A revascularização peniana não é para todos, mas pode ser uma alternativa para tratar a disfunção erétil que afeta a qualidade de vida sexual de alguns homens.
A disfunção erétil dificulta ou impede que o homem tenha ou mantenha uma ereção de boa qualidade, ou seja, rígida o suficiente para a atividade sexual, principalmente após os 40 anos de idade.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 15 milhões de brasileiros apresentavam a condição em 2018. É o equivalente a 30% da população do país.
O problema pode ter causa psicológica ou mecânica. Nesse segundo caso, uma boa investigação aliada a um tratamento adequado pode auxiliar o paciente a ter uma vida sexual satisfatória. E um desses tratamentos, viável em determinadas circunstâncias, é a cirurgia de revascularização peniana.
Tem como reverter a disfunção erétil?
A disfunção erétil tem alguns tratamentos, porém, eles dependem muito da causa e a melhor forma de encontrar o ideal para você é conversando com um urologista.
De forma geral, existem três linhas de tratamentos para a disfunção erétil: medicamentosa, injetável e cirúrgica. Dentro da alternativa cirúrgica, há alguns tipos de cirurgia, que variam conforme a causa da condição.
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É o caso da cirurgia de reconstrução peniana com prótese, a plicatura (ou Técnica Nesbit), a cirurgia com enxerto e, ainda, a revascularização peniana, uma opção cirúrgica para casos específicos que você vai conhecer a seguir.
O que é revascularização peniana?
A revascularização peniana é um tratamento cirúrgico para a disfunção erétil de causa vasculogênica – ou seja, quando o fluxo sanguíneo das artérias que irrigam o pênis é prejudicado, reduzindo a quantidade de sangue nos corpos cavernosos, impedindo as ereções de boa qualidade.
Com o tratamento, ocorre a melhora da irrigação sanguínea do pênis. Isso restaura a função vascular do órgão sexual masculino e permite que a ereção aconteça novamente.
Como é feita a revascularização peniana?
Esse tipo de cirurgia para disfunção erétil consiste em fazer uma ligação (anastomose) entre uma artéria chamada epigástrica inferior (localizada próxima ao umbigo) e a artéria do pênis (dorsal), a partir de técnicas microcirúrgicas. Quando juntas, elas vão fornecer um maior suprimento de sangue ao pênis, restabelecendo a normalidade da ereção quando o homem se erotiza.
Quais pacientes têm indicação para a revascularização peniana?
Esse tipo de cirurgia tem indicações extremamente restritas. Em linhas gerais, ela é recomendada para homens jovens, com boa condição urológica e vascular após uma análise minuciosa do caso.
É de extrema importância que o paciente realize uma avaliação detalhada da estrutura do pênis. Preferencialmente, ela deve ser feita pelo cirurgião, para que ele conheça o caso e a anatomia peniana.
Para passar pela cirurgia, o pênis precisa comprovadamente sofrer com a alteração da irrigação arterial. O membro também não deve apresentar fibroses e as artérias envolvidas no procedimento não podem ter obstruções (artereoesclerose).
Leia mais: Fibroses penianas podem causar disfunção erétil. É o seu caso?
Na maior parte dos casos, esses casos são compostos de pacientes mais jovens que sofreram um trauma peniano grave (como um acidente de carro) e, como consequência, passaram a apresentar disfunção erétil.
Quais são os resultados esperados da revascularização peniana?
A cirurgia constrói uma espécie de ponte entre das artérias do pênis, a fim de redobrar o abastecimento sanguíneo do membro. Com isso, o pênis volta a ter uma boa rigidez peniana, sem a necessidade de implantar uma prótese peniana.
O segredo para um resultado satisfatório é a escolha do paciente ideal para a cirurgia de revascularização.
Segundo o estudo Penile revascularization in vasculogenic erectile dysfunction (ED): long-term follow-up “os resultados em homens com menos de 30 anos foram melhores do que nos mais velhos. Vazamento venoso e história de tabagismo influenciaram a taxa de sucesso”.
Vale lembrar que a revascularização não representa uma garantia de ereção. Ela é uma forma de aumentar as chances de obter e manter uma ereção satisfatória para penetração. Além disso, a erotização também vai contribuir para isso.
Logo, a cirurgia de revascularização, que liga as artérias penianas para aumentar o fluxo sanguíneo em seu interior e então proporcionar uma ereção de melhor qualidade, não está disponível a todos os homens que convivem com a disfunção erétil. Confira no vídeo a seguir mais informações sobre o procedimento:
Se você tem apresentado problemas na hora H, não se desespere. Entre em contato conosco para descobrir se esse tratamento é adequado para o seu caso. Lembre-se que ainda há outras alternativas para tratar a disfunção erétil, com base na literatura científica nacional e internacional e o que há de mais recente em tratamentos urológicos. Uma delas com certeza vai resgatar a sua vida sexual!