Atrofia peniana: sintomas, causas e tratamentos indicados

A atrofia peniana é uma condição na qual o tamanho e a espessura do pênis diminui ao longo do tempo.

À medida que os homens envelhecem, é natural haver mudanças em seus corpos. É importante destacar que a atrofia peniana não só afeta o tamanho físico do pênis, mas também pode ter um impacto significativo na autoestima e na saúde mental dos homens.

A seguir veja tudo o que você precisa saber sobre esse problema, as causas mais comuns e o que fazer para tratá-lo.

O que é atrofia peniana?

A atrofia peniana é quando o tamanho do pênis diminui gradualmente.

Existem algumas razões pelas quais ela pode ocorrer. Pode ser devido à falta de uso, como quando não há atividade ou estímulo sexual regular, ou por condições médicas que afetam a circulação sanguínea e a saúde geral do tecido erétil.

Esse “tal” tecido erétil que compõe o pênis é o responsável pela ereção. Ele é sensível aos níveis hormonais no corpo, especialmente à testosterona, o principal hormônio masculino.

Quando os níveis de testosterona diminuem, por envelhecimento ou outros fatores, como condições como lesões nos testículos, problemas na hipófise ou hipotálamo, obesidade e estresse crônico, o tecido erétil pode se tornar menos ativo e o pênis pode diminuir de tamanho.

Quais são as causas da atrofia peniana?

Por que alguns homens passam pela diminuição no tamanho do pênis? De forma geral, é possível dizer que o pênis atrofia quando há uma condição de fibrose, que pode surgir por conta de uma série de fatores, como:

Diabetes Mellitus

A diabetes está relacionada ao aumento da quantidade de açúcares no sangue. O descontrole dessas taxas provoca danos no funcionamento dos vasos sanguíneos e nervos. Isso consequentemente irá causar disfunção erétil.

Obesidade

A obesidade altera o bom funcionamento dos hormônios e consequentemente, dificulta as ereções noturnas.

Além disso, essa condição atrapalha a irrigação de sangue nos corpos cavernosos e predispõe o surgimento de fibroses. Independentemente, em função da gordura na região pélvica, a obesidade pode embutir o pênis e diminuir seu tamanho funcional.

Prostatectomia radical ou cirurgia na próstata

Após a realização da prostatectomia radical (a cirurgia radical da próstata, que visa combater o câncer), o homem também terá menos ereções durante a noite. A menor oxigenação e fluxo sanguíneo reduzido podem facilitar o surgimento das fibroses penianas.

Problemas cardiovasculares

Os problemas cardiovasculares, como aterosclerose e hipertensão, também podem ser responsáveis para que o pênis perca tamanho, pois eles dificultam a circulação em todo o corpo, inclusive dentro do órgão.

Doença de Peyronie

Quando o paciente adquire a Doença de Peyronie, apresenta disfunção erétil ou sofre uma fratura peniana (que gera resposta cicatricial no local), também há mais chances de desenvolver uma fibrose peniana.

Envelhecimento

À medida que os homens envelhecem, é natural que ocorram mudanças no corpo, incluindo no pênis.

Com o passar dos anos, o tecido erétil pode começar a perder sua elasticidade e capacidade de se encher de sangue adequadamente durante a ereção. Em consequência, há uma diminuição no tamanho do pênis e na qualidade das ereções.

Medicamentos

Certos medicamentos também podem estar ligados à atrofia peniana. Alguns remédios usados para tratar a pressão arterial alta, como os beta-bloqueadores e os diuréticos, podem ter efeitos colaterais que afetam a função erétil e a saúde do tecido erétil.

Além disso, os antidepressivos, especialmente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), além de medicamentos hormonais, como os utilizados no tratamento do câncer de próstata, podem contribuir para a atrofia peniana.

Desuso peniano

Uma das causas mais comuns da atrofia é o desuso do pênis. Assim como qualquer outra parte do corpo, o órgão precisa de exercício regular para se manter saudável e funcional.

Quando não há atividade sexual regular ou estimulação adequada, o tecido erétil pode começar a perder sua elasticidade e tamanho ao longo do tempo.

Todas essas condições tendem a gerar fibroses penianas em maior ou menor grau, dependendo da quantidade de fibroses que o pênis desenvolveu ao longo da vida.

Como saber se tenho atrofia peniana? 4 sintomas frequentes

Para confirmar a atrofia peniana, uma das primeiras coisas que você pode notar é uma mudança no tamanho ou na firmeza do seu pênis durante a ereção.

Se você perceber que seu pênis parece menor do que costumava ser ou se sente menos firme durante a ereção, isso pode ser um sinal.

Veja a seguir outros 3  sinais que podem ajudá-lo a reconhecer se você tem sintomas de atrofia peniana:

• Dificuldade em ter ou manter uma ereção: problemas para ficar excitado e ereções menos firmes indicam que há algo errado com a saúde do seu pênis.
• Redução da sensibilidade sexual: não sentir ou sentir menos prazer durante as relações sexuais também são sinais de que o tecido erétil do seu pênis está se deteriorando.
• Mudanças na aparência do pênis quando está em repouso: pênis menor ou encolhido que o habitual quando está em repouso pode ser um indicador.

A atrofia peniana afeta a função sexual?

A atrofia pode afetar a função sexual, principalmente por conta de uma possível disfunção erétil.

