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homem de pele branca com traços orientais. Ele usa um chapéu preto e uma camiseta preta. Está com as mãos na cabeça em tom de dúvida

Fases da doença de Peyronie: Tudo o que você deve saber

Um mal que atinge boa parte da população masculina. A doença de peyronie tem cura.

Hoje é dia de falar sobre as fases da Doença de Peyronie, pois, antes de entortar, reduzir e afinar o pênis de vez, a enfermidade passa de um estágio inicial. Para ambas as fases, há um tratamento individualizado mais adequado que devolve ao homem a sua saúde sexual.

Antes de seguir em frente, fica aqui o convite para que você que está notando alguma mudança em seu pênis ou que está apresentando dificuldade na hora H envie a sua pergunta para esta seção. 

Estou sempre respondendo as mais comuns, interessantes e curiosas por aqui. Mande a sua dúvida clicando no botão no fim deste post ou por meio da nossa página de contato. Se preferir, deixe um comentário ou inbox nas nossas redes sociais (@egydiomedicalcenter no Instagram e canal Egydio Medical Center no YouTube).

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No post de hoje, você vai conhecer informações muito importantes sobre os estágios da Doença de Peyronie

  • Quais são as fases da Doença de Peyronie?
  • Como identificar os estágios da Doença de Peyronie?
  • Quanto tempo dura a síndrome de Peyronie?
  • Como tratar a fase inicial da Doença de Peyronie?
  • Como tratar a fase cicatricial da Doença de Peyronie?
  • Como curar a curvatura do pênis?
  • Prótese peniana e Doença de Peyronie

Quais são as fases da Doença de Peyronie?

Existem 2 fases da Doença de Peyronie: a fase inicial, também chamada de inflamatória, e que, com o passar do tempo, atinge a fase crônica, cicatricial ou fibrótica. 

Há consideráveis diferenças entre elas, fundamentais para que o urologista possa diagnosticar corretamente em que estágio da Doença de Peyronie o paciente se encontra a fim de recomendar o tratamento mais adequado. Vamos olhar atentamente para cada uma dessas fases para entender as principais causas.

Como identificar os estágios da Doença de Peyronie?

O Peyronie tem como principal sintoma a curvatura peniana, que pode estar associada a outras mudanças no pênis, como perda de tamanho e de calibre. 

Fase inflamatória da doença de Peyronie

A fase inflamatória da Doença de Peyronie é caracterizada pelo surgimento e progressiva evolução da curvatura e dos demais sintomas. Os nódulos que levam às deformidades podem até mesmo ser palpáveis sob a pele.

Em muitos casos, os homens relatam sentir dores quando o pênis está em estado ereto ou na hora H. No entanto, há pacientes que nunca apresentam esse sintoma e não é preciso ter dor para se diagnosticar a fase inicial da doença – mas ela é um forte indício de que o Peyronie está apenas começando. 

Fase cicatricial da doença de Peyronie

Na fase cicatricial da Doença de Peyronie, a placa de fibrose já está completamente instalada, o que torna a deformidade peniana estável.

Ou seja, após algum tempo, as alterações no pênis cessam e, dependendo do grau em que a curvatura se estabilizou, a penetração fica mais difícil de acontecer. 

Quanto tempo dura a síndrome de Peyronie?

Existem critérios para se definir se estamos na fase inicial ou fibrótica do Peyronie, e o tempo de aparecimento da deformidade peniana (seja curvatura, diminuição de tamanho ou afinamento) é um deles. 

Se a deformidade é recente, surgida há poucos meses, e, além disso, ainda não estabilizou, ou seja, continua curvando e se agravando, é sinal de que ainda está na fase inicial.

Essa evolução ocorre em um tempo médio de três a seis meses, mas não é uma regra. A curvatura deve ser periodicamente acompanhada para verificar se houve ou não alterações. 

Após este período, quando a curvatura fica estável, dizemos que o Peyronie atingiu a sua fase cicatricial. Neste caso, o pênis pode passar até mesmo anos sem apresentar mudanças se não houver a formação de novas fibroses. 

Alguns pacientes experimentam um início de deformidade súbito, com uma rápida estabilização da fibrose, às vezes anterior a três meses. Essa informação temporal é um forte indício de que a fibrose está em sua fase crônica, apesar do pouco tempo evolutivo.

Como tratar a fase inicial da Doença de Peyronie?

Todos os casos de Peyronie têm tratamento. Como a enfermidade tende a evoluir, cada fase precisa ser olhada de forma individualizada para receber o melhor tratamento. 

