Entenda o que é hormonioterapia no câncer de próstata, como é feita e efeitos colaterais

Mesa de madeira marrom com cubos brancos de letras pretas formando a palavra HORMONES, estetoscópio prata e medicamentos em cápsulas sobre ela, simbolizando o que é hormonioterapia no câncer de próstata

Entenda o que é hormonioterapia no câncer de próstata, como é feita e efeitos colaterais

Navegue pelo conteúdo

Faça a sua Pré-Análise com o Especialista Dr. Paulo Egydio

A hormonioterapia é um tratamento para o câncer de próstata que consiste na privação de hormônios sexuais masculinos, principalmente em casos em que o tumor se espalhou para outras áreas do corpo. Saiba mais.

A hormonioterapia no câncer de próstata, também chamada de bloqueio hormonal masculino ou, ainda, de terapia hormonal, visa reduzir ou eliminar a produção de testosterona para limitar o crescimento do tumor na próstata. O objetivo do tratamento é contribuir para o controle do câncer de próstata e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O tratamento só é possível porque o câncer de próstata depende dos hormônios sexuais masculinos para crescer, e a terapia de privação androgênica retira isso dele, tornando-se uma alternativa eficaz em alguns casos.
A seguir, entenda a fundo sua importância, efeitos colaterais e indicações de tratamento.

O que é hormonioterapia?

A hormonioterapia é um dos tratamentos disponíveis para o câncer de próstata avançado, inclusive para os casos em que o tumor se espalhou para outras áreas do corpo.
Ela atua no bloqueio dos hormônios sexuais masculinos que alimenta o crescimento do tumor. O tratamento reduz a produção de testosterona para controlar o avanço do câncer e aliviar os sintomas da condição.
Esse tipo de abordagem pode ser indicada tanto para aqueles pacientes em estágio avançado quanto para os que precisam de terapias complementares a cirurgia ou radioterapia, por exemplo, sempre com as orientações de um médico que acompanha o caso.
Fundo verde com diversos medicamentos orais nas cores branco, amarelo, vermelho e laranja à direita representando o que é hormonioterapia no câncer de próstata

Tipos de hormonioterapia

Existem diferentes abordagens para a hormonioterapia no câncer de próstata, cada uma com seus próprios métodos e aplicações.

  • Medicamentos agonistas e antagonistas de LHRH (hormônio liberador de luteinização): é o método mais comum para bloqueio hormonal para câncer de próstata. Podem ser em formato de injeções ou implantes.
  • Medicamentos antiandrogênicos: os antiandrogênios bloqueiam a ação dos hormônios diretamente na glândula prostática, impedindo que a testosterona chegue às células cancerosas. São medicamentos orais normalmente usados antes ou durante o agonista de LHRH.
  • Outros medicamentos bloqueadores de androgênio: em casos resistentes da doença ou na recidiva do câncer, é possível usar medicamentos como os corticosteroides para a supressão da testosterona no organismo.
  • Orquiectomia: intervenção cirúrgica que consiste na remoção dos testículos, a principal fonte de testosterona.

Como é feita a hormonioterapia para câncer de próstata?

O tratamento do câncer de próstata por meio da hormonioterapia pode ser realizado com:

  • Injeções
  • Implantes
  • Medicamentos orais
  • Procedimento cirúrgico

Muitos pacientes se perguntam qual o nome da injeção para câncer de próstata, já que essa é uma indicação comum para a hormonioterapia. Geralmente, elas usam como princípio ativo a leuprolida e a gosserrelina para a supressão da produção de testosterona.

Quanto tempo dura?

A duração da hormonioterapia é uma questão muito variável, que depende da resposta do paciente e do estágio do câncer.

Em alguns casos, o tratamento é usada por períodos curtos para preparar o paciente para a radioterapia, enquanto em outros, o tratamento é prolongado, podendo durar anos.

Para o câncer de próstata em estágio avançado, a terapia pode ser contínua, mantendo o bloqueio hormonal até que o câncer pare de responder aos medicamentos.

Para quais pacientes o tratamento é recomendado?

A terapia hormonal é mais indicada para pacientes com câncer de próstata avançado, em metástase, a fim de reduzir o tamanho do tumor.

O tratamento também é recomendado para homens com PSA elevado ou crescente ao longo de outras terapias, além de poder ser aplicado em homens com alta probabilidade de retorno da doença.

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais da hormonioterapia no câncer de próstata podem ser desafiadores para os pacientes.

Como a terapia reduz os níveis de testosterona, isso pode provocar sintomas como ondas de calor, fadiga, ganho de peso, perda de massa muscular e alterações no humor.

Os impactos podem atingir a vida sexual também, pois a disfunção erétil, causada pela ausência de testosterona, é comum.

Há, ainda, efeitos colaterais mais graves que precisam de cuidados específicos, como osteoporose, anemia e aumento do risco de problemas cardiovasculares.

Por que a hormonioterapia pode causar disfunção erétil?

A disfunção erétil ocorre porque a testosterona, um dos principais hormônios masculinos, é fundamental para a vida sexual masculina.

Quando a produção desse hormônio é bloqueada, a libido e a função erétil podem se reduzir drasticamente, fazendo com que, apesar de sua eficácia no controle do câncer de próstata, a hormonioterapia pode impactar a função sexual masculina.

Como lidar com a disfunção erétil em casos de câncer de próstata?

A disfunção erétil, quando presente, deve ser avaliada por um médico, que poderá indicar abordagens terapêuticas adequadas para cada caso.

Ao buscar um urologista, é possível avaliar a possibilidade de usar medicamentos orais ou injetáveis que ajudam aumentar o fluxo de sangue no pênis e levam à ereção. Se houver fibroses ou má vascularização, é preciso considerar a inserção de uma prótese peniana após a reconstrução do membro com a Técnica Egydio.

Além disso, a terapia sexual e o apoio do parceiro são fundamentais para ajudar o paciente a lidar com as mudanças e adaptar-se a uma nova realidade.

Compreender o que é hormonioterapia no câncer de próstata vai muito além de entender como ela atua no controle do tumor. É necessário lidar com angústias e impacto, inclusive na vida sexual.

Um acompanhamento médico especializado é fundamental para auxiliar os pacientes a enfrentarem esse momento com confiança e segurança. Procure orientação médica especializada para um acompanhamento adequado e suporte em todas as fases do tratamento.

Médico urologista Dr. Paulo Egydio

PhD especializado pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros científicos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vivo, em congressos no Brasil e Exterior.

Leituras Relacionadas