os aspectos do caso.
Para a parte física da doença, existem duas linhas de tratamento, sendo uma delas clínica e a outra a cirúrgica – a alternativa final para tratar o problema.
No início do tratamento, o médico pode recorrer a medicamentos, como a Sildenafila, a injeções penianas, como o Alprostadil, e a bomba peniana (também conhecida como bomba à vácuo). Se não for obtida a resposta desejada, a cirurgia pode ser indicada em alguns casos.
A cirurgia para tratar a disfunção erétil consiste na inserção de uma prótese peniana. O implante vai dar a rigidez necessária para que o membro volte a ficar ereto e a penetração seja feita sem dificuldade, recuperando a qualidade de vida sexual do paciente.
Além disso, na mesma cirurgia, é possível tratar o Peyronie. As manobras adjuvantes, que vão desentortar o pênis, devem ser feitas antes da colocação da prótese.
Nós podemos ajudar com a disfunção erétil. Se a sua vida sexual está sendo prejudicada devido à dificuldade de conseguir ou reter uma ereção e você já experimentou – sem sucesso – o tratamento clínico, clique no botão abaixo e entre em contato conosco. Vamos avaliar se a segunda linha de tratamento é a ideal para o seu caso.