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Se eu implantar uma prótese mais fina, vou ter mais ereção?

Recentemente recebi uma pergunta curiosa: um paciente quis saber se, ao implantar uma prótese mais fina, mantendo mais enchimento residual nos corpos cavernosos, as ereções seriam melhores. O que você acha?

Vamos a resposta que dei para esse paciente e que pode ser uma dúvida de outros homens que estão prestes a realizar a colocação de uma prótese.

Para que serve a prótese?

Precisamos nos lembrar que, quando um paciente tem a indicação de prótese, o objetivo é ter mais resistência vertical para corrigir o déficit de rigidez na hora da penetração. A escolha da prótese é baseada justamente para esse fim biomecânico.

Uma prótese mais fina tem uma tendência maior a dobrar quando comparada com uma prótese mais grossa, tanto no caso dos implantes maleáveis quanto dos implantes infláveis.

Se após a realização da cirurgia o pênis dobrar ou escapar com facilidade, de nada adiantará o implante e o paciente ficará mais suscetível ao desenvolvimentos das fibroses características da Doença de Peyronie.

No final desse blog, assista ao vídeo em que testo a rigidez vertical de cilindros de diferentes calibres e veja com seus próprios olhos a diferença. O meu canal do YouTube também está repleto de informações para pacientes que precisam de prótese.

Escolha individualizada de prótese

A escolha do calibre também depende da estrutura anatômica do paciente. 

Para a inserção de uma prótese com um maior calibre, muitas vezes é preciso fazer a reconstrução do cilindro peniano para que o membro amplie seu diâmetro, uma vez que, muitas vezes, temos um pênis afinado.

Com o calibre do pênis reconstruído, haverá menos restrições anatômicas na hora de inserir o cilindro. 

Preservação do enchimento residual

Levando em conta prioritariamente os dois fatores que expliquei anteriormente, na hora da operação, o cirurgião tenta conservar o preenchimento residual que o paciente possui.

Para isso, é importante não utilizar ou minimizar o uso de dilatadores durante a operação. Os dilatadores acometem os corpos cavernosos, o que pode ocasionar em perda da qualidade de enchimento residual do pênis. 

Além disso, para obter máxima conservação, a prótese peniana não é inserida no meio do pênis. O cirurgião faz uma separação entre os corpos cavernosos e a túnica albugínea, onde é introduzida a prótese que vai corrigir a falta de rigidez vertical do paciente.

Como fica a ereção após a prótese peniana?

Desconfio que o paciente que mencionei no início desse texto estava receoso quanto à ereção após fazer o implante.

Entretanto, depois do implante, a forma como o paciente terá um enchimento residual vai depender da preservação dos corpos cavernosos e do estímulo cerebral. 

Quem colocou a prótese maleável só precisará ajustar o pênis na posição desejada na hora H. Já os implantes hidráulicos são inflados graças a bombinha de soro fisiológico que fica posicionada dentro do escroto. Portanto, será preciso manuseá-la momentos antes da penetração. 

Quando os corpos cavernosos são preservados, a prótese tende a interferir na temperatura do pênis quando ereto, pois o que motiva a irrigação e o consequente aquecimento do membro é um estímulo cerebral.  

O estímulo erótico dilata os corpos cavernosos, intensificando o fluxo de sangue. É por causa deste fluxo que, quando ereto, o pênis fica aquecido. Nos pênis com a prótese, desde que haja o processo de erotização, em geral, o membro também se aquece.  

É claro que, ao sair do hospital, o paciente tem que passar por um período de adaptação no uso da prótese. É neste meio tempo que ele vai descobrindo inclusive como fica o enchimento residual. 

Após o período de adaptação, o homem tende a desfrutar de uma vida sexual mais saudável e prazerosa, pois deixará de sofrer com a falta de firmeza para penetrar o seu par.

Caso queira saber mais sobre a diferença na ereção residual de uma prótese mais fina e mais grossa, não deixe de assistir ao vídeo que publicamos no nosso canal do YouTubePara assistir, clique aqui.

Temos um outro post aqui no blog que aborda como fica o prazer após a colocação da prótese. Vale a leitura!

Espero ter deixado claro as razões pelas quais uma prótese mais fina nem sempre é a melhor solução. E estou sempre à disposição para resolver novas dúvidas, basta entrar em contato com a minha equipe. Nós respondemos!

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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