Pênis pequeno existe? Descubra quando se preocupar com o tamanho do órgão

Jardim ao fundo com grama, mato e terra e em primeio plano imagem de anão de gesso. Ele tem barba branca grande, bigode e sobrancelhas brancas, usa um casaco marrom e está com um braço apoiado numa estrutura lateral e o outro na cintura. Representa o pênis pequeno.

Pênis pequeno existe? Descubra quando se preocupar com o tamanho do órgão

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Segundo estudos, um pênis pequeno em relação à média brasileira mede menos de 13,58 cm, seja por questões congênitas ou adquiridas ao longo da vida. Saiba quando se preocupar.

A média do tamanho do pênis do brasileiro varia de acordo com diferentes estudos e metodologias de medição.

Um estudo de 2015 publicado no Brazilian Journal of Urology (Study of the Penile Length in Adult Brazilian Men) comparou o tamanho do pênis ereto em 2.770 homens e chegou a conclusão que, quando ereto, a média foi de 13,58 centímetros – mas com uma variação considerável entre os participantes.

A média dos brasileiros é ligeiramente maior à média do tamanho do pênis no mundo.

Um estudo publicado também em 2015 no British Journal of Urology International (Am I Normal? A Systematic Review and Construction of Nomograms for Flaccid and Erect Penis Length and Circumference in up to 15,521 Men), realizado com mais de 15 mil homens, encontrou uma média para o comprimento do pênis ereto de aproximadamente 13,24 centímetros – 30 milímetros a menos do que os brasileiros.

Vale lembrar que o desenvolvimento do pênis se dá durante a puberdade, entre os 9 e 14 anos. Porém, o crescimento pode continuar até os 18 anos, ou até um pouco mais tarde, quando atinge seu tamanho máximo.

Fundo de jardim com grama verde e rocha cinza à esquerda. à direita, duende de jardim em gesso, com capuz vermelho ponturo e barba branca longa, simbolizando o pênis pequeno

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Qual tamanho é considerado pênis pequeno?

Entre adolescentes na faixa de 13 a 17 anos, o tamanho esperado é de 9 a 14 centímetros ou mais quando ereto. Após os 18 anos, o pênis normalmente tem entre 12 a 16 centímetros em estado de ereção.

Um pênis que têm comprimento menor do que o esperado para a faixa etária pode ser considerado um pênis pequeno.

Causas relacionadas

Quando o pênis não atinge o desenvolvimento esperado para a idade, o paciente apresenta microfalosomia, uma condição de causa isolada ou associada a anomalias congênitas.

Um pênis pode ser pequeno devido a:

  • distúrbios hormonais durante o desenvolvimento fetal que afetaram desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos;
  • condições genéticas como a síndrome de Klinefelter, síndrome de Noonan e a síndrome de Smith-Lemli-Opitz;
  • exposição a certas drogas, toxinas ou medicamentos durante a gravidez;
  • fatores ambientais ou desconhecidos que contribuem o desenvolvimento não esperado do pênis.
Micropênis

O micropênis é um tipo de microfalosomia. Nesse caso, o membro ereto é menor que 7 centímetros em adultos.

O micropênis apresenta um tamanho menor do que o tamanho esperado, seja em relação a comprimento ou circunferência, mesmo após o desenvolvimento completo na idade adulta.

Condições que causam perda de tamanho do pênis

O pênis pequeno pode ser causado, ainda, por algumas condições que o homem desenvolve ao longo da vida. Veja:

Doença de Peyronie

A Doença de Peyronie consiste no desenvolvimento de fibroses na túnica albugínea, no interior do pênis, levando o segmento afetado a uma falta de elasticidade. Com isso, o que ocorre é uma curvatura quando o pênis está ereto.

Devido à curvatura, é possível notar que o pênis perde tamanho e também pode afinar. Logo, o homem acaba com o pênis pequeno, menor ao tamanho original, antes de ser acometido pelas fibroses.

Fraturas

Quando ocorre uma fratura peniana, há uma ruptura da túnica albugínea, o que pode levar à formação de fibroses no tecido.

Se a cicatrização não ocorrer corretamente ou se mesmo assim o processo de cicatrização resultar em fibrose, o homem pode desenvolver os sintomas da Doença de Peyronie, como a perda de tamanho peniano.

