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Homem com uma banana com a ponta de sua pele removida simulando a cirurgia de circuncisão masculina

Circuncisão masculina: conheças as técnicas cirúrgicas mais comuns

Aproximadamente 40% da população masculina mundial já realizou a cirurgia para remoção do prepúcio peniano, por motivação religiosa ou clínica. Conheça as principais técnicas para esse procedimento e por que ele é realizado.

Antes de tudo é importante citar que a circuncisão masculina é um procedimento milenar, com registros da época do Velho Testamento bíblico que servia para caracterizar o povo hebreu. A remoção do prepúcio é tradição na cultura judaica até os dias de hoje.

Além disso, se trata de uma prática característica de uma religião e seus seguidores. A operação também atende casos clínicos, para tratamento de fimose e infecções da glande e do prepúcio.

Contudo o procedimento pode ser da ordem cultural para além do judaísmo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice de homens circuncidados chega a 80% da população. Em outras palavras, 38% dos homens no mundo são circuncidados, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O que é a circuncisão?

Judeu pai e filho leitura livro no apartamento

De maneira bem simples, a circuncisão corresponde a remoção do prepúcio do pênis. Ou seja, a retirada da pele que recobre a glande peniana. 

É uma cirurgia considerada simples e pouco invasiva e é comum que seja realizada em crianças até 5 anos de idade, bem como em homens adultos.

Para que serve a circuncisão masculina?

Há diferentes motivações para que a remoção do prepúcio seja realizada. A princípio, pode se tratar de uma operação de tratamento para a fimose, quando há excesso de pele e a glande peniana não pode ser exposta.

Se a fimose não for tratada, o desenvolvimento da condição é propício para infecções e para facilitar a recepção de infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) como HPV, herpes genital e até mesmo HIV.

Recomendação médica

Como mencionado acima, médicos podem recomendar a circuncisão como meio de tratamento para casos de fimose. 

Entretanto, há casos em que a recomendação da operação possui função preventiva para a saúde masculina, justamente para evitar que condições relacionadas ao prepúcio sejam desenvolvidas.

Desde 2007, a Organização Mundial da Saúde recomenda a cirurgia de circuncisão masculina como um meio de reduzir os riscos da contração de HIV/AIDS em interações sexuais heterossexuais.

Orientação religiosa

Para o judaísmo, a remoção do prepúcio possui um significado cultural associado à fé, purificação da alma e do próprio corpo.

Entre judeus, a circuncisão é realizada na criança recém nascida por um dirigente treinado para o procedimento, o mohel.

Entendo a cirurgia de circuncisão

Pré operatório

Os momentos anteriores da cirurgia são importantes para obter um diagnóstico completo do caso: é o momento de realizar exames de sangue e garantir que o corpo esteja saudável para a operação.

Momentos antes do procedimento, o paciente deve estar em um jejum de pelo menos 8 horas.

Durante a operação

Circuncisão do prepúcio do pênis

A intervenção cirúrgica leva aproximadamente 1 hora e o objetivo é remover o excesso de prepúcio do local. O cirurgião utiliza anestesia local ou sedativa e faz um corte em sentido longitudinal para remover a pele que recobre a glande, caso seja via técnica da postectomia.

A operação é finalizada com sutura e alguns pontos na região. Por outro lado, a forma como o corte será feito é diferenciada pelas técnicas cirúrgicas, que no caso da circuncisão são duas e você vai entender melhor sobre elas abaixo.

Pós operatório

O pós operatório da cirurgia de circuncisão é considerado tranquilo. Dessa forma, basta seguir as orientações adequadamente e em alguns dias tudo volta ao normal.

O paciente volta pra casa no mesmo dia e deve manter o máximo de repouso nos primeiros 15 dias após a operação. Analgesicos e antiinflamatórios podem ser receitados e o curativo deve ser mantido com cuidado, com manutenção da higiene com água e sabonete neutro.

Técnicas para operação de circuncisão masculina

Assim, para a remoção do prepúcio peniano, os médicos podem escolher entre duas técnicas cirúrgicas disponíveis.

Circuncisão anelar

Essa técnica consiste na colocação de um anel plástico na glande do pênis, a fim de obstruir a passagem sanguínea para a região. Esse processo de interrupção da circulação induz a “morte” da pele em excesso, ela sai sozinha.

Em suma, essa técnica pode ser usada tanto em adultos como em crianças e bebês. Nesse último caso, o procedimento é até mais rápido, com duração média de 10 minutos. Para os adultos o tempo para a circuncisão anelar é de aproximadamente 1 hora.

Postectomia

A postectomia é a técnica mais clássica para a cirurgia de circuncisão e não é recomendada para bebês.

Portanto, esse é o caso em que o médico cirurgião faz uma incisão no prepúcio, com cortes de tipo longitudinal e remove a pele que está cobrindo a glande.

O pênis muda depois da retirada do prepúcio?

A partir do momento que a cirurgia de circuncisão passou a ser recomendada como um procedimento preventivo, muitas dúvidas surgiram sobre as consequências do procedimento. 

A princípio, questões relacionadas ao prazer sexual e aos fatores estéticos, como tamanho, calibre e rigidez vertical do membro.

Interferência no prazer sexual

Conforme um estudo da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos, demonstrou que a circuncisão masculina não interfere no prazer sexual dos homens. 

O estudo afirma que não há redução da sensação de prazer ou dos níveis de desempenho sexual.

Disfunção sexual 

Não há qualquer relação comprovada entre circuncisão masculina e a disfunção erétil. A remoção do excesso de pele do prepúcio não interfere na sustentação das ereções masculinas.

Infertilidade

Outro mito associado ao procedimento de retirada do prepúcio, é a ideia de que quem faz circuncisão não pode ter filhos posteriormente.

Essa ideia é errada. A circuncisão não interfere na produção dos espermatozoides e nem mesmo na qualidade deles.

O procedimento pode ser realizado de maneira segura e não deve causar impactos negativos aos pacientes que optam por realizar a operação, seja como tratamento para algum caso clínico ou por motivações religiosas.

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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