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Fase aguda da doença de Peyronie: homem branco sentado no sofá com uma expressão de preocupação. Ele é branco, veste camiseta branca, camisa jeans por cima e calça clara.

Fase aguda da doença de Peyronie: conheça os tratamentos disponíveis

As opções de tratamento para a fase aguda da doença de Peyronie abrangem o uso de medicamentos, terapias, injeções e, em casos graves, cirurgia reparadora.

A doença de Peyronie é uma condição que afeta o tecido do pênis, resultando em curvatura anormal durante a ereção. 

Na sua fase aguda, também chamada de fase inflamatória, os sintomas dessa condição podem ser intensos e impactar negativamente a qualidade de vida do paciente. 

Para aprofundar melhor esse assunto, neste artigo, eu explico em detalhes a fase aguda da doença de Peyronie e aponto alguns dos principais tratamentos disponíveis para enfrentá-la.

Afinal, compreender os diferentes métodos terapêuticos é essencial para buscar o tratamento adequado e melhorar os sintomas, restaurando a funcionalidade peniana e o seu bem-estar.

Fique comigo até o fim para absorver algumas informações importantes!

Veja também: Doença de Peyronie: causas e como tratar a curvatura peniana

As principais características da fase aguda da doença de Peyronie

A fase aguda da doença de Peyronie é caracterizada pelo surgimento repentino de alguns sintomas específicos que indicam que a progressão da doença está mais rápida que o normal, daí o nome “aguda”.

A inflamação ocorre devido à formação de placas fibrosas no tecido do pênis, que, se não tratadas, podem levar à deformação do órgão. 

Por fim, a junção entre a inflamação e o processo de cicatrização resultam em sintomas mais intensos nessa fase inicial da doença, como:

  • Dor durante ereções;
  • Aparecimento de algum desvio no formato do pênis;
  • Aparecimento de deformações, como depressões unilaterais ou afinamentos no corpo do órgão;
  • Surgimento de caroços que possam ser apalpados quando o pênis estiver flácido.

Na maioria das vezes, o sintoma mais evidente da fase inflamatória da Peyronie é a dor à ereção. Quando o paciente se queixa desse sintoma, fica mais fácil detectar a condição.

Quando esse sinal não é detectado facilmente, o autoexame é a forma mais adequada de se buscar um diagnóstico precoce, que é essencial para um bom prognóstico da doença.

Leia também: Como saber se tenho Peyronie? Conheça os estágios da doença

Quanto tempo a fase aguda da doença de Peyronie pode durar?

A duração da fase aguda da doença de Peyronie pode variar de pessoa para pessoa, mas, em geral, essa fase pode durar de seis meses a cerca de um ano. 

Durante esse período, os sintomas podem ser mais intensos e a curvatura peniana pode se agravar, a depender de cada caso. 

Por esse motivo, é importante buscar orientação médica para um diagnóstico adequado e o início dos tratamentos assim que os primeiros sintomas aparecem.

Até quantos graus o pênis pode curvar nessa fase?

Na fase aguda da doença de Peyronie, a curvatura peniana pode variar consideravelmente, desde curvaturas leves até as mais acentuadas, podendo chegar a ângulos superiores a 90 graus em alguns casos mais graves. 

É importante destacar que a curvatura peniana na doença de Peyronie pode ser progressiva ao longo do tempo, daí a importância de buscar orientação médica para um diagnóstico adequado e tratamento oportuno.

Diferenças entre as fases da doença de Peyronie

A doença de Peyronie é caracterizada por duas fases distintas: aguda e crônica. Na fase aguda, há o surgimento repentino de sintomas, como dor e curvatura peniana anormal.

Já na fase crônica, os sintomas podem se estabilizar ou diminuir, mas as placas fibrosas já estão formadas e a curvatura peniana se torna mais estável, podendo persistir a longo prazo. 

O tratamento varia em cada fase, com abordagens mais direcionadas à inflamação e cicatrização na fase aguda e focadas na correção da curvatura na fase crônica.

Como tratar a fase aguda da doença de Peyronie?

Fase aguda da doença de Peyronie: duas cartelas de remédios, nas cores rosa e marsala.

Os tratamentos para a fase aguda da doença de Peyronie servem para evitar a evolução do quadro e a futura necessidade de cirurgia.

Antes de qualquer prescrição, eu converso com os meus pacientes e recomendo que eles mantenham alguns cuidados com o pênis, caso apresentem algum sintoma de inflamação.

Como exemplo, não é indicado forçar o órgão durante o ato sexual, com a prática de certas posições e o emprego de esforço na hora de fazer a penetração, entre outras coisas.

A partir daí, realizo uma análise do quadro do paciente e prescrevo o tratamento adequado, que pode ser um ou mais dos que descrevo abaixo.

