A disfunção erétil psicogênica existe, e é mais comum do que você imagina. Talvez você mesmo já tenha apresentado essa condição na hora H, que pode acontecer com qualquer um.
Além da disfunção erétil orgânica – que está associada a causas físicas como problemas cardiovasculares, desequlíbrio hormonal, fibroses no pênis, entre outros fatores – temos a a dificuldade para ter/manter uma boa ereção motivada por questões psicológicas.
Casos como esse necessitam ser cuidados por dois profissionais: um urologista e um sexólogo. Cada um vai contribuir com a sua experiência para que o paciente tenha uma vida sexual prazerosa.
Para entender como esse trabalho multidisciplinar é feito, leia a seguir o post em parceria com a sexóloga Lu Cabral, que há anos se especializou em sexualidade e vem ajudando seus pacientes a lidar com desafios como esse.
Como funciona a ereção?
A fisiologia da ereção masculina se baseia na vasodilatação.
Quando um estímulo sexual chega ao cérebro do homem, o sistema nervoso envia sinais para as artérias na região do pênis se dilatarem, permitindo um aumento do fluxo sanguíneo dentro dos corpos cavernosos.
Essa pressurização é fundamental para que o homem tenha resistência vertical para o ato penetrativo, de forma a ter uma ereção rígida e duradoura durante toda a relação.
Para que essa pressurização aconteça, uma condição psicológica adequada é fundamental. Estresse, ansiedade, medo, problemas no relacionamento e muitos outros fatores podem comprometer o psicológico.
O que é a disfunção erétil psicogênica?
Dizemos que a disfunção erétil que tem origem em fatores psicológicos e emocionais é a disfunção erétil psicogênica.
Leia mais: Conheça os tipos de disfunção erétil
Quem apresenta disfunção erétil psicogênica não tem, necessariamente, um problema físico no pênis, como fibroses, deformidades ou má vascularização. A dificuldade de ter e/ou manter a ereção vem de fatores emocionais subjacentes.
Em muitas vezes, a disfunção erétil é temporária. Ela pode ir embora à medida que as questões psicológicas são tratadas ou resolvidas.
Quais as causas da disfunção erétil psicogênica?
As causas emocionais da disfunção erétil variam.
Para alguns homens, preocupações excessivas com o desempenho na hora H podem levar a uma certa ansiedade que interfere na capacidade de obter ou manter a ereção.
Para outros, estresse com o trabalho, finanças, família e afins podem afetar a função erétil.
Homens que vivem com a depressão ou que tiveram experiências traumáticas anteriores (como abuso sexual ou relacionamentos tóxicos) também tendem a ter mais dificuldade de conseguir uma ereção de qualidade.
Em outros casos, ainda, conflitos do casal podem impedir que o homem esteja focado na hora H e, consequentemente, não consiga se erotizar.
Existem, ainda, casos em que o paciente questiona a própria sexualidade. Dessa forma, ele também terá ansiedades e medos que levam à disfunção erétil psicogênica.
Homens diagnosticados com outros transtornos psicológicos, como transtornos de ansiedade, transtornos de estresse pós-traumático e afins também podem experimentar alguma dificuldade para ter uma boa ereção.
Como o diagnóstico da disfunção erétil é feito?
O papel do urologista é entender como está a fisiologia peniana, buscando causa orgânica para a disfunção erétil.
Para investigar o caso, o médico vai induzir uma ereção com o auxílio de um medicamento injetável no pênis e da ultrassonografia com Doppler. Assim, ele poderá conferir como está a vasodilatação, como é o fluxo de entrada de sangue a cada batimento do coração e analisar o cilindro pressurizado.
Leia mais: Conheça os exames para disfunção erétil
Caso alguma dessas características esteja comprometida, estamos falando de uma disfunção orgânica.
Além disso, na investigação do urologista, é preciso avaliar a relação tamanho e calibre do pênis. Quanto mais longo o pênis, mais calibroso ele precisa ser para ter resistência vertical.
Se essa resistência estiver prejudicada – por exemplo, por causa de afinamentos típicos da Doença de Peyronie -, a disfunção erétil também é considerada orgânica.
O diagnóstico de causa física é muito evidente, o que facilita o trabalho do urologista.
Porém, mesmo com o diagnóstico de disfunção erétil orgânica, o paciente ainda pode apresentar a disfunção erétil psicogênica – por isso, é aconselhável atuar em conjunto com um sexólogo para tratar.
Como o diagnóstico da disfunção erétil psicogênica é feito?
É muito importante diferenciar a disfunção erétil psicogênica da disfunção erétil orgânica. Em casos em que o paciente ainda apresenta ereções noturnas e involuntárias, dificilmente quer dizer que há alguma questão orgânica dificultando a ereção.
Por isso, além de se consultar com um urologista, é fundamental que o homem visite um sexólogo – e vice-versa.
Esse profissional vai investigar a vida do paciente para saber em qual momento as disfunções sexuais começaram e o que pode ter desencadeado o problema, e, ainda, entender o seu estilo de vida.
Lembre-se que a disfunção erétil psicológica em jovens também é comum. Questões como sexualidade, consumo de álcool e drogas e ansiedade podem atrapalhar a hora H.
Tratamento para disfunção erétil psicogênica
Um tratamento multidisciplinar, com um urologista e um sexólogo, permite que o paciente tenha acesso a um tratamento completo e adequado para a dificuldade ou impossibilidade de ereção.
O sexólogo vai ajudar o paciente a partir de uma abordagem psicológica para solucionar problemas emocionais que estejam impactando na hora H.
Algumas abordagens possíveis são:
- Terapia (individual ou para o casal)
- Aconselhamento
- Terapia sexual
O sexólogo também pode indicar uma mudança no estilo de vida, com a adoção de prática de exercícios regulares, uma dieta equilibrada e um bom gerenciamento do estresse. Isso pode ajudar a melhorar a saúde e, consequentemente, a disfunção erétil.
Algumas vezes, em poucas sessões, é possível deixar o paciente em uma situação psicológica mais confortável para a hora H.
Em paralelo ao trabalho do sexólogo, principalmente enquanto ainda não é possível obter uma ereção de boa qualidade, o urologista pode prescrever alguns medicamentos.
Há opções orais, como Sildenafila e Tadalafila, e injetáveis. Eles melhoram a vasodilatação peniana e, portanto, contribuem para a ereção.
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Conforme o trabalho com o sexólogo avança, com a resolução das questões psicológicas, e o paciente adquire confiança para a hora H, a medicação pode ser suprimida.
Se você se identificou com esse conteúdo, não deixe de assistir ao vídeo a seguir, em que a sexóloga Lu Cabral e o Dr. Paulo Egydio dão ainda mais detalhes sobre o tema.
Para receber toda a ajuda que precisa para enfrentar a disfunção erétil, não deixe de entrar em contato conosco.