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Imagem representando instrumentos de cirurgia de próstata

Como é feita a cirurgia da próstata? Saiba as consequências!

As cirurgias pélvicas são procedimentos que buscam solucionar problemas de câncer na bexiga, no reto e na próstata. Essas cirurgias podem provocar lesões nos nervos do pênis que resultam em problemas de saúde como a disfunção erétil e a incontinência urinária.

Neste blog você vai saber um pouco mais sobre as cirurgias pélvicas chamadas de: cistectomia radical, ressecção abdominoperineal e prostatectomia radical. Também irá conhecer os tratamentos possíveis para as consequências causadas por tais procedimentos.

  • Cistectomia Radical

Cistectomia Radical é uma cirurgia pélvica para remoção total da bexiga em casos de câncer. Esse tumor pode comprometer a parede da bexiga em vários locais, o que pode tornar necessário o desenvolvimento de um novo órgão – ou neobexiga-, utilizando como matéria prima parte do intestino.

Existe também a possibilidade de ser uma cistoprostatectomia radical, cirurgia necessária em casos em que os tumores da bexiga afetam a próstata. Logo, ambas são retiradas.

  • Ressecção Abdominoperineal

Ressecção Abdominoperineal é indicada quando o paciente tem um tumor de reto que ameaça a bexiga ou a próstata. Essa cirurgia pode remover o reto, a bexiga, a próstata e parte do períneo. Como trata-se da remoção do reto, é feita uma colostomia, onde o paciente passa a fazer suas necessidades fisiológicas diretamente dentro de duas bolsas distintas. Por ser uma cirurgia pélvica também existem possibilidades de resultar em graus de disfunção erétil.

  • Prostatectomia Radical

O câncer de próstata é o segundo tipo da doença mais comum entre homens no Brasil. Trata-se de um tumor que afeta a próstata, uma glândula do tamanho de uma noz localizada abaixo da bexiga, que produz o líquido seminal responsável por transportar o esperma e nutri-lo.

A cirurgia de prostatectomia radical remove a glândula junto com as vesículas seminais- ambas localizadas acima da próstata, entre a bexiga e o reto. Trata-se de uma cirurgia que retira totalmente o tumor e que pode trazer consequências como a Incontinência Urinária e a Disfunção Erétil, ambas tratáveis e podem ser feitas em conjunto em uma mesma cirurgia.

Os nervos responsáveis pela ereção são muito finos,  passam próximos à bexiga e estão localizados na parte de trás do pênis. Esses nervos são responsáveis por relaxar os vasos sanguíneos e gerar uma pressão no cilindro do pênis para que a ereção e a rigidez necessária para penetração aconteçam. A remoção total da próstata pode lesioná-los, de forma parcial ou total, podendo resultar em disfunção erétil de grau leve, moderada ou severa.

*É importante primeiro solucionar o câncer e depois buscar tratamentos para as sequelas que ela deixa, para que o paciente viva feliz, sem a doença e com boa autoestima.

Como solucionar a Incontinência Urinária

Além da probabilidade de Disfunção Erétil, tais cirurgias podem resultar, também, em Incontinência Urinária, pois o esfíncter da uretra passa bem próximo ao reto e a bexiga. A remoção desses órgãos pode enfraquecer o esfíncter que é responsável por fechar a uretra para que não se perca a urina ao realizar esforços físicos como levantar peso, tossir ou até mesmo sorrir.

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Mas há solução para a incontinência!  O paciente é encaminhado para a fisioterapia, onde o fisioterapeuta irá orientá-lo a fazer os exercícios necessários corretamente para o fortalecimento desse músculo. É como ir para a academia fortalecer os braços, mas, nesse caso, o foco é fortalecer a uretra. Em algumas ocasiões, essa “musculação” não soluciona o problema por completo mas melhora seus efeitos.

Se a lesão esfincteriana for aguda, a perda de força for alta e a fisioterapia não resolver, existem outros métodos como o sling, que pressiona a uretra. Assemelha-se ao aparelho utilizado para aferir a pressão.

Também é possível realizar o tratamento com o uso de um esfíncter artificial de silicone que envolve a uretra e diminui os danos causados pelas cirurgias pélvicas, auxiliando o paciente a solucionar a incontinência urinária.

