Se o pênis está entortando pode ser Doença de Peyronie, que está ligada a uma série de outros fatores. Por isso, cuidar da saúde masculina é fundamental.
Se você notar que o pênis está entortando quando ereto, atenção! O membro sexual pode ser um “pouco” torto, desde que não atrapalhe e/ou impossibilite as relações sexuais.
Um pênis curvo pode ser sinal de Doença de Peyronie, uma enfermidade que pode começar com uma leve curvatura peniana e evoluir para uma tortuosidade acentuada que tende a afetar também a saúde sexual e mental masculina.
Conhecer as doenças que atingem o membro e, ainda, recorrer a um urologista ao menor sinal de problemas é o caminho certo para que o seu amigão funcione adequadamente.
Doença de Peyronie e órgão masculino torto
A curvatura no pênis pode ser em qualquer parte do membro, para cima, para baixo ou para qualquer um dos lados. Alguns pênis apresentam, inclusive, deformidades em mais de uma direção.
A tortuosidade no pênis é o principal indício da Doença de Peyronie, mas não é o único.
Conforme o membro se curva, ele consequentemente perde tamanho. Ele também pode apresentar afinamento ou acinturamento.
A partir das mudanças anatômicas do pênis, outros sintomas costumam aparecer.
Uma curvatura leve não costuma dificultar as relações sexuais. Porém, em casos graves a tortuosidade pode chegar a 90 graus, e limita as posições e movimentos sexuais, facilita o escape do pênis com frequência e pode ainda provocar dor ou desconforto na penetração.
Além disso, quando o pênis afina, ele perde a rigidez vertical, fazendo com que o homem não consiga ter e/ou manter a ereção durante o ato sexual.
A disfunção erétil pode se apresentar também por fatores psicológicos devido ao medo, ansiedade e insegurança que o paciente desenvolve por ter um pênis curvado. Esses sintomas podem se manifestar em outros momentos não relacionados ao sexo.
Doenças relacionadas ao Peyronie
A tortuosidade no pênis é resultado de placas de fibroses que formam nódulos no membro, além de fazer com que os tecidos percam a elasticidade.
Uma série de condições clínicas e também externas podem culminar no surgimento das fibroses, razão pela qual o Peyronie comumente está associado a outros problemas, principalmente aqueles que atingem homens de 50 anos ou mais. Saiba quais são eles e a relação com a doença:
Disfunção erétil e Peyronie
Com o avanço da idade, o fluxo de sangue no pênis naturalmente reduz. A redução também acontece devido a problemas cardiovasculares, metabólicos, neurológicos, hormonais, cirurgias e até mesmo por conta do uso de determinados medicamentos.
Essa baixa faz com que o membro tenha ereções inferiores quando comparadas às da juventude.
O problema das ereções de má qualidade é que elas predispõem a ocorrência de traumas e microtraumas penianos na hora do ato sexual, formando, então, as fibroses responsáveis pela curvatura peniana.
Traumas, fraturas penianas e Peyronie
Como mencionado ali em cima, os traumas no pênis aumentam as chances do surgimento de uma fibrose.
De acordo com um artigo científico do departamento de Urologia de Torino, na Itália, em parceria com o Instituto de Urologia da Universidade do Hospital de Londres, 80% das fraturas penianas acontecem durante o sexo. Apesar da frequência, muitas vezes o trauma é pequeno ou até pode ser considerável, mas deixa de ser percebido e a relação sexual continua.
Posições em que o homem está por baixo ou em que a parceira está de quatro são as mais perigosas para o membro, pois ele pode escapar e, no próximo movimento, não retornar corretamente ao orifício em questão, sendo impactado com força por outra parte do corpo.
Em caso de fratura peniana o pênis pode inchar, apresentar hematomas e se curvar de forma súbita. Nesses casos é necessário a procura de um pronto socorro para um tratamento precoce.
Além de evitar posições que forcem o pênis ereto, uma boa lubrificação também pode prevenir os traumas penianos.
Diabetes e Peyronie
A diabetes eleva a quantidade de glicose no sangue, impedindo o correto funcionamento dos vasos sanguíneos e nervos, inclusive na região peniana.
Com isso, a fibrose pode aparecer sem sequer ter havido um trauma no pênis. A partir de então, o homem pode passar a apresentar disfunção erétil, um dos fatores de risco para o Peyronie.
Os homens que têm diabetes precisam controlá-las com auxílio médico. De qualquer forma, o diabetes por si só predispõe a disfunção erétil e formação de fibroses no pênis, principalmente quando o controle da glicose no sangue não for adequado.
Câncer de próstata e Peyronie
Entre os tratamentos mais comuns para o câncer de próstata estão a cirurgia (prostatectomia radical), a radioterapia, a braquiterapia e a hormonioterapia.
Apesar de estarem associados a excelentes níveis de recuperação, os tratamentos tornam o paciente mais suscetível às dificuldades de ereção e aparecimento de fibroses.
Os tratamentos também tendem a causar uma redução de tamanho, curvaturas e afinamentos.
É possível e recomendável tratar as consequências provocadas pelo câncer de próstata para evitar que elas contribuam para o surgimento das deformidades no pênis ou, ainda, para evitar a piora progressiva da Doença de Peyronie.