É importante esclarecer que os tratamentos disponíveis para a doença têm como objetivo assegurar uma funcionalidade adequada àquele pênis, melhorando, assim, a vida sexual do homem. 

Talvez você esteja se perguntando: o que consideramos uma funcionalidade peniana adequada? É quando o pênis tem resistência vertical suficiente, o que dá a ele uma boa capacidade penetrativa e que não o faça ficar dobrando ou escapando durante os movimentos na hora H.

Quando a doença encontra-se em seu estágio inicial, o tratamento clínico realizado com medicamentos orais, pode funcionar em alguns casos. Inclusive, é nessa fase que eles atingem seus melhores resultados.

O mecanismo dos medicamentos usados para tratar o Peyronie consiste em estabilizar a progressão da fibrose, impedindo que a deformidade se agrave. 

Além disso, métodos fisioterápicos – aliados ou não ao tratamento clinico – como os exercícios para Peyronie, bomba peniana e extensor peniano, quando bem indicados e orientados, podem ser bem efetivos na hora do tratamento da fase aguda da Doença de Peyronie.

Veja o que diz um estudo publicado em 2019 pelo Sexual Medicine Review (Jornal de Revisões de Medicina Sexual) que avaliou diversos estudos já publicados sobre as bombas penianas e as bombas à vácuo.

A terapia de tração peniana e os dispositivos de ereção a vácuo apresentam mecanismos para melhorar os aspectos da Doença de Peyronie, embora os dados de resultados clínicos sejam limitados. […] ambos representam opções terapêuticas viáveis para o manejo da Doença de Peyronie.

Fonte: Avant RA, Ziegelmann M, Nehra A, Alom M, Kohler T, Trost L. Penile Traction Therapy and Vacuum Erection Devices in Peyronie’s Disease. Sex Med Rev. 2019 Apr;7(2):338-348. doi: 10.1016/j.sxmr.2018.02.005. Epub 2018 Apr 7. PMID: 29631979.

Principais medicamentos para Doença de Peyronie

Quando a doença está em seu estágio inicial, a fim de barrar a evolução da curvatura, a indicação médica tende a ser a associação de dois anti-inflamatórios: A colchicina e a vitamina E.

Usados separadamente, os medicamentos não demonstram resultados favoráveis para tratar a Doença de Peyronie. Entretanto, quando são usados em conjunto, podem desacelerar o processo de formação de fibroses. 

Apenas o urologista pode receitar a medicação. Eles devem ser ingeridos na dosagem exata prescrita, com eventuais ajustes se for preciso. O médico também vai indicar a duração ideal do tratamento para cada caso e acompanhar se o remédio está trazendo resultados efetivos.

Em alguns casos, mesmo quando o Peyronie está no começo, o tratamento medicamentoso pode não proporcionar benefícios para o paciente. Por isso, as visitas periódicas são importantes. Se não forem constatados resultados favoráveis, ainda há alternativas de tratamento para o paciente. 

Além disso, ainda na fase inicial da Doença de Peyronie, pode ser necessário associar o tratamento a um outro tipo de medicamento que promova a dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando o fluxo de sangue dentro do pênis e consequentemente, proporcionando uma ereção de boa qualidade. Para este fim, usamos a Sildenafila e a Tadalafila, famosos medicamentos para a disfunção erétil, mas que também podem melhorar a vida sexual do paciente durante a fase inflamatória do Doença de Peyronie.

A definição do tratamento clínico obrigatoriamente deve passar por um profissional da área médica. A automedicação pode agravar a doença e prejudicar a sua saúde, seja ela feita com medicamentos de eficácia comprovada ou com falsas soluções milagrosas. Portanto, fale com o seu médico. Vale lembrar que o tratamento medicamentoso, contudo, não tem sido capaz de recuperar a funcionalidade e as características originais daquele pênis.

Se a doença se estabilizar com a adoção do tratamento clínico, sem causar prejuízos à vida sexual do paciente nem efeitos colaterais significativos, e se o paciente estiver satisfeito com o resultado, é possível evitar uma intervenção cirúrgica, indicada para casos em que o tratamento clínico não é eficaz. 

Como tratar a fase cicatricial da Doença de Peyronie?

Já existe uma solução medicamentosa que pode ser usada quando o Peyronie atinge o seu último estágio. É uma injeção de colagenase que busca diluir o colágeno da placa fibrótica para expandir novamente o pênis. Ele deve ser realizado em conjunto com a fisioterapia peniana.