É possível reabilitar o pênis e solucionar a Disfunção Erétil

As ereções noturnas, que nem sempre estamos acordados para observá-las, são de extrema importância para a saúde do pênis, elas servem para oxigenar os tecidos penianos.

As cirurgias de que falamos anteriormente podem acabar com essas ereções, pois a ação cerebral durante o sono não transmite o comando necessário através do nervo para que uma ereção aconteça.

Todo o tecido peniano que tem menor oxigenação e menor fluxo sanguíneo é passível de desenvolver fibroses com consequente redução do pênis, podendo também resultar em afinamento e perda da função erétil.

  • Uso de remédios e Injeções Intracavernosas

A solução para a disfunção erétil varia do grau em que ela se encontra. Em casos mais leves, o tratamento medicamentoso oral pode solucionar o problema.

Caso os nervos tenham sido afetados, os comprimidos podem não funcionar e o tratamento com o uso de injeções penianas passam a ser uma possibilidade. Com este tratamento a ação vasodilatadora e oxigenação peniana é direta, ou seja, não precisa do contato cerebral.

Porém, é importante que todos os prós e contras existentes na opção desse tratamento sejam expostos pelo médico urologista que acompanha o paciente, pois, o uso inadequado da injeção intracavernosa pode trazer resultados desagradáveis, como por exemplo, o priapismo.

Escrevi um blog em que abordo os prós e contras do uso das injeções penianas para solucionar a Disfunção Erétil, que você pode ler clicando aqui.

  • Reposição de Testosterona

Alguns médicos recomendam a reposição de testosterona para os pacientes com câncer de próstata. Porém, repor o hormônio só é possível caso um exame de sangue denuncie que seu nível está baixo. Além disso, o paciente com câncer de próstata só pode cogitar o uso de reposição hormonal caso tenha sido curado da doença.

Vale lembrar que quem produz a testosterona são os testículos e não a próstata, então, a remoção da glândula não afeta a produção do hormônio.

O que fazer caso a reabilitação não funcione

Ao tratar-se de uma disfunção em que nenhuma das soluções anteriores foram descartadas, é preciso optar por um tratamento cirúrgico que visa erradicar o problema diretamente na raiz.

A cirurgia de reconstrução peniana visa solucionar sintomas como: afinamento, diminuição de tamanho, curvatura causada por fibroses e perda de calibre. Junto com a reconstrução pode ser indicado o uso de uma prótese peniana que irá garantir a firmeza necessária para o ato sexual.

A reconstrução é feita com múltiplos cortes que permitem a expansão dos tecidos vasculares. O sentido dessas incisões são calculados a partir da necessidade de correção do pênis: para corrigir tamanho são realizadas incisões horizontais que permitem que o pênis chegue ao seu tamanho máximo respeitando o limite dos nervos; para corrigir o calibre são realizadas incisões verticais que permitem que o pênis seja expandido.

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Escrevi um blog onde explico melhor quais as técnicas utilizadas para reconstrução peniana que você pode ler clicando aqui.

É importante ressaltar que os nervos responsáveis pela sensibilidade da glande, chamados de Pudendo não são atingidos na cirurgia de próstata. Isso porque ele está localizado na parte superior do pênis, sentido contrário aos nervos que podem causar incontinência urinária, localizados perto da bexiga. A reconstrução peniana é realizada na túnica albugínea, logo, não danifica os nervos responsáveis pela sensibilidade do pênis.

O paciente que fez a cirurgia de remoção da próstata continua tendo orgasmos, mas, pela retirada das vesículas seminais e do órgão esse paciente perde a ejaculação. Logo, pode ter orgasmos com o pênis flácido ou “secos”, onde não há liberação de esperma.

A dissociação entre orgasmos e ejaculações é solucionada na cirurgia de reconstrução peniana com uso de prótese peniana. Esse procedimento permite que o paciente volte a ter ereção e orgasmo através da recuperação da firmeza do pênis e seu tamanho.

É fundamental que você saiba que as cirurgias da próstata e cirurgias pélvicas causam problemas de disfunção mas que existem tratamentos possíveis para solucionar essas intempéries. Se você fez alguma cirurgia ou tem dúvidas sobre como solucionar a disfunção erétil entre em contato comigo e com a minha equipe através do WhatsApp e lhe ajudaremos a recuperar a sua saúde sexual e autoestima.

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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