Fibroses no corpo cavernoso

Quando as fibroses atingem os corpos cavernosos, além de causarem os sintomas associados à Doença de Peyronie (curvatura, afinamento e redução de tamanho do pênis), elas também podem levar à disfunção erétil.

Isso porque, nesse caso, a fibrose atinge a “esponja” do pênis, um tecido mais profundo, fundamental para a vascularização que leva à ereção.

Remoção da prótese peniana

A remoção da prótese peniana por si só não causa a redução de tamanho no pênis.

O que acontece é que a prótese dá rigidez vertical ao membro para que, na relação sexual, o homem possa penetrar e executar os movimentos sem dobrar o membro.

Quando a prótese é removida, se o paciente não tiver ereções de qualidade, ele ficará mais propenso às dobras na hora H, que geram microtraumas que favorecem as fibroses penianas e, consequentemente, o Peyronie.

Jardim com grama verde e pequenos cogumelos parecendo guarda chuvas de cor marrom claro simbolizando pênis pequeno

Pênis pequeno afeta a satisfação sexual da (o) parceira (o)?

O fato de um homem ter um pênis pequeno, de tamanho abaixo da média, ao contrário do que ele pensa, não tem impactos significativos na para a satisfação da(o) parceira(o) na hora H.

Na verdade, existem muitas preferências pessoais e experiências individuais para a satisfação sexual que não dependem do tamanho do membro.

A penetração é uma parte da relação sexual. Preliminares, beijos, carícias, conexão emocional e comunicação também devem ser valorizados.

Além disso, existem muitas posições sexuais para potencializar o prazer para casais, independentemente do tamanho do pênis.

Dá para aumentar o pênis?

É possível, sim, aumentar o pênis, mas esse tipo de tratamento não é amplamente indicado.

Um tratamento que visa aumentar o pênis, de forma, geral, é recomendado quando o paciente é diagnosticado com alguma condição que faz com que seu pênis tenha tamanho inferior ao esperado, mediante exames que comprovam que há um prognóstico positivo para o caso.

Entretanto, vale lembrar que nem todo homem deseja aumentar o pênis, mesmo que esteja apto a passar pelo tratamento. Alguns estão confortáveis com o tamanho reduzido do membro, conseguem ter boa vida sexual e não estão sujeitos a complicações. Nesses casos, o tratamento pode ser dispensável.

Um dos tratamentos possíveis é para homens com a Doença de Peyronie. Nesse caso, eles devem fazer a reconstrução peniana.

A cirurgia de reconstrução peniana permite alongar os tecidos até o limite dos nervos, a partir de cortes pequenos geometricamente calculados na túnica albugínea. Dessa forma, é possível tratar a curvatura, o afinamento e também a perda de tamanho peniano.

Usar bomba de vácuo é seguro?

O uso da bomba a vácuo só pode ser considerado seguro quando indicado e orientado por um profissional da saúde.

Geralmente, elas são mais utilizadas em casos de homens com disfunção erétil, pois o dispositivo cria um vácuo ao redor do pênis, fazendo com que mais sangue seja direcionado para a região genital, proporcionando a ereção.

Em alguns casos, ela também pode ser indicada após cirurgias penianas para favorecer e acelerar a reabilitação.

Quando se preocupar com o tamanho do pênis

Fisiologicamente falando, o homem deve se preocupar com o tamanho do pênis quando há prejuízos para a vida sexual, como disfunção erétil, dificuldade em alcançar o orgasmo ou satisfazer o parceiro.

Se um homem se sente constantemente inadequado ou insatisfeito com o tamanho do membro, apesar de não possuir um pênis pequeno ou com qualquer outra deformidade, pode ser um quadro psicológica chamado dismorfia genital, que exige intervenção profissional.

No entanto, é preciso ter em mente que a importância atribuída ao tamanho do pênis é influenciada por uma série de fatores, incluindo cultura, mídia e experiências de cada um, e que existem ideais irrealistas de virilidade que você não precisa atingir.

A saúde sexual vai muito além do tamanho peniano. No entanto, se você perceber que o seu pênis ficou menor, é preciso buscar ajuda médica, pois pode ser um caso de Peyronie. Entre em contato para saber mais.

Saiba mais:

Médico urologista Dr. Paulo Egydio

PhD especializado pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros científicos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vivo, em congressos no Brasil e Exterior.

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