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A incontinência urinária pode causar constrangimentos, mas é uma condição que existem opções de tratamento clínico e cirúrgico que podem auxiliar no controle urinário, conforme avaliação individual.
A incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra, um desconforto que compromete o bem-estar físico e emocional de quem passa pela condição.
No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 10 milhões de pessoas – o equivalente a 5% da população – têm incontinência urinária, sendo que 15% do total são homens acima dos 40 anos.
Em muitos casos, pode haver melhora dos sintomas com acompanhamento adequado e individualizado. Atualmente, existem métodos de diagnóstico e diferentes abordagens terapêuticas que podem auxiliar no controle urinário e na qualidade de vida, de acordo com as necessidades de cada paciente.
A seguir, entenda as causas, sintomas, tipos e tratamentos da incontinência urinária, e saiba a importância de procurar ajuda para obter um diagnóstico preciso e definir a melhor opção de tratamento.
O que causa a incontinência urinária masculina?
A principal causa da incontinência urinária é o enfraquecimento do esfíncter da uretra, estrutura muscular responsável por conter a urina.
O quadro geralmente ocorre após alterações ou tratamentos localizados na próstata. Por isso, a incontinência urinária após prostatectomia (remoção da próstata) é comum.
Além disso, ela pode ser provocada por um trauma, doença neurológica ou contrações involuntárias da bexiga.
A incontinência urinária pode ser leve, moderada ou severa e ser uma condição temporária ou definitiva.
Sintomas da incontinência urinária nos homens
Os sintomas da incontinência urinária mais comuns nos homens são:
- Presença de urina nas roupas íntimas depois da micção;
- Escape involuntária e frequente de urina em repouso;
- Perda involuntária de urina em momentos de esforço (rir, tossir ou espirrar);
- Vontade incontrolável de urinar.
Tipos de incontinência urinária
Existem alguns tipos de incontinência urinária em homens. Entretanto, é comum que o paciente apresente mais de um tipo.
| Tipo | Características nos homens |
|---|---|
| Incontinência de Urgência | Vontade súbita e intensa de urinar, com perda antes de chegar ao banheiro |
| Incontinência de Estresse | Vazamento ao tossir, rir ou fazer esforço; comum após cirurgia de próstata |
| Incontinência por Transbordamento | A bexiga não esvazia completamente e a urina vaza aos poucos |
| Incontinência Funcional | Dificuldade física ou cognitiva para chegar ao banheiro a tempo, mesmo com controle da bexiga |
| Incontinência de Reflexo | Perda involuntária por reflexos neurológicos; comum em lesões medulares ou doenças neurológicas |
Como o diagnóstico é feito e os exames solicitados
Definir a causa é essencial para orientar o plano terapêutico mais adequado.
O exame mais indicado para isso é o estudo urodinâmico, que avalia a função da bexiga, uretra e esfíncter. O resultado deve ser interpretado por um urologista.
Aliado a esse exame, também são necessários exames laboratoriais de urina, urocultura, ultrassonografia, cistoscopia e urofluxometria, além de ressonância magnética e uma avaliação neurológica em casos específicos.
Com o resultado desses testes, a causa exata da incontinência pode ser definida para discutir as opções de tratamento.
Opções de tratamento para incontinência urinária
Afinal, como tratar a incontinência urinária masculina? O tratamento depende do tipo e da severidade das perdas urinárias.
Caso ela seja diagnosticada como uma condição de curto prazo, é possível tratá-la com dispositivos externos para facilitar a saída e armazenagem de urina, além de dispositivos mecânicos, como clamp peniano e anéis de compressão, que interrompem o fluxo de urina quando fechados.
Há também tratamentos com medicamentos para relaxar a bexiga, chamados anticolinérgicos. Outras opções incluem terapia comportamental, reabilitação pélvica e estimulação elétrica.
Já a cirurgia é indicada para homens que não apresentaram boa resposta às opções anteriores devido ao enfraquecimento do mecanismo esfincteriano da uretra. Geralmente, são pacientes que passaram por procedimentos na próstata.
Para complementar os tratamentos, podem ser indicados exercícios para fortalecer o assoalho pélvico masculino. Esse fortalecimento ajuda a contração muscular a suportar o aumento na pressão abdominal que ocorre quando o paciente faz esforço, como tossir ou espirrar.
Tratamento para incontinência urinária após o câncer de próstata
Na maioria dos casos, a incontinência urinária decorrente de uma cirurgia de câncer de próstata ou hiperplasia prostática benigna é temporária.
Nesse caso, a primeira opção de tratamento é a prática dos exercícios de Kegel, que contraem e relaxam determinados músculos ao redor da base da bexiga e da uretra para fortalecer a pélvis e aliviar os sintomas. Aparelhos de biofeedback podem ser usados para intensificar o exercício.
Quando a incontinência urinária persiste por mais de 12 meses, é preciso recorrer a um procedimento cirúrgico.
Tratamento cirúrgico para incontinência urinária
Existem três tipos de cirurgia para incontinência urinária masculina, indicadas quando as alternativas clínicas não são satisfatórias.
Quando a incontinência é moderada ou severa, o mais indicado é o implante do esfíncter urinário artificial após prostatectomia.
Em uma cirurgia simples, o médico implanta um dispositivo com manguito, reservatório e bomba. Quando o homem deseja urinar, a bomba é comprimida e o manguito aberto por cerca de 2 a 3 minutos, até fechar novamente.
Outra cirurgia possível é a que implanta slings suburetrais nos pacientes com incontinência leve ou moderada, sem radioterapia prévia e com perda de urina elevada durante teste de esforço.
O tratamento consiste em uma fita de material sintético que eleva e comprime a uretra, evitando ou minimizando as perdas urinárias..
Há ainda o preenchimento periuretral, que pode ser indicado em casos leves. O procedimento consiste na aplicação de uma substância espessa — chamada agente bulking — nas paredes da uretra, com o objetivo de estreitar o canal da urina.
O efeito pode ser temporário, e alguns estudos relatam duração média próxima de um ano, podendo variar conforme o caso. Pode ser necessária a reaplicação da substância após esse período; ainda assim, trata-se de uma alternativa para evitar cirurgias mais invasivas, principalmente em pacientes com estado de saúde delicado.
Qual a relação entre a incontinência urinária e a prótese peniana?
Às vezes, a incontinência urinária masculina pode estar associada à disfunção erétil. Em alguns casos, pode ser considerada a realização simultânea dos procedimentos, conforme indicação médica.
Antes da cirurgia é fundamental diagnosticar se houve perda de tamanho ou afinamento do pênis, bastante comuns com o avanço da idade, e fazer a reconstrução peniana buscando otimizar aspectos funcionais e anatômicos dentro dos limites individuais.
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