Fatores emocionais podem alterar respostas corporais aos estímulos sexuais. Dificuldade de ereção é caso comum.
Um estudo produzido em uma universidade de Taiwan revelou que alguns fatores emocionais deixam alguns homens mais propensos a ter dificuldade de ereção.
A pesquisa descobriu que indivíduos com personalidade tipo D, ou seja, caracterizada por timidez e pessimismo, são mais propensos a desenvolver disfunção erétil em comparação aos participantes com outros tipos de personalidade.
A amostra do estudo revelou ainda que homens mais tímidos e pessimistas podem desenvolver com maior facilidade outros problemas emocionais, como ansiedade, depressão e vícios como tabagismo.
As emoções falam mais alto
O estudo foi realizado na Universidade Nacional Yang Ming Chiao Tung e contou com a participação de 1740 homens taiwaneses sexualmente ativos e com faixa etária entre 20 e 40 anos.
A metodologia do estudo propunha dividir os indivíduos de acordo com os tipos de personalidade e comportamento.
O principal achado dos pesquisadores foi a correlação entre pacientes com personalidade tipo D e as dificuldades de ereção: 54,1% do grupo apresentou o traço de tipo D, caracterizado por pessimismo e timidez.
Em suma, entre o grupo exclusivo deste tipo de personalidade, 19,4% dos pacientes analisados apresentaram dificuldades para produzir ereções.
Ao analisar todo o grupo, o diagnóstico de disfunção erétil cai para 15,9%, o que demonstra que há uma relação direta entre homens tímidos e pessimistas e dificuldades de ereção.
Saúde mental e vida sexual masculina

Outra descoberta bastante interessante é o fato de que, além da propensão para os problemas sexuais, homens com personalidade tímida e pessimista ainda apresentam maior propensão para desenvolver depressão, sedentarismo e dieta alimentar desbalanceada.
Embora o histórico dos pacientes não tenha sido avaliado neste estudo, é possível notar que a saúde mental masculina é um fator relevante para outras áreas da vida, em especial para um desempenho sexual saudável.
Como cuidar da saúde mental?
De acordo com a OMS um indivíduo saudável não é só aquele que está com os exames de sangue em dia ou que possui um corpo físico considerado bonito. A Organização Mundial da Saúde utiliza um significado mais abrangente para saúde.
Nesse sentido, ser saudável significa alcançar um estado de bem estar nas esferas mental e social. Entre os homens os tabus com cuidado pessoal ainda são notáveis, mas a atenção deve ser redobrada especialmente a partir dos 50 anos.
Para cuidar do corpo físico e evitar problemas como diabetes e pressão alta, que também são facilitadores da disfunção erétil, é importante garantir visitas frequentes aos médicos especialistas.
Além disso, manter uma dieta balanceada e a prática de atividade física pelo menos 3 vezes por semana.
Em relação a saúde mental e social, terapias psicológicas podem fazer parte da rotina semanal, além de atividades de lazer entre amigos e parceira(o), com hobbies e momentos de descontração.
Quais homens são mais propensos a ter dificuldade de ereção?
O estudo taiwanês levantou um traço de personalidade específico que é mais propenso a desenvolver dificuldade de ereção: a timidez e o pessimismo.
Entretanto, há outras características que podem tornar alguns homens mais propensos a ter disfunção erétil ou impotência sexual.
Em síntese, as doenças penianas não surgem do nada e costumam ser progressivas, avançar entre estágios mais leves aos mais graves. Afinal, a diferença é que alguns grupos são mais propensos a apresentar o problema por questões físicas ou mentais.
Diabetes e pressão alta
Homens diabéticos podem apresentar até 4 vezes mais dificuldades de ereção, incluindo disfunção erétil em estágios mais avançados. A pressão alta também é uma condição que interfere no sistema cardiovascular.
Quando o nível de glicemia fica alto por muito tempo, há uma alteração direta no processo de circulação sanguínea dos vasos e nervos. Ainda mais que essa alteração também pode acontecer pela mudança extrema da pressão arterial.
A ereção masculina é basicamente sobre a capacidade do corpo de irrigar os corpos cavernosos do pênis com bastante sangue, o que produz a rigidez vertical do membro. Por outro lado, alterações na circulação de sangue e oxigênio aumentam a dificuldade de ereção masculina.
Obesidade

Outro fator corporal que pode aumentar a propensão aos problemas sexuais como a disfunção erétil é a obesidade.
O acúmulo excessivo de gordura interfere nos níveis de produção hormonal, como a testosterona, além de desequilibrar a produção do estradiol, hormônio que também é responsável pela produção da ereção.
A obesidade também interfere no sistema cardiovascular e do mesmo modo, pode afetar a qualidade da circulação sanguínea corporal.
O que pode causar disfunção erétil?
Conheça as principais causas da disfunção erétil.
Fatores emocionais
Como vimos anteriormente, traços de personalidade e comportamento também estão relacionados ao desenvolvimento de problemas no desempenho sexual.
A ereção também é sobre um estímulo psicológico e mesmo que os fatores fisiológicos possam estar em bom funcionamento, a saúde mental também interfere na hora H.
Em suma, entre os diagnósticos que podem ser associados a disfunção erétil, estão ansiedade, depressão, pessimismo e stress.
Doença de Peyronie
A Doença de Peyronie corresponde a fibroses penianas adquiridas ao longo do tempo e que não passaram por nenhum tipo de tratamento. Dessa forma, as fibroses surgem a partir de microlesões que podem surgir durante o movimento de penetração.
A longo prazo, o pênis pode variar o calibre, tamanho, dimensão e tortuosidade. Em estágios graves, o membro pode ficar bastante torto, bem como o homem fica impossibilitado de desenvolver ereções ou de mantê-las pelo tempo necessário.
Curvatura adquirida
Também conhecida como curvatura congênita, essa doença é de origem genética e provoca uma deformidade no pênis desde a juventude. O jovem passa a perceber que um dos lados do pênis é mais elástico que o outro, ainda mais que provoca uma aparência torta e curvada ao membro.
Para corrigir o pênis torto nesse caso, a principal recomendação é a cirurgia de correção, que pode contar com a inserção de uma prótese peniana.
Como tratar a dificuldade de ereção?
Remédios
Os tratamentos medicamentosos podem ser eficazes em alguns casos de manifestação das dificuldades de ereção.
Medicamentos orais ou injetáveis podem ser parte de uma indicação médica inicial, em casos mais leves. Substâncias como a Sildenafila e Taladafila são as mais comuns do mercado.
As injeções penianas também podem ser uma alternativa para garantir a durabilidade e o funcionamento da ereção no momento da penetração, mas alguns homens podem se sentir desconfortáveis no momento da aplicação.
Cirurgia
A cirurgia é uma indicação em último caso por se tratar de uma intervenção definitiva e irreversível. O tratamento cirúrgico costuma atender casos em que a dificuldade de ereção está em níveis mais graves, acompanhada de causadores anteriores (como a Doença de Peyronie).
O tratamento cirúrgico também pode ser recomendado para homens que possuem uma preocupação estética a respeito do resultado final do procedimento. A técnica com incisões geométricas pode proporcionar a extensão máxima dos nervos, o que pode resultar em alterações na dimensão e calibre peniano.