O tratamento, no entanto, só está disponível nos Estados Unidos e tem um alto custo. De acordo com a MedPage Today, um importante portal de notícias para a comunidade médica, cada injeção custa US$ 4.000, em média. São necessárias de quatro a oito aplicações para completar o ciclo de tratamento. 

Fica o alerta: a colagenase não é suficiente para tratar casos em que a deformidade peniana é severa e/ou quando o membro já perdeu sua resistência vertical.  

Na fase cicatricial da Doença de Peyronie, o tratamento mais comum e eficaz é a cirurgia. Ela é indicada em duas situações: quando a primeira linha de tratamento (tratamento clínico) não obteve resposta favorável e/ou quando se verifica uma fibrose profunda (nos corpos cavernosos) ou extensa, que causa considerável grau de deformidade peniana, levando à disfunção penetrativa. 

Consideramos disfunção penetrativa quando o homem, na relação sexual, tem uma penetração difícil ou impossível ou, se a penetração ocorre ao ajudar com a mão, escapa com facilidade durante o movimento. Esses são casos que provavelmente precisarão de intervenção cirúrgica, mas o veredicto final sempre será dado pelo urologista.

Na consulta presencial, será possível avaliar as particularidades anatômicas de cada pênis, – considerando tamanho, calibre, afinamento, direção do desvio, extensão das fibroses, presença de fibroses profundas e funcionalidade peniana –  para dar a melhor indicação para aquele paciente específico. Os exames que contribuem para o parecer médico são:

Anamnese

É o levantamento da história clínica do paciente, em que constam dados como: informações físicas, uso de medicamentos, doenças, cirurgias ou queixas recentes, doenças crônicas, histórico familiar, entre outras. 

Inspeção e palpação do pênis 

Um estudo presente na revista médica BJU International afirma que a fibrose pode ser sensível ao tato, manifestando-se na forma de um caroço. Com a inspeção e palpação do pênis, o urologista é capaz de detectar a presença dos nódulos no pênis flácido e ereto.

Ereção fármaco-induzida

Em estado ereto, obtido com o auxílio de um medicamento, é possível avaliar as características penianas, como curvatura, afinamento, tamanho, entre outros, e comparar com os relatos do paciente coletados na anamnese. 

Teste de rigidez 

Também realizado com o membro ereto, o teste tem como objetivo avaliar se o pênis tem rigidez suficiente para vencer a resistência e realizar a penetração sem dificuldade. 

Ultrassom peniano com Doppler

O ultrassom com Doppler dá visibilidade às artérias e veias no interior do pênis. Dessa forma, a partir de uma ereção fármaco-induzida, o urologista verifica a gravidade das fibroses, o fluxo de sangue e a retração do cilindro peniano.

Depois de passar por todos esses exames, o médico vai determinar se o caso do paciente é, de fato, cirúrgico e, então, se a resposta for positiva, dar início ao planejamento pré-operatório.

Quando corretamente indicado e realizado, o tratamento cirúrgico é capaz de atingir resultados positivos, com alto grau de satisfação dos pacientes, que recuperam a qualidade de vida sexual.

Como curar a curvatura do pênis?

Basicamente, o tratamento cirúrgico para a Doença de Peyronie consiste em remover a fibrose, retificar o pênis, recuperando as suas dimensões até o limite dos nervos e realizar o implante de uma prótese peniana

A relação entre prótese peniana e Doença de Peyronie se dá porque, quando a enfermidade está em estágio mais avançado, fazendo com que o pênis tenha perdido a sua firmeza. Nesse caso é necessário retificar o pênis para recuperar a capacidade penetrativa.

Em alguns casos, é comum que apenas o alinhamento do membro não seja suficiente para restaurar a funcionalidade do pênis. Nesses casos, a prótese é que terá a função de dar a rigidez necessária para o ato sexual.

Na fase de planejamento, o urologista explicará para o paciente qual estratégia cirúrgica pode ser adotada. 

Uma das possibilidades é a realização da cirurgia com o uso de enxerto. Entretanto, essa estratégia está um pouco ultrapassada e pode causar alguns malefícios, como má cicatrização, linhas de sutura permanente e recuperação do tamanho peniano limitado ao tamanho do tecido de enxerto disponível. 

fases da doenca de peyronie
Exemplo da cirurgia de enxerto. 1: Remove a fibrose através da excisão. 2: Com a excisão, forma-se um defeito – ou um buraco – na túnica albugínea do pênis. 3: É escolhido um tipo de enxerto para tampar o defeito criado. 4: É enxertado e suturado no corpo do pênis. 

