As opções de tratamento para a fase aguda da doença de Peyronie abrangem o uso de medicamentos, terapias, injeções e, em casos graves, cirurgia reparadora.
A doença de Peyronie é uma condição que afeta o tecido do pênis, resultando em curvatura anormal durante a ereção.
Na sua fase aguda, também chamada de fase inflamatória, os sintomas dessa condição podem ser intensos e impactar negativamente a qualidade de vida do paciente.
Para aprofundar melhor esse assunto, neste artigo, eu explico em detalhes a fase aguda da doença de Peyronie e aponto alguns dos principais tratamentos disponíveis para enfrentá-la.
Afinal, compreender os diferentes métodos terapêuticos é essencial para buscar o tratamento adequado e melhorar os sintomas, restaurando a funcionalidade peniana e o seu bem-estar.
Fique comigo até o fim para absorver algumas informações importantes!
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As principais características da fase aguda da doença de Peyronie
A fase aguda da doença de Peyronie é caracterizada pelo surgimento repentino de alguns sintomas específicos que indicam que a progressão da doença está mais rápida que o normal, daí o nome “aguda”.
A inflamação ocorre devido à formação de placas fibrosas no tecido do pênis, que, se não tratadas, podem levar à deformação do órgão.
Por fim, a junção entre a inflamação e o processo de cicatrização resultam em sintomas mais intensos nessa fase inicial da doença, como:
- Dor durante ereções;
- Aparecimento de algum desvio no formato do pênis;
- Aparecimento de deformações, como depressões unilaterais ou afinamentos no corpo do órgão;
- Surgimento de caroços que possam ser apalpados quando o pênis estiver flácido.
Na maioria das vezes, o sintoma mais evidente da fase inflamatória da Peyronie é a dor à ereção. Quando o paciente se queixa desse sintoma, fica mais fácil detectar a condição.
Quando esse sinal não é detectado facilmente, o autoexame é a forma mais adequada de se buscar um diagnóstico precoce, que é essencial para um bom prognóstico da doença.
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Quanto tempo a fase aguda da doença de Peyronie pode durar?
A duração da fase aguda da doença de Peyronie pode variar de pessoa para pessoa, mas, em geral, essa fase pode durar de seis meses a cerca de um ano.
Durante esse período, os sintomas podem ser mais intensos e a curvatura peniana pode se agravar, a depender de cada caso.
Por esse motivo, é importante buscar orientação médica para um diagnóstico adequado e o início dos tratamentos assim que os primeiros sintomas aparecem.
Até quantos graus o pênis pode curvar nessa fase?
Na fase aguda da doença de Peyronie, a curvatura peniana pode variar consideravelmente, desde curvaturas leves até as mais acentuadas, podendo chegar a ângulos superiores a 90 graus em alguns casos mais graves.
É importante destacar que a curvatura peniana na doença de Peyronie pode ser progressiva ao longo do tempo, daí a importância de buscar orientação médica para um diagnóstico adequado e tratamento oportuno.
Diferenças entre as fases da doença de Peyronie
A doença de Peyronie é caracterizada por duas fases distintas: aguda e crônica. Na fase aguda, há o surgimento repentino de sintomas, como dor e curvatura peniana anormal.
Já na fase crônica, os sintomas podem se estabilizar ou diminuir, mas as placas fibrosas já estão formadas e a curvatura peniana se torna mais estável, podendo persistir a longo prazo.
O tratamento varia em cada fase, com abordagens mais direcionadas à inflamação e cicatrização na fase aguda e focadas na correção da curvatura na fase crônica.
Como tratar a fase aguda da doença de Peyronie?
Os tratamentos para a fase aguda da doença de Peyronie servem para evitar a evolução do quadro e a futura necessidade de cirurgia.
Antes de qualquer prescrição, eu converso com os meus pacientes e recomendo que eles mantenham alguns cuidados com o pênis, caso apresentem algum sintoma de inflamação.
Como exemplo, não é indicado forçar o órgão durante o ato sexual, com a prática de certas posições e o emprego de esforço na hora de fazer a penetração, entre outras coisas.
A partir daí, realizo uma análise do quadro do paciente e prescrevo o tratamento adequado, que pode ser um ou mais dos que descrevo abaixo.
