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Subcoronal ou Penoscrotal? Acesso da prótese peniana

Subcoronal, penoscrotal, infrapúbica e linha média. São quatro vias de acesso possíveis para realizar o implante de prótese peniana que vai tratar a Doença de Peyronie e a curvatura do jovem, e no blog de hoje descobriremos qual é a mais adequada. 

Para isso, vamos contar com a ajuda de um colega e grande nome da cirurgia reconstrutiva peniana, o Dr. Franklin Kuehhas.

De antemão, podemos dizer que a via de acesso mais adequada é definida durante o pré-operatório e que, quando operados com a cirurgia que realiza incisões geométricas para a expansão dos tecidos, seguida da colocação de prótese, os homens raramente recebem as vias de acesso infrapúbica e linha média. 

Vamos entender mais sobre o assunto, mas, primeiro, precisamos fazer a devida apresentação:

Quem é o Dr. Franklin Kuehhas?

Além de ser um bom amigo, o Dr. Franklin Kuehhas é médico austríaco especialista na área de urologia e andrologia. Ele se dedica ao tratamento de doenças complexas, como o Peyronie, curvatura congênita e tratamento cirúrgico da disfunção erétil com prótese peniana

Membro da Sociedade Europeia de Urologia, o doutor já realizou cerca de 2.500 cirurgias e escreveu mais de 80 artigos. Chegamos a trabalhar juntos entre 2012 e 2018, e definitivamente vamos retomar essa colaboração para encontrar soluções para homens que têm a sua vida sexual afetada por uma dessas condições.

Sempre que pode, o profissional vem ao Brasil para aprender mais sobre a cirurgia reconstrutiva peniana. 

Qual a diferença entre subcoronal e penoscrotal?

Conheça quais são e como são feitos os tipos de vias de acesso para prótese peniana atualmente usados ao redor do mundo:

Subcoronal

A pele do pênis é baixada e, após a conclusão dos procedimentos na parte interna do membro, ela é usada para fechar a incisão. 

Subcoronal 2
Figura 1. Incisão Subcoronal

Penoscrotal

Uma pequena incisão é realizada na parte inferior do pênis e no centro da parte superior da bolsa escrotal.

Penoscrotal 2
Figura 2. Incisão Penoscrotal

Infrapúbica

Essa via de acesso é feita em frente ao púbis, acima da base do pênis.

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Figura 3. Incisão Infrapúbica

Linha média

Extensa, a incisão é feita no sentido vertical por toda a haste peniana, inclusive na glande, fazendo com que os tecidos fiquem na lateral da haste durante o procedimento. 

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Figura 4. Incisão na Linha Média

Qual é a melhor via de acesso?

A via de acesso contribui para o resultado cirúrgico. Ela é essencial para retificar o pênis, oferecer o melhor volume peniano (tamanho e calibre) e permitir a colocação de um implante compatível com a nova estrutura peniana – após a reconstrução.

Na opinião do Dr. Kuehhas, a subcoronal é a incisão preferida para os casos de tratamento cirúrgico das fibrosas da Doença de Peyronie, curvatura congênita e disfunção erétil.

Ela oferece uma melhor exposição das estruturas penianas, particularmente da túnica  albugínea, pois, dessa forma, pode-se, por exemplo, mobilizar o feixe neurovascular, a uretra e fazer todas as manobras adjuvantes necessárias para o implante ou para a correção de uma curvatura no pênis. 

Contudo, não há um melhor acesso para todos! É sempre obrigatória a avaliação prévia por um cirurgião especializado. O aprimoramento e a troca de experiência do médico responsável conta muito para essa decisão. 

Qual é o risco da via de acesso subcoronal? 

Essa via de acesso para implante de prótese peniana não está associada a um alto risco de infecções, complicações nem perda de sensibilidade peniana. 

O convidado destaca que, independente da abordagem utilizada, o conhecimento da anatomia do pênis é a base para uma cirurgia bem sucedida. 

Existem camadas mais profundas em que o cirurgião não deve tocar porque, se houver interferência nos nervos, o homem perderá as sensações no membro. Como a incisão é feita em uma face superficial – a mesma da cirurgia de fimose -, a via de acesso subcoronal não é prejudicial. 