Como a atrofia peniana pode causar uma diminuição no tamanho e na firmeza do pênis durante a ereção, é possível que dificulte a obtenção de uma ereção rígida.

Homens que estão lidando com a atrofia peniana também podem enfrentar dificuldades com o desempenho sexual. Isso pode incluir dificuldade em alcançar o orgasmo, problemas de ejaculação precoce ou retardada e uma diminuição geral na satisfação sexual.

Portanto, é importante estar a par desses possíveis efeitos e procurar um especialista se você estiver enfrentando problemas relacionados à atrofia peniana. Com acompanhamento médico, é possível buscar estratégias para o controle dos sintomas e a preservação da vida sexual.

Dá para evitar a atrofia peniana?

A atrofia peniana, se não tratada correta e precocemente, pode causar sérios problemas à vida sexual e à saúde do homem.

A boa notícia é que há várias medidas que podem ser tomadas para manter a saúde do pênis e reduzir o risco da condição:

• Mantenha uma vida sexual ativa: o uso regular do pênis durante a atividade sexual pode ajudar a manter a saúde do tecido erétil e a circulação sanguínea adequada, reduzindo assim o risco de atrofia.
• Mantenha um estilo de vida saudável: isso inclui dieta balanceada, praticar exercícios regularmente, controlar o peso, evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool.
• Controle condições médicas subjacentes: problemas como diabetes, doenças cardíacas e hipertensão podem aumentar o risco de atrofia peniana. Portanto, é importante controlar essas condições com o tratamento adequado e acompanhamento médico regular.
• Evite lesões: traumas ou lesões no pênis podem danificar o tecido erétil e aumentar o risco de atrofia. Portanto, é importante tomar precauções durante certas atividades.

Tem como reverter a atrofia peniana?

A atrofia pode ser tratada, mas é importante entender que, em muitos casos, não há uma “cura” definitiva.

O objetivo do tratamento é geralmente controlar os sintomas, melhorar a função sexual e retardar a progressão da condição.

Procedimentos como bioplastia ou aplicação de ácido hialurônico para engrossar o pênis são vendidos como soluções permanentes contra a atrofia e diminuição do membro. Contudo, essas técnicas são experimentais. Vale consultar um urologista antes de tomar qualquer decisão.

Quais são os tratamentos recomendados para atrofia peniana?

As opções de tratamento para a atrofia podem variar dependendo da causa subjacente da condição.

O médico pode sugerir a prática de exercícios penianos para fortalecer os músculos e aumentar a circulação sanguínea.

Outro tratamento que pode ser indicado é o uso da bomba de vácuo, um dispositivo que cria vácuo ao redor do pênis, puxando sangue para dentro do órgão e induzindo uma ereção. Essa terapia pode ser útil para homens que têm dificuldade em obter ou manter uma ereção devido à atrofia peniana.

“Mas e o remédio para atrofia peniana?”. Infelizmente, não existem remédios para tratar especificamente a atrofia peniana.

Porém, quando ela está ligada a outros problemas como disfunção erétil, o urologista pode prescrever o uso de medicamentos como Tadalafila ou Sildenafila.

Quem tem atrofia precisa de prótese peniana?

A maioria dos pacientes que precisam de um implante peniano também chegam ao consultório do urologista com algum nível de atrofia peniana.

Porém, é preciso compreender que a prótese não aumenta o tamanho do pênis. O principal objetivo da prótese peniana é dar firmeza ao pênis para que o homem possa retomar a atividade sexual.

Sobre o tamanho, é fundamental realizar uma análise para detectar se há, de fato, uma atrofia. Se houver, temos que falar sobre a expansão do tamanho do pênis.

Essa expansão ocorre até o limite dos nervos e vasos. Nem sempre o pênis volta ao tamanho que sempre teve, mas com a reconstrução, pode-se tentar melhorar as dimensões do pênis atrofiado, dentro dos limites anatômicos de cada paciente.

Os nervos e vasos, ao longo do tempo, podem reduzir naturalmente ao longo da vida. Ou então, caso o paciente já tenha passado por uma cirurgia no local anteriormente, a possibilidade de recuperação também diminui.

É possível alongar o tamanho do pênis atrofiado?

Existe um conjunto de nervos e vasos que passa por cima do pênis e chega à glande que vão determinar até onde o cirurgião pode chegar.

Já os tecidos localizados abaixo dos nervos podem ser tratados para expandir, acompanhando o limite dos nervos e vasos.

Essa expansão tecidual visa alongar as dimensões do pênis e se aplica a membros atrofiados, pênis fino e/ou com tortuosidade.

Não é possível saber de antemão até onde os nervos, vasos e tecidos poderão chegar. Isso só será possível de identificar durante a cirurgia. Um cirurgião que atua em conformidade com a Sociedade Brasileira de Urologia jamais pode prometer um tamanho final ao paciente.

É muito importante que o paciente compreenda essa limitação para evitar frustrações e também que fuja de médicos que se comprometem com resultados no pré-operatório.

O procedimento cirúrgico deve sempre respeitar os limites anatômicos e as melhores práticas recomendadas pelas sociedades médicas competentes.

Entender a causa da atrofia peniana é o primeiro passo para proteger a saúde do seu pênis. Embora seja uma condição desafiadora, em muitos casos é possível melhorar os sintomas e funcionalidade com acompanhamento médico adequado.

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Priorizar a saúde urológica é um passo importante para o bem-estar físico e emocional.