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Administração de anti-inflamatórios por via oral
O tratamento com uso de medicação anti-inflamatória por via oral serve para eliminar a dor e tratar o tecido peniano afetado pela Peyronie.
No entanto, esse tratamento não é feito sozinho. Geralmente, o paciente deve fazer uso da medicação junto a outros métodos, como fisioterapia e mudança de comportamento sexual.
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Uso de pomadas específicas
Em casos menos graves de inflamação provocada pela doença de Peyronie, pode ser indicado apenas o uso de pomadas para combate à inflamação.
Ao penetrar nas camadas da pele do pênis, os princípios ativos desses medicamentos de uso tópico agem no combate à forma de tecido cicatricial na área.
Entretanto, o uso de pomadas para o tratamento da fase inflamatória da doença é controverso, pois nem todas as pomadas são realmente efetivas.
Injeções
As injeções penianas também são uma forma de tratar a fase aguda da doença de Peyronie.
Nesse método são usadas substâncias como Verapamil, Interferon e Colagenase (Xiaflex), que são enzimas utilizadas para quebrar o tecido fibroso e devolver a elasticidade ao pênis.
Geralmente as injeções são aplicadas no local exato da fibrose peniana, sendo necessário aplicar anestesia local antes da injeção, a fim de evitar o desconforto do paciente.
Além disso, na maioria dos casos são necessárias várias sessões de injeção para que haja algum resultado.
Fisioterapia com tração
Em algumas situações, a fase aguda da doença de Peyronie também requer a realização de fisioterapias com tração, realizadas diretamente no corpo do pênis.
Esse tipo de fisioterapia pode ser feito tanto com a movimentos realizados com a mão, quanto com o uso de aparelhos especiais, como a famosa bomba de vácuo.
O objetivo é evitar que a cicatrização das inflamações ocorridas no pênis provoque a retração do órgão, gerando a curvatura característica da doença de Peyronie.
Terapia com ondas de choque de baixa intensidade e células-tronco
Quando o tecido fibroso já está se formando no pênis inflamado pela Peyronie, a administração de uma terapia de choque pode ser considerada, bem como o uso de células-tronco em tratamentos mais complexos.
De toda forma, destaco que esses tratamentos ainda estão em estudo e não se sabe ao certo qual será o protocolo de aplicação mais indicado para eles nem se eles têm real eficácia.
Cirurgia para reparar a curvatura peniana
Em casos mais graves, quando a fase inflamatória da doença de Peyronie evolui sem dar muitos sinais, o paciente pode chegar ao consultório já apresentando algum grau de curvatura ou deformidade no pênis.
Nesses casos, a única saída pode ser a realização de uma cirurgia para reparação dos danos. Essa cirurgia é geralmente bem específica para o caso apresentado.
Contudo, devo destacar que, geralmente, a cirurgia não é um método de tratamento indicado para a fase aguda da doença de Peyronie.
Caso não precise realmente dessa intervenção, o paciente deverá ser submetido a outros métodos não invasivos.
Consequências psicológicas da doença de Peyronie
Como você já deve imaginar, a doença de Peyronie pode ter várias consequências psicológicas significativas para os indivíduos afetados.
A curvatura peniana anormal e as alterações na função erétil provocadas pela doença podem levar a problemas de autoimagem, baixa autoestima, ansiedade e depressão.
Isso porque a dificuldade em manter relações sexuais satisfatórias pode afetar negativamente a intimidade e o relacionamento com a parceira (o).
Por tudo isso, é essencial que o paciente tenha suporte psicológico adequado juntamente com o tratamento médico para lidar com essas questões emocionais.
A importância de fazer um diagnóstico precoce
É de extrema importância fazer um diagnóstico precoce da doença de Peyronie.
Inclusive, esse diagnóstico passa obrigatoriamente pela identificação correta da fase inflamatória da doença, que é o seu estágio inicial.
Portanto, se você sentir dor durante a ereção ou notar alguma deformidade no seu pênis, como achatamento em alguma área, afinamento ou até mesmo algum grau de curvatura, procure um urologista o mais rápido possível.
Se além desses sintomas você notar algum distúrbio penetrativo, como disfunção erétil ou o pênis escapando durante o ato sexual, a urgência é ainda maior.
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