Como a abordagem subcoronal dá mais visibilidade ao cirurgião, isso facilita a cirurgia e minimiza os riscos. 

Quando usar a via de acesso subcoronal ou penoscrotal?

Durante o 37º Congresso Anual da Sociedade Europeia de Urologia, realizado em 2022 em Amsterdã, o Dr. Paulo Egydio ministrou uma aula e apresentou a melhor abordagem cirúrgica na via de acesso considerando 11 especificidades observadas comumente nos pacientes. 

A via de acesso subcoronal ou penoscrotal são as mais resilientes, mas a incisão subcoronal mostrou ser adequada para um maior número de casos (8 de 11, versus 5 de 11 para a penoscrotal). Vamos conhecer que situações são essas:

Via de acesso subcoronal

  • Deformidade peniana com curvatura, afinamento e perda de tamanho para fibroses na região distal ou proximal;
  • Encurtamento peniano;
  • Circuncisão;
  • Aprimoramento da relação tamanho X calibre;
  • Em reoperações motivadas por mau posicionamento da ponta do cilindro ou risco de extrusão;
  • Glanspexia e hipermobilidade da glande;
  • Camada adiposa suprapúbica;
  • Associação de implante a sling ou esfíncter.

Via de acesso penoscrotal

  • Deformidade peniana com curvatura, afinamento e perda de tamanho para fibroses na região proximal;
  • Camada adiposa suprapúbica;
  • Associação de implante a sling ou esfíncter;
  • Fáscia de Dartos anormal, com condição fibrótica persistente após múltiplas cirurgias;
  • Cirurgia de tecido escrotal.

Como fica o pênis após a prótese?

Muitos homens que estão prestes a passar pelo procedimento cirúrgico se preocupam como ficará a aparência do pênis no futuro. 

Rigidez

Seja pela via de acesso subcoronal ou penoscrotal, depois de realizar a cirurgia para tratar o pênis torto e inserir a prótese peniana, o paciente vai ter um membro totalmente funcional. 

Quando falamos na funcionalidade peniana, quer dizer que ele vai ter rigidez e firmeza para penetrar a(o) parceira(o) na hora H. 

Alinhamento, tamanho e calibre

O membro definitivamente ficará mais reto do que estava antes do procedimento. Se houver perda de tamanho ou afinamentos, você perceberá que essas características serão recuperadas ao máximo, e podem ficar bem semelhantes a um pênis que nunca foi afetado pela enfermidade. 

Glande 

Para a glande, ao utilizar um implante de tamanho adequado ao pênis reconstruído, o cirurgião evita que ela fique caída. A prótese é alocada no interior da glande, garantindo o suporte e a fixação necessária.

Cicatriz

Além disso, quando a cirurgia é realizada com a técnica baseada em princípios geométricos e que dispensa o uso de enxerto, a cicatriz é muito pequena e discreta, pois optamos, na maioria dos casos, pela incisão subcoronal. Há pacientes que sequer ficam com marcas! No entanto, leva alguns alguns meses para que a cicatrização se complete e o processo vai depender de fatores como idade, alimentação, imunidade e higienização do pênis, bem como o organismo de cada homem. 

Temperatura

O paciente não sentirá diferença em relação à temperatura peniana. Como a camada por onde passam os vasos é preservada no intra-cirúrgico, a irrigação sanguínea, responsável por deixar o membro aquecido, é mantida. Dessa forma, um pênis com prótese peniana, quando ereto, não ficará gelado. 

Se você gostou desse conteúdo, não deixe de visitar o nosso blog nos próximos dias. O Dr. Franklin Kuehhas vai ajudar a dar novas explicações sobre o método de tratamento para condições como Doença de Peyronie e disfunção erétil. 

Tem alguma dúvida sobre a via de acesso subcoronal ou penoscrotal, ou, ainda, precisa de atendimento para tratar as doenças que mencionamos? Fale conosco clicando no botão abaixo. Estamos prontos para te ajudar a recuperar a sua vida sexual.

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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