Cirurgia Pênis Torto: Como funciona o pré e pós-operatório?

3 post-its colados na parede com os seguintes textos: "Antes", "Durante" e "Depois da cirurgia".

Cirurgia Pênis Torto: Como funciona o pré e pós-operatório?

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A cirurgia para pênis torto tem o objetivo de corrigir a curvatura peniana. Antes de recorrer a ela, é preciso de acompanhamento médico. Na maioria dos casos indicados, o objetivo é alcançar um alinhamento funcional e estético do órgão, o que pode contribuir para a satisfação do paciente. Entenda mais sobre o procedimento.

A cirurgia pênis torto é indicada para homens que, seja por motivos congênitos ou de forma adquirida, apresentam deformação peniana – o que pode geral, ainda, disfunção erétil. Esse procedimento é seguro, desde que bem indicado, e a recuperação não é complexa. 

É preciso lembrar que nem sempre a curvatura exige esse tipo de tratamento. Se ela não interfere nas relações sexuais nem causa desconforto , basta acompanhar para garantir que ela permaneça estável ao longo do tempo.

Agora, se o pênis curvado gera dor, vergonha ou dificuldades sexuais, é pode ser necessário operar. Corrigir esta situação é importante para prevenir outras implicações decorrente do pênis torto, como a Doença de Peyronie, quando há uma piora da curvatura com o tempo.

Não há motivos para se assustar se você for uma pessoa que tem receio de cirurgias. Trata-se de um procedimento que, quando bem indicado e realizado por profissional capacitado, tende a apresentar boa evolução pós-operatória. Continue lendo e você saberá mais detalhes, inclusive o que esperar da cirurgia.

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Exames iniciais e planejamento da cirurgia para desentortar o pênis

O primeiro passo do planejamento cirúrgico que irá corrigir o pênis torto é avaliar a situação a partir de uma série de exames, como:

  • Anamnese (história clínica): coleta dados sobre saúde geral, uso de medicamentos, histórico familiar e doenças crônicas para orientar o diagnóstico.

  • Inspeção e palpação do pênis: permite identificar fibroses ou placas por meio do toque, com o pênis em estado flácido.

  • Ereção fármaco-induzida: uma medicação provoca ereção, o que permite avaliar a curvatura, o tamanho, o calibre e a rigidez do pênis.

  • Teste de rigidez: avalia se o pênis atinge rigidez suficiente para a penetração, detectando sinais de disfunção erétil.

  • Ultrassom peniano com Doppler: examina a anatomia e a circulação sanguínea do pênis para identificar se há causas vasculares da disfunção erétil. Também confirma a presença de fibroses.

Tão importante quanto o planejamento cirúrgico, é que o paciente entenda impacto funcional, estético e também psicológico. O tratamento adequado visa favorecer uma vida sexual funcional e minimizar possíveis desconfortos ou limitações relacionados à condição, além de recuperar o seu calibre e tamanho até o limite possível dos nervos. A correção da curvatura pode, em alguns casos, ter impacto positivo na percepção de bem-estar e na qualidade de vida do paciente.

Se o caso do paciente realmente for cirúrgico, o procedimento não exige grandes preparações. Com o planejamento feito e os cuidados prévios tomados, é hora de marcar a cirurgia para desentortar o pênis. 

Pré-operatório da cirurgia que desentorta o pênis

Assim como toda cirurgia, será necessário a realização de exames de sangue para evitar qualquer contratempo. Além disso, é pedido um jejum de oito horas, tanto de alimentos sólidos quanto líquidos, antes do início da cirurgia.

O paciente também será orientado sobre a higienização da região pubiana com sabonete antibactericida e a necessidade de ingestão de medicamentos antibióticos e antifúngicos – especialmente relevante no caso de homens com diabetes. 

Um dia antes da cirurgia, também é importante ter uma boa noite de sono. 

O que acontece no dia da cirurgia

A cirurgia para alinhar o pênis não é demorada, dura entre 2 e 3 horas. Além disso, ela é feita apenas com sedação e anestesia local, o que não exige pernoite hospitalar. Geralmente o paciente dá entrada no hospital logo pela manhã e, ao máximo, no começo da tarde já estará liberado para ir pra casa.

