O extensor utilizado na cirurgia de prótese peniana é um acessório que ajusta o comprimento do implante ao corpo cavernoso. Embora possa contribuir para pequenos refinamentos no tamanho, seu uso deve ser criterioso — e, na maioria dos casos, evitado — pois pode comprometer a rigidez do pênis. Descubra por quê!
O uso de extensores durante a colocação da prótese peniana tem como principal finalidade ajustar o comprimento da prótese ao corpo cavernoso. Em alguns casos, ao perceber que o implante ficou aquém do comprimento adequado, o cirurgião pode utilizar extensores para adaptar a prótese ao tamanho real do pênis.
Embora eles ofereçam suporte adicional à estrutura interna do pênis, eles também podem tensionar excessivamente os tecidos, aumentar o risco de complicações cirúrgicas, prejudicar a cicatrização e comprometer o posicionamento ideal da prótese.
A decisão de utilizar ou não um extensor durante a colocação da prótese peniana deve ser avaliada com cautela. A seguir, saiba o que o médico deve ponderar para usar devidamente esse recurso na cirurgia de implante peniano:
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O que é o extensor para prótese peniana?
Os dispositivos chamados de extensores para prótese peniana são uma espécie de suporte que se encaixa na base da prótese, complementando o tamanho do implante.
O item tem o objetivo de adequar o comprimento do cilindro do implante ao corpo cavernoso no interior do pênis, seja para a prótese maleável ou prótese inflável.
Atenção: O extensor para prótese peniana é diferente do extensor peniano externo
O extensor para prótese peniana é usado diretamente no implante.
Já o extensor peniano é dispositivo usado diretamente na parte externa do pênis. Ele produz tração no membro e pode ser indicado nas fases iniciais da Doença de Peyronie, disfunção erétil ou até mesmo na recuperação do pênis – desde que indicado por um médico.
Ou seja, ele não é uma alternativa ao extensor para prótese, uma vez que possui outro objetivo.
Em quais casos o extensor para prótese é utilizado?
O extensor não tem como objetivo aumentar ou recuperar o comprimento do pênis.
Sua função é meramente técnica: em alguns casos, durante a cirurgia de implante, o cirurgião constata que o corpo cavernoso é mais longo do que o comprimento da prótese disponível.
Nessa situação, pode-se utilizar um pequeno extensor para ajustar o implante ao comprimento interno do corpo cavernoso.
Essa adaptação evita que a glande fique desproporcional ou caída, contribuindo para um melhor alinhamento estético e funcional do pênis após a cirurgia.
Embora esse cenário possa ocorrer em pacientes com retração peniana — como nos casos de Doença de Peyronie, disfunção erétil prolongada, desuso peniano ou fibrose cavernosa — o uso do extensor não é voltado ao tratamento dessas condições, e nem sempre é necessário.
Definição da prótese e do extensor
O tamanho da prótese peniana e de extensores não é escolhido de forma pré-definida. Ele é determinado pelo cirurgião durante a cirurgia, com base em medições feitas no momento do implante.
Só após realizar a reconstrução peniana, com a expansão dos tecidos e nova anatomia do pênis, é possível mensurar com precisão o tamanho da prótese e decidir pela necessidade de extensores para preencher o espaço.
Nem toda cirurgia exige o uso do extensor para implante peniano
O extensor de prótese peniana nem sempre é necessário, e as indicações do extensor devem ser bem avaliadas, já que ele pode influenciar o desempenho do implante.
Segundo um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine, o uso excessivo de extensores pode comprometer a rigidez peniana axial da prótese inflável. O estudo conclui que o ideal é maximizar o comprimento da porção inflável dos cilindros e minimizar o uso do item sempre que a anatomia do paciente permitir.
O estudo ressalta ainda que, em muitos casos, é possível implantar um cilindro mais comprido, sem extensores, o que pode contribuir para uma melhor rigidez e estabilidade, dependendo da anatomia e da técnica utilizada.
Potenciais riscos do uso de extensores
Atualmente, o cirurgião deve evitar o risco de extensores em pacientes que realizam a cirurgia de prótese peniana.
O ideal é dimensionar corretamente a prótese para evitar o uso dos extensores, pois eles comprometem a rigidez vertical.
Falta de firmeza peniana
Ao acrescentar extensores em particular no implante inflável, estamos adicionando uma área não inflável ao cilindro.