Leia também: Colchicina e vitamina E: Remédio para a Doença de Peyronie

Administração de anti-inflamatórios por via oral

O tratamento com uso de medicação anti-inflamatória por via oral serve para eliminar a dor e tratar o tecido peniano afetado pela Peyronie.

No entanto, esse tratamento não é feito sozinho. Geralmente, o paciente deve fazer uso da medicação junto a outros métodos, como fisioterapia e mudança de comportamento sexual.

Leia também: Doença de Peyronie: tratamento medicamentoso ou cirurgia?

Uso de pomadas específicas

Em casos menos graves de inflamação provocada pela doença de Peyronie, pode ser indicado apenas o uso de pomadas para combate à inflamação.

Ao penetrar nas camadas da pele do pênis, os princípios ativos desses medicamentos de uso tópico agem no combate à forma de tecido cicatricial na área.

Entretanto, o uso de pomadas para o tratamento da fase inflamatória da doença é controverso, pois nem todas as pomadas são realmente efetivas.

Injeções

As injeções penianas também são uma forma de tratar a fase aguda da doença de Peyronie.

Nesse método são usadas substâncias como Verapamil, Interferon e Colagenase (Xiaflex), que são enzimas utilizadas para quebrar o tecido fibroso e devolver a elasticidade ao pênis.

Geralmente as injeções são aplicadas no local exato da fibrose peniana, sendo necessário aplicar anestesia local antes da injeção, a fim de evitar o desconforto do paciente.

Além disso, na maioria dos casos são necessárias várias sessões de injeção para que haja algum resultado.

Fisioterapia com tração

Em algumas situações, a fase aguda da doença de Peyronie também requer a realização de fisioterapias com tração, realizadas diretamente no corpo do pênis.

Esse tipo de fisioterapia pode ser feito tanto com a movimentos realizados com a mão, quanto com o uso de aparelhos especiais, como a famosa bomba de vácuo.

O objetivo é evitar que a cicatrização das inflamações ocorridas no pênis provoque a retração do órgão, gerando a curvatura característica da doença de Peyronie.

Terapia com ondas de choque de baixa intensidade e células-tronco

Quando o tecido fibroso já está se formando no pênis inflamado pela Peyronie, a administração de uma terapia de choque pode ser considerada, bem como o uso de células-tronco em tratamentos mais complexos.

De toda forma, destaco que esses tratamentos ainda estão em estudo e não se sabe ao certo qual será o protocolo de aplicação mais indicado para eles nem se eles têm real eficácia.

Cirurgia para reparar a curvatura peniana

Em casos mais graves, quando a fase inflamatória da doença de Peyronie evolui sem dar muitos sinais, o paciente pode chegar ao consultório já apresentando algum grau de curvatura ou deformidade no pênis.

Nesses casos, a única saída pode ser a realização de uma cirurgia para reparação dos danos. Essa cirurgia é geralmente bem específica para o caso apresentado.

Contudo, devo destacar que, geralmente, a cirurgia não é um método de tratamento indicado para a fase aguda da doença de Peyronie.

Caso não precise realmente dessa intervenção, o paciente deverá ser submetido a outros métodos não invasivos.

Consequências psicológicas da doença de Peyronie

Como você já deve imaginar, a doença de Peyronie pode ter várias consequências psicológicas significativas para os indivíduos afetados. 

A curvatura peniana anormal e as alterações na função erétil provocadas pela doença podem levar a problemas de autoimagem, baixa autoestima, ansiedade e depressão. 

Isso porque a dificuldade em manter relações sexuais satisfatórias pode afetar negativamente a intimidade e o relacionamento com a parceira (o). 

Por tudo isso, é essencial que o paciente tenha suporte psicológico adequado juntamente com o tratamento médico para lidar com essas questões emocionais.

A importância de fazer um diagnóstico precoce

É de extrema importância fazer um diagnóstico precoce da doença de Peyronie.

Inclusive, esse diagnóstico passa obrigatoriamente pela identificação correta da fase inflamatória da doença, que é o seu estágio inicial.

Portanto, se você sentir dor durante a ereção ou notar alguma deformidade no seu pênis, como achatamento em alguma área, afinamento ou até mesmo algum grau de curvatura, procure um urologista o mais rápido possível.

Se além desses sintomas você notar algum distúrbio penetrativo, como disfunção erétil ou o pênis escapando durante o ato sexual, a urgência é ainda maior.

Ficou alguma dúvida sobre a fase aguda da doença de Peyronie?

Se sim, não deixe de entrar em contato comigo pelo meu WhatsApp ou pelo direct do Instagram. Não se esqueça, estamos juntos!

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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