Entenda os efeitos da maconha na vida sexual masculina

dois frascos de vidro com óleo de canabidiol, folhas de cannabis e cápsulas na cor amarelo claro, representando os efeitos da maconha na vida sexual masculina.

Entenda os efeitos da maconha na vida sexual masculina

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Faça a sua Pré-Análise com o Especialista Dr. Paulo Egydio

Os efeitos da maconha na vida sexual masculina ainda não são totalmente compreendidos. Alguns estudos sugerem possíveis impactos positivos e negativos, incluindo alterações na libido, na função erétil e na qualidade do sêmen. Saiba mais.

Os efeitos da maconha na vida sexual masculina ainda são desconhecidos. Os escassos estudos trazem respostas incertas. Enquanto alguns relatam que ajuda a melhorar a experiência sexual, outros apontam que a cannabis afeta a libido masculina, causa disfunção erétil e impacta a qualidade do sêmen. Confira.

O que a ciência diz sobre o uso da maconha e o desempenho sexual?

Para Carl Sagan os efeitos da maconha na vida sexual eram positivos.

O astrônomo, astrofísico, escritor e ativista descreveu no livro Marihuana Reconsidered (Reconsiderando a maconha) que a erva “aumenta o prazer do sexo” e confere uma “sensibilidade requintada”.

Mas será que Sagan estava certo? A ciência ainda não chegou a uma conclusão porque existem poucas pesquisas e os levantamentos são feitos com usuários habituais de diferentes perfis que consomem diferentes dosagens.

Há quem defenda que a maconha melhora o desempenho sexual. A pesquisa The influence of cannabis on sexual functioning and satisfaction, publicada no Journal of Cannabis Research, é um exemplo.

Das 811 pessoas entrevistadas, mais de 70% afirmou que houve aumento do desejo sexual e da intensidade do orgasmo. O prazer também ficou mais intenso na masturbação para 62,5% dos voluntários. A sensibilidade ao toque melhorou para 71%.

Já o estudo The impact of cannabis use on male sexual function: A 10-year, single-center experience, analisa o histórico de pacientes de uma clínica de andrologia entre 2008 e 2017.

Dos 7.809 homens, 993 eram usuários de cannabis e 6.816 não. Quem fuma maconha teve pontuação mais alta nos questionários Sexual Health Inventory for Men (SHIM) e no Androgen Deficiency in the Aging Male (ADAM), que medem, respectivamente, a função erétil e os sintomas de deficiência androgênica do envelhecimento masculino.

vidro embaçado com um sinal de interrogação

Maconha pode melhorar a vida sexual masculina?

Os pesquisadores da já citada pesquisa The influence of cannabis on sexual functioning and satisfaction sugerem que os efeitos relatados podem estar relacionados a fatores psicológicos e expectativas individuais, mais do que a um efeito fisiológico comprovado.

Outra conclusão dessa mesma pesquisa é que os efeitos positivos foram mais nítidos nas mulheres com vaginismo, condição onde os músculos vaginais se contraem durante a penetração.

Quais efeitos indesejados a maconha pode causar na vida sexual masculina?

O uso recreativo da maconha afeta a produção hormonal e este artigo do CEBRID (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) explica a relação entre testosterona e maconha.

A cannabis reduz os níveis do hormônio entre 50-60%. Com menos testosterona, a libido masculina cai e os homens também têm dificuldade de ter ereções.

Disfunção erétil

Além de regular a libido, a testosterona também é importante para a função erétil.

Níveis baixos do hormônio masculino reduzem a quantidade de óxido nítrico. Essa substância dilata os vasos sanguíneos penianos, promovendo o aumento fluxo sanguíneo necessário para a ereção acontecer.

Ejaculação precoce ou retardada

Um dos efeitos da maconha na vida sexual masculina é a ejaculação precoce, condição onde o homem ejacula entre 1 e 2 minutos após a penetração ou antes dela. Segundo a Sociedade Internacional de Medicina Sexual, homens que usam cannabis podem ejacular rápido demais.

A ejaculação retardada, que é a demora para ejacular, também é um efeito colateral. O THC, o principal composto psicoativo da cannabis, pode reduzir a liberação de dopamina, neurotransmissor ligado ao prazer e à motivação. Isso resulta na queda do desejo sexual e diminuição da sensibilidade física e emocional.

Falta de libido

Alguns estudos afirmam que maconha faz mal para a libido masculina. A explicação é que o THC inicialmente gera prazer e euforia. Porém, o uso contínuo pode alterar a capacidade do cérebro em produzir e liberar dopamina. Como a dopamina é um neurotransmissor associado à motivação, recompensa e prazer, usuários de maconha podem ter menos desejo sexual.

Testosterona e maconha: qual o impacto no sistema reprodutor masculino?

Segundo este artigo publicado na National Library of Medicine, a maconha fertilidade masculina. A razão é porque a erva reduz a quantidade e atrapalha a mobilidade dos espermatozoides.

Os autores concluem que mais estudos são necessários para comprovar o impacto da cannabis no sistema reprodutor masculino. Outra ponderação é que os médicos devem considerar isso antes de prescrever terapias de maconha medicinal para homens.

É seguro usar maconha para melhorar o desempenho sexual?

Os efeitos do uso da maconha na saúde sexual ainda não são totalmente conhecidos. Embora alguns relatos indiquem possíveis impactos positivos, há estudos que apontam riscos para a saúde sexual, física e psicológica. Confira:

  1. Redução da motivação sexual;
  2. Dificuldade de concentração;
  3. Ejaculação precoce ou retardada;
  4. Baixa libido;
  5. Disfunção erétil;
  6. Problemas respiratórios;
  7. Risco de câncer principalmente em usuários há mais de 10 anos.

Quando procurar ajuda médica para problemas sexuais relacionados à maconha?

É preciso buscar orientação médica quando houver disfunções como baixa libido, dificuldade em ter ou manter a ereção e problemas de ejaculação.

Caso esteja com alguma disfunção sexual, faça uma pré-análise com o Dr. Paulo Egydio e receba orientações personalizadas para o seu caso.

Médico urologista Dr. Paulo Egydio

PhD especializado pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros científicos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vivo, em congressos no Brasil e Exterior.

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