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O excesso de prepúcio pode dificultar a exposição da glande e a higiene da região íntima, causando infecções em alguns casos. Se as infecções forem muito frequentes, pode ser avaliada a indicação de remoção dessa pele, inclusive para homens adultos. Confira.
O prepúcio é a camada de pele que recobre a cabeça do pênis (glande). Pode não parecer, mas ele tem duas importantes funções: proteger a glande, que é muito sensível, e mantê-la lubrificada. Essa pele pode estar presente em excesso, caracterizando a fimose.
É normal ter excesso de prepúcio?
O excesso de prepúcio é normal até certa fase da vida.
Em bebês e crianças pequenas, o prepúcio naturalmente cobre a glande e, geralmente, não é possível retraí-lo completamente. Com o tempo, a pele geralmente começa a se soltar da glande, permitindo a retração. Na adolescência, esse processo já está completo e é possível expor a cabeça do pênis.
Porém, em alguns casos, a separação do prepúcio da glande acaba não ocorrendo e o prepúcio permanece permanecer excessivamente longo ou apertado, dificultando a exposição completa da cabeça do pênis.
Quando o excesso de prepúcio é nocivo?
O excesso de prepúcio não significa necessariamente que algo esteja errado, mas, quando atrapalha a higiene ou gera algum desconforto, pode se tornar nocivo.
Entre os problemas que podem surgir devido ao excesso de pele no pênis estão as infecções e inflamações, como a balanite, que é a inflamação da glande.
A balanite ocorre quando a higiene adequada da área não é realizada. Ela é dificultada pelo excesso de pele, resultando em acúmulo de secreções e crescimento de bactérias ou fungos.
Além disso, se o prepúcio for muito apertado, pode levar à fimose, tornando impossível ou muito doloroso retraí-lo, o que aumenta o risco de complicações.
Leia mais: Saiba mais sobre como manter a higiene adequada da região íntima.
Como é um prepúcio normal?
Um prepúcio normal deve ser flexível o suficiente para descobrir a cabeça do pênis quando retraído, sem causar dor ou desconforto. É esperado que isso ocorra na adolescência e perdure por toda a fase adulta.
Alguns homens podem apresentar o prepúcio um pouco mais longo, cobrindo a glande mesmo quando o pênis está ereto. Isso não é um problema, desde que não cause dificuldades na higiene ou outras complicações de saúde.
Excesso de pele no prepúcio e fimose são a mesma coisa?
Excesso de pele no prepúcio e fimose são condições distintas, e é importante diferenciá-las.
O excesso de prepúcio é, como o nome sugere, um acúmulo de pele ao redor da glande, que pode ou não interferir na exposição da cabeça do pênis. A fimose, por outro lado, é uma condição em que o prepúcio é tão apertado que não pode ser retraído sobre a glande.
Nem todas as pessoas com excesso de prepúcio têm fimose. Na verdade, muitos homens com excesso de pele no pênis conseguem expor a glande sem dificuldades.
Leia também: Fimose atrapalha o sexo? 5 mitos e verdades sobre a condição
Consequências do excesso de pele no pênis
O excesso de pele no pênis pode trazer como consequência para alguns homens um risco aumentado de infecções.
Como o excesso de prepúcio não corrobora para uma higiene adequada da glande, o local fica propício para o acúmulo de micro-organismos que causam a balanite e infecções urinárias, e até mesmo para o aumento da gravidade dessas condições.
Além disso, alguns homens podem sentir desconforto ou dor durante a atividade sexual.
Casos extremos podem levar à parafimose, quando o prepúcio, após ser retraído, fica preso atrás da glande, causando inchaço e dor intensa. A parafimose é uma emergência médica que requer intervenção imediata para evitar danos permanentes.
No entanto, em muitos casos, não há consequências negativas, e o homem pode viver normalmente sem precisar de tratamento.
Quais são os tratamentos recomendados para o excesso de prepúcio?
O manejo do excesso de prepúcio varia de acordo com a gravidade dos sintomas e as complicações associadas.
Muitos casos podem ser tratados somente com a aplicação medicamentos tópicos, que reduzem as inflamações e facilitam a retração do prepúcio.
Se a condição não melhorar dessa forma, ou se houver complicações significativas e recorrentes, a cirurgia pode ser recomendada.
Na postectomia, também conhecida como circuncisão, é realizada a remoção completa ou parcial do prepúcio. Em muitos casos, é uma cirurgia eficaz e segura. É realizada principalmente na primeira década de vida e após os 60 anos de idade, segundo estudos.
Quem tem excesso de pele, mas consegue expor a glande precisa de cirurgia?
Nem todos os homens com excesso de prepúcio precisam passar por um tratamento, muito menos pela cirurgia de fimose.
Se o indivíduo consegue expor a glande sem dor ou desconforto e não apresenta complicações de saúde, o tratamento não é necessário.
Quando for preciso tratar, caso a primeira linha de tratamento tenha uma boa resposta, a cirurgia pode ser dispensada.
A decisão de operar deve ser baseada em fatores como a presença de infecções recorrentes, dificuldade em manter a higiene ou desconforto durante a atividade sexual.
Ter excesso de prepúcio é algo comum e, na maioria dos casos, não requer intervenção médica. No entanto, quando o excesso de prepúcio apresenta consequências relevantes e prejudica a sua vida sexual, é preciso comparecer ao urologista.
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