Já a plicatura, uma técnica que faz pregas no lado longo do pênis de forma a deixá-lo do mesmo tamanho do lado curto, tem como desvantagem provocar a redução de tamanho do membro. 

A estratégia cirúrgica que recentemente tem sido mais recomendada, segundo a literatura e as experiências dos profissionais que se dedicam a essa área, é a operação com as múltiplas incisões de relaxamento geometricamente calculadas. 

Esta estratégia foi defendida em tese de doutoramento por mim, Dr. Paulo Egydio, em 2000. Ela consiste na utilização de princípios geométricos para calcular a quantidade e o local das incisões que devem ser feitas na túnica albugínea de cada paciente, de forma personalizada, levando em conta o tipo de deformidade apresentada para um melhor resultado em termos de recuperação das dimensões penianas.

Veja o que diz o estudo, publicado pelo Dr. Paulo Egydio no Journal of Sexual Medicine (Jornal de Medicina Sexual)

A Técnica de Expansão da Túnica demonstrou ser segura e eficaz para resolver problemas de redução do tamanho do pênis independentemente da curvatura peniana. Esse método elimina a necessidade de enxerto […] e mantendo a resistência estrutural da túnica para conter cilindros dentro dos corpos, evitando protuberâncias e amassados, facilitando a regeneração tecidual e melhorando a rigidez axial.

Fonte: Egydio PH: An Innovative Strategy for Non-Grafting Penile Enlargement: A Novel Paradigm for Tunica Expansion Procedures. J Sex Med. 2020 Oct;17(10):2093-2103. doi: 10.1016/j.jsxm.2020.05.010. Epub 2020 Jul 4. PMID: 32636162.

Prótese peniana e Doença de Peyronie

Em casos de necessidade de prótese peniana, após recuperar o tamanho e calibre do pênis até o limite dos nervos, o membro está pronto para receber a prótese peniana, que vai assegurar uma boa capacidade penetrativa ao homem. 

Existem dois modelos mais utilizados de próteses: a maleável e a inflável. Ambas são amplamente utilizadas e recomendadas pelos urologistas, mas possuem prós e contras que precisam ser avaliados em conjunto com o paciente antes da cirurgia para que, no final, o paciente desfrute de uma melhor qualidade de vida sexual.

A prótese maleável é aquela que mantém o pênis alongado. Ela pode ser normalmente acomodada próximo à virilha e também posicionada para o ato sexual. Além disso, requer baixa manutenção, não tem o risco de parar de funcionar subitamente e não apresenta vazamentos – o que pode acontecer com as próteses infláveis.O modelo de prótese inflável, entretanto, permite que o pênis fique em estado flácido ou ereto no momento em que você desejar, graças a um mecanismo de soro fisiológico que fica alojado no escroto. É preciso avaliar se o paciente está apto a operar esse sistema. Homens que sofrem com problemas de mobilidade reduzida nas mãos, por exemplo, terão dificuldade em inflar e desinflar a prótese.

Recapitulando: a curvatura peniana adquirida apresenta duas fases: a inicial (ou inflamatória), que dura entre três e seis meses e tem como principal sintoma dores e curvatura progressiva do pênis, e a fase crônica (cicatricial ou fibrótica), quando a fibrose se estabiliza. Cada estágio da Doença de Peyronie exige determinado tipo de tratamento, que pode ser clínico, com medicamentos durante a fase inicial, ou cirúrgico, quando a situação já se agravou. A cirurgia realizada com as múltiplas incisões de relaxamento, que permite a reconstrução peniana, aliada ao implante de próteses, tem sido um tratamento reconhecido pela comunidade médica.

Quanto mais cedo você se informar e buscar auxílio sobre o Peyronie, melhor. Portanto, assista ao vídeo a seguir, em que explico detalhadamente sobre os estágios da Doença de Peyronie, e clique no botão que aparece no fim dessa página para enviar um WhatsApp para minha equipe e agendar a sua consulta. Nós vamos responder e te ajudar!

Dr.Paulo Egydio

Dr.Paulo Egydio

Médico PhD em Urologia pela USP, CRM 67482-SP, RQE 19514, Autor dos Princípios Geométricos (conhecido como “Técnica de Egydio”), além de outros artigos e livros cientifícos na área. Professor convidado para ministrar aulas e cirurgias ao vido, em congressos no Brasil e Exterior.

Dr. Paulo Egydio é dedicado ao tratamento da curvatura
peniana e do implante de prótese.

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