A raspagem dos pelos pubianos é feita no centro cirúrgico, pelo médico e sua equipe. Portanto, não precisa se preocupar com isso, já que eles terão o maior cuidado para que não haja nenhum risco de infecção.

Em alguns casos, pode ser indicada a associação com técnicas reconstrutivas, a depender das características anatômicas e funcionais de cada paciente, ou seja, utilizando a Técnica Egydio, por exemplo, para a expansão dos tecidos do pênis. 

Outras técnicas alinham o pênis ao mesmo tempo em que diminuem o seu comprimento, mas com a Técnica Egydio, o cirurgião pode trabalhar no lado curto do pênis, reconstruindo-os em termos de tamanho, calibre e alinhamento até o limite dos nervos, e deixando-o pronto para receber a prótese peniana. 

Caso o pênis não fique totalmente reto apenas com o uso da Técnica Egydio, que mede os tecidos e aplica a correção aumentando o lado menor do pênis, é possível ainda aplicar a Técnica Stage no mesmo procedimento. Trata-se de um refinamento ao final da cirurgia que endireita ainda mais o pênis por meio de micro plicaturas no lado longo, sem que haja perda de tamanho.

É verdade que o pênis fica ereto durante o procedimento?

Durante a cirurgia de pênis torto, o pênis precisa ficar em ereção máxima. Essa estado é atingido com o auxílio de medicamentos vasodilatadores e soro fisiológico injetado sob pressão, enquanto o paciente está sedado.

É somente com a ereção máxima que o cirurgião poderá visualizar todas as deformidades e, a partir daí, calcular geometricamente onde, quantos, de qual tamanho e em qual sentido serão as incisões de relaxamento do lado curto do pênis.

A ereção também permite que o cirurgião tenha a certeza de ter concluído o seu trabalho. Após a execução, ele já poderá ver, ainda na mesa cirúrgica, como o pênis ficou e se ainda há alguma intervenção a ser feita. Quando estiver tudo ok, a ereção é, então, desfeita e a cirurgia continua, com a mensuração do pênis para a colocação do implante peniano.

 

A recuperação depois da cirurgia

O retorno ao médico após realizar a cirurgia pênis torto acontece no mesmo dia. Nesta consulta o sucesso da cirurgia será avaliado e o paciente receberá as últimas orientações para que a cicatrização aconteça da melhor forma possível.

O seu pênis ficará com um curativo enfaixado e não será necessário retirá-lo pelos primeiros cinco dias. Após esse período, a faixa deve ser trocada diariamente, por mais cinco dias. É possível fazer isso sozinho, em casa.

A fisioterapia peniana pode ser recomendada para guiar uma cicatrização retilínea e manter o tamanho e calibre peniano que foram recuperados. 

Além disso, o uso de medicamentos para inibir a ereção nos primeiros dias depois da cirurgia é indicado para evitar hematomas, preservar os pontos cirúrgicos e tornar o processo recuperação eficiente. 

Por fim, existem três etapas para o paciente voltar a sua vida normal depois da cirurgia pênis torto: entre 7 e 10 dias é possível retornar ao trabalho, caso não exija esforço físico; a partir de 30 dias já se pode retomar as atividades físicas e de 45 a 60 dias para retomar a vida sexual.

Os pontos dados no pênis são absorvíveis, evitando que o paciente tenha qualquer desconforto no futuro ou durante a relação sexual. Em cerca de dois meses, todos eles já terão sido naturalmente absorvidos.

Você nunca estará desacompanhado

A todo momento, o cirurgião estará junto ao paciente – do diagnóstico à recuperação, presencial e remotamente. Isso é fundamental para que o homem tenha segurança para a tomada de decisão e para que a recuperação seja a melhor possível, com a retomada da qualidade de vida sexual. 

A correção cirúrgica da curvatura peniana é uma possibilidade terapêutica que pode ser considerada nos casos em que a alteração compromete a função ou o bem-estar do paciente. Faça contato com o Dr. Paulo Egydio agora mesmo e saiba se o procedimento é adequado para o seu caso.

Saiba mais:

Médico urologista Dr. Paulo Egydio

PhD especializado pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros científicos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vivo, em congressos no Brasil e Exterior.

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