Quando o homem bombear a prótese para obter uma ereção, a ponta que recebeu o extensor para prótese peniana não irá se preencher. Ou seja, essa parte não terá tanta firmeza vertical, e, em alguns casos, a dificuldade de penetração pode persistir.
No caso da prótese maleável, o uso de extensores deve ser avaliado com cautela.
Isso porque o extensor é composto unicamente por silicone, sem a estrutura metálica interna que confere rigidez ao implante.
Quando se utiliza uma quantidade excessiva de extensores — especialmente na base do pênis — a parte mais resistente da haste, que contém o componente metálico, fica reduzida.
Essa redução compromete a rigidez axial do implante, o que pode dificultar a penetração durante a relação sexual.
Extrusão da prótese
A extrusão é uma complicação da colocação de prótese peniana.
A extrusão pode ocorrer quando o implante tem um tamanho exagerado em relação à anatomia do pênis.
Ou seja, quando a prótese é mais longa e/ou mais calibrosa do que o ideal para aquele paciente.
Como consequência, o paciente pode apresentar uma série de complicações: dores, inchaços, glande caída, infecções e outros problemas relacionados à má adaptação do implante.
O uso inadequado do extensor pode aumentar o risco de extrusão da prótese peniana. Isso ocorre, por exemplo, quando o cirurgião escolhe um tamanho de prótese — somado ao extensor — que excede o comprimento real do corpo cavernoso.
Nessa situação, a extremidade da prótese acaba pressionando excessivamente a ponta do pênis, favorecendo sua migração (extrusão) ao longo do tempo. Por isso, o uso de extensores deve ser criteriosamente avaliado, sempre levando em consideração a anatomia individual do paciente.
Alternativas ao extensor para prótese peniana
Para evitar o uso do extensor para prótese peniana, é fundamental que o cirurgião em questão, tenha todos os tamanhos de prótese disponíveis em sala cirúrgica.
Outra grande questão, é que o paciente precisa ter acesso às melhores práticas urológicas.
Uma das técnicas consolidadas e usadas globalmente para tratar casos graves de Doença de Peyronie e disfunção erétil, dando rigidez ao pênis, é a reconstrução peniana aliada à prótese.
Nesse procedimento, o cirurgião vai tratar as fibroses e reconstruir as dimensões penianas a partir de pequenos cortes geométricos na túnica albugínea.
Durante a reconstrução peniana, é fundamental que o cirurgião tenha disponível em sala todos os tamanhos de prótese peniana. Isso permite que, após a medição dos corpos cavernosos, seja possível escolher o maior comprimento e calibre compatíveis com as novas dimensões atingidas.
Quando o procedimento é realizado dessa forma, na maioria dos casos, torna-se possível dispensar o uso de extensores ou, quando necessário, utilizá-los em mínima quantidade.
O extensor de prótese peniana é um dispositivo que pode ser evitado em determinadas reconstruções penianas, quando há possibilidade de ajuste anatômico sem uso do dispositivo.
Converse com o seu urologista e não deixe de procurar auxílio se tiver dúvidas.
Cuidados pós-operatórios e adaptação ao implante com extensor
O processo de recuperação pós-operatória em implantes penianos com extensor segue, em geral, as mesmas recomendações do implante convencional, sem extensores.
Higienização adequada, repouso, uso de antibióticos e retorno gradual às atividades físicas e sexuais fazem parte do protocolo padrão, independentemente do uso do acessório.
A principal diferença está nos possíveis impactos a longo prazo. Em ambos os tipos de prótese — maleável ou inflável — o uso excessivo de extensores pode comprometer o desempenho funcional.
Isso ocorre porque os extensores são feitos inteiramente de silicone, sem a estrutura interna que confere firmeza ao implante.
Na prótese maleável, essa falta de reforço reduz a rigidez axial, principalmente na base, o que pode fazer com que o pênis dobre ou escape durante a penetração.
Já na prótese inflável, o uso exagerado de extensores pode prejudicar a estabilidade do implante, afetando a eficiência da ereção e o alinhamento da glande.
Por isso, o uso de extensores deve ser feito com critério técnico, visando sempre o equilíbrio entre estética, funcionalidade e segurança.
Tire suas dúvidas pessoalmente com o Dr. Paulo Egydio
Com experiência em cirurgia de prótese peniana, o Dr. Paulo Egydio é referência na área. Ele busca evitar o uso dos extensores, mas também sabe o momento certo de usá-los com o objetivo de oferecer uma solução funcional adequada ao perfil anatômico do paciente.
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